Bebel narrando O telefone tocou, e Hugo colocou no viva voz, podia ser importante. — Que porr.a é, Marcelo? — Hugo resmungou, já com a paciência no limite. — As marmitas que comprei de sua fiel acabaram. Posso filar um jantar na sua casa hoje? — Se você aparecer na minha porta, tenente, vai ter velório no morro, ah, vai! Isabel está dormindo... — Hugo respondeu com aquela firmeza que eu já conhecia bem, e em seguida desligou o telefone sem esperar mais nada. Eu voltei minha atenção para ele. Mesmo com o desejo entre nós, eu ainda tinha aqueles fantasmas rondando minha cabeça. Minhas lembranças de um corpo masculino não eram boas, não traziam conforto, mas com Hugo era diferente. Ele me dava tempo. Ele segurava firme na manta do sofá, me deixando decidir cada passo. Levei a mão para a