Parei no meu posto de comando antes de descer para o galpão. Peguei o galão de óleo queimado, aquele que sempre usava no tambor de churrasco, o tambor que também era usado para resolver certos problemas que apareciam, era onde eu queimava corpos em praça pública para servir de exemplo, era onde eu queimava pés de quem achava que podia me fazer de otári.o. O óleo era grosso, pegajoso, deixava qualquer coisa que tocasse suja de verdade. Eu sabia que ia fazer o coronel sentir o peso da sujeira, mais ainda do que ele já se sentia. Cheguei no porão e lá estava ele, encolhido como um rato assustado. O silêncio no lugar era pesado, mas minha presença já era o suficiente para quebrá-lo. Sem muita cerimônia, derramei o óleo queimado sobre ele, a pele dele absorvendo aquele líquido escuro e pegaj