Capítulo 4 - Martina

2304 Words
Nos casamos, nem acredito que estou casada, que disse sim para toda essa loucura. Afinal, que escolha eu tinha? Nenhuma. Embora quisesse muito chorar naquele momento e acredite, não era de felicidade, eu não fiz, não derramei uma lágrima sequer, me segurei e fui forte até o fim. Fiquei feliz que Matteo permitiu minha entrada com minha mãe. Fiquei feliz também em ver Ella, conversamos até escondidas no banheiro, na verdade, não tão escondidas, pela cara de Matteo percebi que ele sabia o que estávamos fazendo. Na hora do beijo não abri minha boca, senti seus lábios nos meus e sou incapaz de definir o que senti naquele momento… Talvez repulsa? Não sei falar com certeza. Matteo fica o tempo todo me vigiando e proibindo que eu beba além da conta. Pude perceber que após a cerimônia, Donatella sumiu, ainda não tive tempo de conversar com minha mãe para perguntar a respeito. — Vamos nos despedir e ir para casa — Matteo avisa. — Assim, do nada? No meio da festa? — tento prolongar nosso tempo aqui, não quero ficar sozinha com ele. — Sua amiga e Hugo já foram, sua mãe também, quer continuar aqui para que? — Cadê Donatella? Não a vi na festa — comento e vejo seu corpo enrijecer. — Deve ter ido embora — respondeu com indiferença. — Deve? — arqueio uma sobrancelha — É sua mãe, deveria saber onde ela está. — Vamos embora! — seu tom de voz indica que eu o irritei com esse assunto. — O que há de errado com você e sua mãe? Gostaria de saber. — Não, você não gostaria e chega desse assunto! Vamos embora. Acho melhor não falar mais sobre a mãe dele. Fizemos o trajeto até em casa em silêncio, o clima não estava legal, percebi que o assunto “Donatella” é proibido e desagradável para Matteo. Minha curiosidade grita, mas por enquanto é melhor que eu fique quieta. Assim que entramos no apartamento, corro para as escadas, indo para o meu quarto. — Pensa que vai aonde? — escuto sua voz firme. Contra minha vontade, me viro para olhá-lo. — Para o meu quarto, onde mais poderia ir se estou sendo mantida em cativeiro? — ironizo. — Para o meu quarto. Engulo em seco. — E o que eu faria naquele muquifo? — me esforço ao máximo para mostrar que não estou nervosa com essa conversa. — Já entrou lá antes por acaso? — Matteo pergunta e virou-se de costas, pegando uma bebida. — Não preciso entrar lá para saber que deve ser horroroso igual ao dono, aliás, todo esse apartamento, a decoração é péssima e sem carisma nenhum. Obviamente estou falando para implicar, gosto do apartamento e da decoração simples, ela é agradável. — Desculpe não agradar à vossa excelência com a decoração — ele finge uma cara de preocupado e eu bufo com seu deboche —, mas mudando de assunto, estamos casados minha querida, esqueceu? — Como posso esquecer com esse treco horroroso aqui? — aponto para meu dedo com o anel e a aliança. Vejo seus lábios se apertarem, ele está segurando uma risada, faço o mesmo. — Tem uma pequena fortuna em seus dedos, não reclama. — Nossa, estou emocionada, que demonstração de afeto e carinho marido — debocho. — Que tal um banho de banheira… hum? — propõe. Sinto meu rosto esquentar. — Tá de s*******m, né? — Sim, usou o termo certo — o depravado responde. — Não me refiro a esse tipo de s*******m — reviro os olhos — Não está pensando que eu vou dormir com você, está? — esforço-me para ser o mais firme possível. — Não está pensando que vou abrir mão de consumar o casamento, está? — abro a boca diversas vezes, não consigo responder — Fora de cogitação essa palhaçada de fingir um falso casamento, as coisas aqui funcionam da maneira correta querida esposa. Sem contar que dormir é a última coisa que vai fazer. — Me recuso! — grito. — Não está em condições de recusar, somos casados, marido e mulher transam, não sabia disso? — Você transa* com qualquer uma, não vou me sujeitar a isso! — bufo e agarro a barra do vestido para continuar subindo as escadas. Matteo sobe as escadas rápido, me alcançando. — Quero e exijo consumar o casamento — para em minha frente e me encara com firmeza. — Eu não quero! — respondo com firmeza. — Faço você mudar de ideia rapidinho — abre um sorriso safado. — Nem se fosse o último homem desse mundo me faria mudar de ideia. — Terei que recusá-la para o conselho então, não vou te estuprar, mas também não vou abrir mão da minha lua de mel com minha amada esposa. Meus olhos se arregalam. Matteo joga baixo. — Seu cretino! — berro em sua face. — E então? — Vamos terminar essa merda* logo! Começo a caminhar em direção ao seu quarto. Estou com meu corpo todo tremendo, mas não vou demonstrar isso para ele. Não darei esse gostinho. — Precisava decorar toda essa merda* com cores escuras? Deus, você é tão amargo — implico assim que entro no quarto. — Meu apartamento é bonito, você que reclama demais. — Me diz uma coisinha aqui Matteo, me dê esperanças… Quando vai para alguma guerra, ou algo do tipo? Preciso urgentemente ficar viúva. Matteo solta uma gargalhada alta. — Sinto decepcioná-la, mas isso não vai acontecer. Me garanto querida esposa e não é qualquer merdinha que vai conseguir deixá-la viúva. — Oooooh, senhor invencível, deus do olimpo, perdoe-me por acreditar que você é um mero mortal. Faço uma ótima encenação drámatica, digna de oscar. — Perdoarei quando colocar essa boquinha atrevida para funcionar — ele começa a tirar a camisa e fico olhando-o perplexa. Quando percebo que estou encarando muito, me sento na cama e desvio o olhar. — Você é ridículo! — Não sente, tire esse vestidinho. — Não — respondo de imediato. — Você mesma pode tirar ou eu posso fazer esse enorme favor pra você, com todo prazer. — Eu tiro! Não quero essas mãos imundas em mim. — Vai querer minhas mãos em você, isso eu tenho certeza, não só as mãos… — Presunçoso — resmungo e contra-vontade começo a tirar o vestido. Tiro o vestido de uma só vez, fico apenas de calcinha e coloco minhas mãos para proteger meus s***s*. — Pensei que fosse usar uma calcinha da sua avó. Meu Deus! Como Matteo é desagradável! — Queria, mas infelizmente não tenho direito nem de escolher minhas roupas, aliás, quando vai me deixar comprar roupas? — Depois penso nisso, agora estou interessado em outra coisa — ele tira a calça, parece apressado, o volume em sua cueca me deixa um pouco assustada — O que foi? Nunca viu um antes? — Já, mas não um tão… tão — dou uma olhada novamente e desvio o olhar, impossibilitada de completar a frase. — Tão? — Matteo segura uma risada. — Vai à merda! Matteo se aproxima, meus olhos se arregalam, ele está próximo demais, minha respiração fica ofegante. — O que pensa que está fazendo? — pergunto em um fio de voz. — Como pensa que faremos isso? A distância? — A distância seria ótimo. — Te afeto tanto assim que não consegue ficar perto de mim? Jogo a cabeça para trás forçando uma gargalhada. Sim, seu i****a* está me afetando, mas negarei até a morte. — Lindos. — O que? — pergunto confusa, mas logo vejo para onde seus olhos estão direcionados, meus p****s*, coloco as mãos para tapá-los — Pervertido! — Vamos parar de rodeios — suas mãos seguram firme a minha cintura, fazendo nossos corpos colarem. — Matteo, tem como deixar isso pra amanhã? Bebi demais hoje e não me sinto bem. Invento a primeira mentira que me vem à cabeça. — Mentirosa. — É verdade, eu juro. — Mentirosa ao dobro, está jurando ainda. Minha respiração fica ainda mais ofegante quando sinto sua ereção. — Como você é irritante! Matteo cola seus lábios nos meus, mas eu me recuso a abrir a boca, se eu me deixar levar agora, já era, estarei completamente ferrada. Ao ver que não cedi ao beijo, ele se afasta e me encara. — Vou deixar você me f***r* e não te amar, isso não inclui beijos — respondo séria. — Tudo bem, nada de beijos então. Só f***r* me parece ótimo! — cretino, boca suja! Me empurra contra a cama, me fazendo deitar.. Sem nenhuma cerimônia, tira minha calcinha e a joga para longe. Meu rosto está quente, muito quente, não só o rosto, mas também o corpo. Ele fica olhando para minhas partes íntimas e me sinto tão envergonhada. — Pare de me olhar dessa forma seu ridículo! — Não geme* chamando meu nome em — abre um sorriso sacana. — Nem morta! — afirmo. O que o Matteo fez depois me deixou sem palavras, não consigo raciocinar direito com sua boca e língua abilidosas brincando com meu sexo. Quando ele começa a me sugar forte, não consigo resistir, começo a gemer e logo me desmancho, sentindo uma sensação maravilhosa tomar conta do meu corpo. — Ah… Deus… Vou… Seu cretino — Grito e g**o* deliciosamente em sua boca. Fico com os olhos fechados, não quero vê-lo, não quero ter que encará-lo depois de ceder. — Abra os olhos Martina — pede com a voz gentil. — De jeito nenhum! — me recuso. — Por favor, abra, quero vê-los — nem acredito quando ele pede por favor. Abro os olhos e quando vejo a intensidade nos olhos de Matteo, me perco completamente. Ele tira a cueca e a arremessa para longe. Não vai dá, não vai dá, não tem como. É um homem ou um cavalo? Sem condições! — Matteo… Não… De jeito nenhum… Não tem a menor condição disso entrar em mim — começo a gaguejar e me arrastar até encostar as costas na cabeceira da cama. — Fica tranquila, vai dar direitinho. Veste a camisinha* e começa a vir na minha direção. — Eu não quero! Não quero! — meu desespero aumenta. — Martina, relaxe, eu sei o que estou fazendo, não sou um moleque, fica tranquila, vou tentar não te machucar. Bom, ele deve saber o que está fazendo, né? Decido confiar nele. Matteo se acomoda no meio das minhas pernas e fica passando seu m****o duro, espalhando minha lubrificação, não resisto e solto um gemido. Lentamente ele começa a empurrar e entrar em mim, não consigo desviar meus olhos, fico encarando-o e gosto do que eles estão demonstrando. — Preciso que me fale a verdade, é virgem? — Vai mudar em alguma coisa? — Muita coisa… Preciso saber se posso colocar tudo de uma vez ou se preciso ir com calma. — Com calma — respondo baixo. — É virgem? — Sou caramba… É isso que queria ouvir? Penso ver um pequeno sorriso e um olhar de satisfação. Seus dedos acariciam meu rosto e entra mais um pouco. — Isso dói — resmungo. — Eu sei… — Te odeio* mais ainda por me fazer sentir dor. Ele empurra mais e caramba, dói, dói muito, dói demais. Me sinto sendo rasgada ao meio. Grito de dor quando ele entra todo e ele solta um gemido rouco. — Eu te odeio* seu cretino! Te odeio! — estapeio suas costas — Isso dói, dói muito… Tira… Tira essa merda* de dentro de mim… — berro, estou desesperada, está doendo muito. Quando ele encosta os nossos lábios novamente, mordo o seu lábio inferior para dissipar um pouco da minha dor, sinto o gosto metálico do sangue e afasto um pouco para não machucá-lo mais. Matteo não parece se importar com o pequeno machucado. Começa um vaivém bem devagar e dessa vez eu permito o beijo, aceito qualquer coisa para aliviar a dor. Para a minha surpresa, gosto do seu beijo, gosto muito, gosto até demais. Matteo brinca com minha língua e morde levemente os meus lábios, me entrego totalmente. Sem parar de nos beijar um segundo sequer, ele começa a se movimentar mais rápido e forte, a dor que sentia antes já nem lembro mais. Entra e sai, entra e sai, um ritmo gostoso e alucinante. Meus gemidos são todos tomados por sua boca que não se afasta. Seus dedos tocam meus c******s* e nessa hora já nem lembro do meu próprio nome. — Isso é bom… Isso é bom… — começo a gemer em seus lábios. — Muito bom! — responde em um fio de voz. Aumenta a velocidade, tanto nas investidas, quanto nos seus dedos que acaricia meu c******s*. Estou tão perto. Tão perto. — Eu vou… Eu vou… — não consigo formular uma frase sequer. — Sei que vai… eu também. Acelera mais um pouco e g**o*. — Matteooooooooo! — grito o seu nome. Matteo se desmancha e cai em cima de mim. Nossas respirações irregulares. Corpos suados. Corações acelerados. Quando ele saiu de dentro de mim, resmunguei, sentindo um leve desconforto. Estou de olhos fechados, aproveitando ao máximo esse momento. Sinto seu corpo rolar para o lado. — Chamou meu nome. — O que? — abro os olhos e pergunto confusa. — Na hora que gozou, gemeu* chamando meu nome. Viro a cabeça para encarar aquele babaca. — i****a! Te odeio! Só então me dei conta de que me deixei levar, me entreguei demais ao momento. Levanto rapidamente e saio do quarto batendo a porta, sem olhar para trás. — Você ainda vai se apaixonar por mim Martina! — escuto ele gritar. — Nem morta! — Grito. Entro no meu quarto e bato a porta, tentando controlar minha respiração. O que foi isso que eu senti? Só pode ser t***o*, é isso, calma Martina, é só t***o*, nada além disso.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD