Capitão. Saí do meu cafofo com sangue nos olhos. Eu podia ma.tar alguém só com o olhar. Queria ter ficado segurando Isabel, ela tinha me dado um presente bonito, e fui obrigado a sair para lidar com o problema. Caminhei para o meu escritório e me sentei na cadeira. O ambiente já estava pronto: um cara sentado no chão, com Navalha, João, meu tenente e mais uns moleques ao redor. — É ele? — perguntei a Marcelo, que confirmou com um aceno. O cara no chão estava causando problemas há dois meses. Era filho de um morador já falecido, tinha chegado pedindo abrigo depois de um tempo preso em outra cidade, de acordo com ele, pelo artigo 157 — roubo. Pediu para ficar no morro, e eu autorizei, mas avisei que ao primeiro vacilo, ele ia deitar no chão pra nunca mais levantar. O cara quis ficar. Dura