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Capitão Nascimento: Morro Vai Quem Quer..

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"No Morro Vai Quem Quer, entra quem quer, mas só sai quem o Capitão Nascimento permite."

No alto do Morro Vai Quem Quer, onde o medo e a lei do mais forte imperam, Hugo, conhecido como Capitão Nascimento, reina absoluto. Antigo capitão do exército, ele trouxe para o morro a disciplina e a estratégia aprendidas nos campos de batalha. Com uma bala certeira, tomou o controle das operações do tráfico, estabelecendo uma nova ordem onde apenas os mais corajosos ou insensatos ousam desafiar sua autoridade.

Mas o domínio de Hugo é posto à prova quando Bebel, uma jovem de dezoito anos, surge no morro, fugindo de um passado sombrio. Mantida como amante por um amigo de sua mãe, Maria Rita, desde os quinze anos, Bebel decide que não quer mais ser prisioneira de sua própria vida. Ela busca a prot.eção de Hugo, o ex-marido de sua mãe, um homem que ela só viu uma única vez, mas que agora é sua última esperança de escapar do homem que a persegue.

Hugo, que nunca hesitou em eliminar qualquer ameaça ao seu poder, se vê diante de um novo dilema. Pela primeira vez, ele deve decidir se arriscará sua liderança para ajudar uma jovem em busca de redenção. À medida que as revelações sobre o passado de Hugo, incluindo o assassinato do amante de Maria Rita, vêm à tona, fica claro que ele é um homem que enterrou seus sentimentos em troca de poder.

Enquanto a tensão no morro aumenta, com facções rivais e a pressão constante da polícia, Hugo e Bebel precisam navegar em um mundo onde a confiança é um luxo e a sobrevivência depende de decisões rápidas e letais. Em meio a tudo isso, o Morro Vai Quem Quer se torna um campo de batalha, não apenas físico, mas moral, onde cada escolha pode ser a diferença entre a vida e a morte.

"Vai Quem Quer" ou A história do "capitão Nascimento" é uma história crua e implacável sobre poder, vingança e a busca pela liberdade em um ambiente onde o perdão é uma fraqueza e a justiça é feita com as próprias mãos.

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O Capitão do Morro
Eu sou Hugo. No morro, todos me chamam de Capitão Nascimento. Não é um título que eu pedi, mas um que conquistei. Antes de subir para o comando aqui no Morro Vai Quem Quer, eu era capitão do exército. Disciplinado, estratégico, implacável. Aprendi a lidar com homens, armas e, acima de tudo, com o medo. O medo é a arma mais poderosa que existe. Ele corrói os fracos, mas fortalece os que sabem usá-lo. O Morro Vai Quem Quer não é para qualquer um. Quem sobe, sabe que pode não descer mais. Aqui, a lei é a minha. Eu mantenho a ordem, protejo os meus, e faço o que precisa ser feito para que esse morro continue sob meu controle. Meu comando é claro: obedeça, respeite e siga as regras, e eu garanto que você terá um lugar seguro aqui. Quebre essas regras, e nem Deus pode te ajudar. Lá de cima, do meu ponto de observação, vejo tudo. Cada movimento, cada rosto novo que aparece, cada sussurro de conspiração. Nada me escapa. Meus soldados, homens que eu treinei com a mesma disciplina que aprendi no exército, seguem minhas ordens sem questionar. Eles sabem que minha palavra é lei, e que qualquer desvio pode ser fatal. Mas não sou apenas um líder militar. No morro, eu sou juiz, júri e, quando necessário, carrasco. Não me orgulho disso, mas também não fujo. Aprendi cedo que para sobreviver no campo de batalha, é preciso endurecer o coração. Quando cheguei aqui, o morro era um caos. Grupos rivais lutando pelo poder, moradores vivendo com medo constante. Trouxe ordem, estabeleci uma hierarquia e, com o tempo, ganhei o respeito – ou melhor, o temor – de todos. Minha história não é complicada. Cresci no asfalto, fui para o exército, subi na hierarquia. Mas, eventualmente, percebi que a verdadeira guerra não estava em terras distantes, mas aqui, nas ruas que cercam essa cidade. Saí das forças armadas e, em vez de procurar uma vida tranquila, encontrei no Morro Vai Quem Quer um novo campo de batalha. Um lugar onde minhas habilidades eram mais necessárias do que nunca. Agora, sou o capitão do morro. Mantenho a paz com mãos de ferro e olhos de águia. Nada acontece aqui sem que eu saiba. E é melhor que continue assim. Porque se eu perco o controle, todos perdem. O Morro Vai Quem Quer é minha fortaleza. E eu sou o seu guardião.

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