Episódio 01

1965 Words
NAYANE NARRANDO Minha vida nunca foi fácil, eu nunca tive pais, para chamar de meus, as minhas mães sempre foram as freiras desse orfanatos, elas não quiseram que eu fosse para uma família, porque achou que eu seria melhor criada aqui, e em parte eu tenho que concordar com elas, afinal Deus sabe lá o que teria acontecido comigo se eu tivesse ido a alguma família r**m, poderia ter acontecido mil e uma coisa comigo, e eu não quero nem imaginar as coisas horríveis que poderia ter me acontecido. Mas eu aprendi a crescer com amor, com doçura, com carinho e com toda a atenção em mim, elas foram e sempre serão as minhas mães, e isso não vai mudar nunca, desde que eu fiz 18 anos, a madre superior disse que eu poderia ir embora se eu quisesse, mas eu sempre vou preferir ficar aqui, lá fora eu não sei o que eu posso encontrar, e eu sou aquele tipo de pessoa medrosa, então eu prefiro me manter dentro do meu conforto que são essas paredes. Irmã Margaret: Minha filha, você vai conosco amanhã lá no morro Paraisópolis? - ela pergunta me tirando dos meus pensamentos. Nayane: Mãe, desculpe eu estava pensativa. Sim, irei sim. - digo sorridente. Irmã Margaret: Tudo bem meu amor, não precisa se desculpar. - ela diz gentil. - Mas tem alguma incomodando minha menina? - ela pergunta e eu acabo sorrindo simpática. Nayane: Não mãezinha, eu apenas estava pensando em tudo que já passei aqui. - digo sorrindo, e ela sorrir gentilmente. Irmã Margaret: Eu nunca me arrependi de ter te deixado aqui conosco. - ela diz tocando meu rosto. Nayane: E eu sou grata a isso, por vocês sempre me protegerem de tudo. - digo sorrindo e a abraço. Irmã Margaret: A última família que veio aqui quando você era pequena, estão todas presa, isso porque eram más pessoas. - ela diz e suspiro. Nayane: Graças a Deus, vocês não me entregaram. - digo me afastando dela. Irmã Rebeca: Filha. - diz se aproximando. Nayane: Mãezinha. - digo e caminho na sua direção. Irmã Rebeca: Você é a coisa mais linda que os olhos dessa velha aqui consegue ver. - diz tocando meu rosto e acaricia meus cabelos. Irmã Margaret: Estava aqui conversando um pouco, e já perguntei se ela vai conosco. - ela fala sorrindo. Nayane: Claro que eu vou com vocês, sempre fizeram tudo por mim, e será um prazer ir ver essas crianças. - digo sorridente. Então conversamos mais um pouco ali, até que cada uma seguiu para seus quartos, assim que entrei no meu quarto, eu fui ao banheiro, tomei um bom banho, fiz minha higiene pessoal e ao acabar, vestir a minha roupa de dormir, assim que já estava pronta eu fui até a minha cama, e me deitei, fiquei fitando um pouco o teto do quarto. Então a minha mente começou a viajar, eu sei que tenho meus sonhos, eu sempre estudei aqui, concluir todos os ensinos graças a Deus, mas eu gostaria um dia de cursar a faculdade, eu tenho esse sonho, de um dia poder ser alguém na vida, e o que eu mais queria ser era médica, para poder ajudar a todas as pessoas doentes, principalmente as crianças, tantas crianças doentinhas e eu não posso fazer muito, mas eu sei que um dia eu possa chegar a realizar esse sonho, fiquei com esses pensamentos até que eu acabei dormindo. Despertei no dia seguinte com a madre superior batendo no meu quarto, como sempre tenho o sono leve pedi que a mesma entrasse. Madre Carmen: Bom dia, minha linda flor. - ela diz sorridente. Nayane: Bom dia, mãe. - digo sorridente e vou me levantando e acabo ficando sentada na cama. Madre Carmen: Está ansiosa para conhecer esse lugar minha filha? - ela pergunta educadamente e apenas confirmo com a cabeça. Nayane: Vou ficar honrada em ir conhecer essa palestra e ainda ver as crianças que tem nessa ong. - digo animada e acabo me levantando, ela me da sua bênção. Madre Carmen: Que Deus te abençoe e te proteja minha filha. - diz me dando um beijo na testa. Nayane: Amém, mãezinha. - digo sorrindo, eu tenho três mãe, é a melhor coisa da minha vida, elas são tudo que tenho de mais importante, então ela saiu do meu quarto e eu fui ao banheiro, entrei e fui fazer minhas necessidades, segui para o chuveiro, tomei um banho rápido, e ao acabar peguei a toalha, enrolei no meu corpo, fui até a pia, fiz a minha higiene pessoal e assim que eu acabei, eu sair do banheiro e fui até o guarda roupa, peguei um uniforme do orfanato, como não sou freira, eu tenho um uniforme, que outras pessoas que trabalham aqui também tem. Me vestir e sair do meu quarto, ao sair eu acabei esbarrando na Roberta, ela é uma criança muito amorosa. Roberta: Oi tia Nay. - ela diz toda meiga. Nayane: Oi minha princesinha, desculpa a tia ter esbarrado em você. - digo sorrindo enquanto toco seus lindos cabelos. Roberta: Não foi nada tia, eu estava correndo. - ela diz ficando vermelha. Nayane: Você sabe que não pode correr aqui princesinha. - digo tocando seu rosto. - Mas a tia não viu nada. - digo sorrindo e seguimos juntas para o refeitório. Irmã Rebeca: Pronta minha filha. - ela fala assim que chego no refeitório com a Roberta. Nayane: Estou sim mãezinha, vou apenas pegar uma maçã para comer e seguimos. - digo e ela concorda, então vou até a cesta de frutas, pego uma maçã e saiu dali em direção a minha mãe, seguimos para a garagem, a minha mãe Margaret já estava esperando a gente, ela que vai dirigindo, então assim que entramos ela ligou o carro e saímos do orfanato. A gente foi conversando coisas sobre tudo que podemos falar lá na ong desse morro, e ficamos sempre juntas, porque nunca sabemos o que encontrar pela frente, e eu concordei, não quero ficar longe delas, vai que me acontece algo, ou algo com elas, e eu sou muito medrosa em relação a isso, então elas ficaram conversando e eu encostei a cabeça no vidro do carro e fiquei olhando a cidade, aqui é bonito, e muito bom de se morar, até porque é bem tranquilo, mas como em todo lugar, sempre tem as coisas ruins. Eu fiquei viajando em meus pensamentos, até que a gente chegou em frente a um lugar que parecia ser bem humilde, eu não sei o que acontecia ali, mas na frente daquele lugar tinha uns homens m*l encarados, cheios de tatuagens e com armas, eu fiquei chocada ao ver tudo aquilo, mas eles permitiram a nossa passagem, então a minha mãe dirigiu até o local que o GPs levava, quando descemos do carro, entramos no local, e quando olhei ao redor, tinha muitas crianças lindas naquele lugar, eu fiquei encantada com aquele tanto de criança, eu acabei me apaixonando por cada uma delas, enquanto minhas mães davam sua palestra eu fiquei conversando e falando a importância de todos nós sermos temente a Deus. Quando minhas mães acabaram de dar a palestra, elas conversavam um pouco, e eu acabei indo na frente, e elas vinham logo atrás, após sair da ong, eu estava tão entretida com as crianças que acabei esbarrando em uma parede de músculo. XXX: Olha por onde and... - ele parou assim que eu olhei em sua direção. - Oh, me desculpe. - ele fala todo sem jeito. Nayane: Eu que peço desculpas senhor, eu hoje estou muito desastrada, esbarrando nas pessoas, me desculpe.- digo novamente baixando a cabeça. XXX: Não precisa se desculpa moça linda, eu que fui um desastrado, ter esbarrado em uma linda mulher como você. - ele fala isso e eu acabo ficando vermelha como um pimentão. - A propósito, me chamo Marcola, e a senhorita? - ele pergunta enquanto me da sua mão para um aperto de mão. Nayane: Oh, desculpe senhor, me chamo Nayane. - digo de cabeça baixa, mas aperto sua mão educadamente. Marcola: Não precisa me chamar de senhor, pode olhar na minha direção se você se sentir a vontade. - ele diz animado, e eu acabo olhando na sua direção, ele até era um homem alto, bonito, cheio de tatuagens. Nayane: Tudo bem, senh... perdão, Marcola. - digo vermelha como um pimentão, então as minhas mães saem da ong e vem na minha direção, quando elas olha na minha direção e ver com quem estou conversando, elas ficam pálidas, parece que elas viram um fantasma. Irmã Margaret: Filha, vamos? - ela fala tentando controlar o nervosismo, se eu não as conhecesse a vida inteira, eu não notaria, mas não questionei. Nayane: Vamos sim mãe. - digo gentil e quando eu vou saindo de perto dele, o mesmo segura em meu braço. Marcola: Você já vai doçura? - ele pergunta e isso faz minhas bochechas corarem. Nayane: Sim, eu tenho que ir embora. Mas foi um prazer conhece-lo. - digo sorrindo meigamente. Marcola: Para mim, foi um imenso prazer, que pena que você já vai, queria lhe ver mais por aqui. - ele fala e eu vou me afastando. Nayane: Quem sabe uma próxima vez. - digo e entro no carro com minhas mães, elas estavam nervosas, mais não falaram nada até saímos do morro. Irmã Rebeca: Filha, pelo amor de Deus, nunca mais na vida, fale com ele, esse homem é o dono desse morro que acabamos de sair, ele é um traficante, assassino, um homem c***l, ele não tem piedade de ninguém. - ela diz nervosa. Nayane: Tudo bem mãezinha, eu não sabia, me desculpe. - digo e ela respira aliviada. Irmã Margaret: Temos que ter cuidado, não podemos mais trazer ela conosco, em uma próxima visita, se não ele pode querer fazer m*l para ela. - diz enquanto dirigi. Nayane: Eu não venho mais mãezinha, eu estou com medo de tudo isso que vocês me falaram. - digo séria. Então elas foram conversando, sobre várias coisas, e eu fiquei ali no banco quieta apenas ouvindo, eu fiquei com medo de tudo que elas falaram, eu não posso me aproximar de alguém que pode me machucar ou até mesmo me fazer m*l, então o melhor a se fazer é quando elas vim uma próxima vez eu não colocar os pés nesse lugar, nunca se sabe o que vai acontecer, e o melhor é evitar tudo isso, evitar que aconteça qualquer coisa comigo, eu não quero perder minha vida. A pesar que ele se mostrou uma pessoa tranquila, uma pessoa bem legal, mas é como minhas mães falaram, não é bom ir quando o d***o está nos tentando, o melhor a se fazer é ficar o mais longe possível, e claro que eu vou fazer isso, então assim que chegamos no orfanato elas guardaram o carro na garagem, eu desci do carro junto com elas e entramos, assim que entrei eu fui direto para o refeitório, estava com fome e queria comer algo, então lavei minhas mãos na pia do refeitório, e peguei o meu jantar, comecei a comer e depois que eu acabei eu lave o prato que sujei e fui para o meu quarto, ao chegar no mesmo eu fui tomar um banho, e assim que acabei, eu fiz minha higiene e coloquei minha roupa de dormir. Sair do banheiro e fui para minha cama, eu fiz minhas orações e acabei me deitando, fiquei pensativa. Se passou algumas semanas e as minhas mães estavam me mantendo mais no quarto do que fora dele, e eu não estava entendendo, porém teve um dia que elas ficaram muito nervosa, e estavam andando de um lado para o outro, e dizia que precisavam me tirar de São Paulo.
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