Capitão Era cedo, e eu estava no meu posto de comando, cuidando das minhas coisas. João chegou com a escopeta nas costas, meio ofegante, mas mantendo a calma que ele sempre tinha. — Capitão, tem um delegado e uns gambé lá na entrada. Disseram que é sobre o coronel. Estão fazendo pressão e disseram que precisam falar com sua fiel. Senti o sangue esquentar por um segundo, mas me controlei. Isabel não ia se meter nisso, de jeito nenhum. Peguei uma lata de refrigerante da geladeira que tinha ali e desci, tranquilo. Quando cheguei lá, o delegado estava encostado no carro, o olhar pesado de quem não queria estar ali, mas estava com as mãos atadas. — Vai fazer bagunça no meu morro, delegado? — perguntei, encarando ele direto nos olhos. — Não é isso, capitão, mas estão fazendo pressão. Tem ge