Capitão Eu cheguei em casa de cabeça fervendo, o coração martelando no peito, e sem nem pensar direito, joguei a sacola na mesa com força. A primeira cadeira que vi pela frente, chutei com toda a raiva que estava entalada em mim. O barulho ecoou pela casa e, no mesmo instante, ouvi Isabel gritar. Quando olhei, ela estava encostada na parede, assustada. — Hugo, por favor! — a voz dela tremia, e só então me dei conta do que estava fazendo. Eu me aproximei, com o peito apertado de culpa. Não queria assustá-la, ela não merecia isso. A puxei para mim, tentando acalmá-la, mas ela, ainda nervosa, tentou se afastar. — Desculpa, Isabel... — eu disse, a voz rouca. — Não era pra você ver isso, não era pra te assustar... Ela respirou fundo, os olhos ainda arregalados. O silêncio entre nós era pes