ITÁLIA

1420 Words
Laura Um mês depois... Já se passaram um mês, hoje viajaremos para Itália, não estou nem um pouco animada, vou me casar com um homem que não escolhi. Hoje é o dia do meu casamento, meu inferno pessoal, não tive ânimo para escolher nada, nem vestido, decoração, NADA. A minha mãe entendeu claramente tudo, e com ajuda de Estela as duas organizaram tudo. Me levanto e vou para o banheiro, minha cara está totalmente amassada e meus olhos com olheiras visíveis, sinal de que não preguei o olho. Escovo os dentes e entro no box, tomo um banho que eu queria que durasse a vida toda. Saio e vou para o closet, vejo minhas coisas arrumadas, tudo que eu m*l tive tempo de usar. Optei por um vestido e saltos preto, eu me sinto de luto. Desço e já encontro mamãe, papai e Lucas na mesa. — Bonjour. - me sento. — Sei que não está animada, mas preto? - gargalha - Quer ficar de luto, antes de casar? — i****a! - jogo um pãozinho nele. — Crianças... - papai repreende. Mamãe fica em silêncio o tempo inteiro, algo a deixa inquieta. — Tudo bem? - pergunto estranhando seu silêncio. — Sim, querida. - fala sem muita convicção. Terminamos o café da manhã e entramos direto no carro, estamos a caminho do aeroporto, chegamos e já embarcamos no jatinho da família. Mamãe se senta na poltrona a minha frente e olha para mim. — Não queria esse casamento. - ela fala com lágrimas nos olhos - Vitor não te merece. - segura minha mão. Não estou entendendo nada. — Aconteceu algo? - pergunto. Ela me olha por alguns segundos e pega uma revista do seu lado. Então entrega na minha mão. Fico perplexa com o que vejo, Vitor esta na capa com uma mulher. Eles parecem íntimos. — Papai viu? - pergunto com um nó na garganta já sabendo a resposta. — Sim. Eu não consigo acreditar, eu sei que seria traída, quase todas as mulheres da máfia são, eu não seria excessão. Mas vamos nos casar hoje, é muito vergonhoso para mim. Eu não consigo falar nada e mamãe também não diz mais nada, o que agradeço mentalmente. Demora algumas horas e logo chegamos na Itália, quando saímos do jatinho, vejo alguns carros nos esperando, e em frente a um deles está um homem muito bonito, ele é magro com um corpo atlético, cabelos pretos e olhos claros, me lembra um pouco Henrique e Estela. — Benvenuto, Vincent. - diz apertando a mão de meu pai e cumprimentando minha mãe e meu irmão. E então ele se vira para mim, vejo um sorriso brotar em seus lábios e um brilho diferente em seu olhar. — Você deve ser a bela dama. - beija minha mão. — Prazer? - faço cara de confusão, como se me perguntasse seu nome. — Heitor, prazer. - sorri. Ele é o irmão mais novo do Vitor. — Vamos então. - meus pais e Lucas entram no outro carro - Bela dama. - abre a porta do seu carro. Eu entro e ele fecha a porta em seguida. Ele parece dar em cima de mim, mas com certeza estou imaginando coisas. — Está ansiosa? - olha para mim. Quando ele ver que não entendi sua pergunta, fala novamente. — Para o casamento? - abre um sorriso. — Sim... - falo por fim, o que não é uma mentira. — Não se preocupe, sempre terá um amigo naquela casa. - aperta minha mão. E vejo que é sincero, abro um pequeno sorriso com isso. — Obrigada. No caminho para a casa dos Greco, que agora será meu lar também, não conversamos mais. Depois de algum tempo chegamos a uma enorme mansão, um pouco afastada como a casa dos meus pais, mas é muito linda. — Chegamos bela dama. - desce do carro e dar a volta, abrindo a porta para mim. Vejo aquela fachada e um frio na barriga me toma. Entramos na casa e vejo que esta uma grande correria, o casamento será aqui, eles tem um belo jardim como eu vi nas fotos. — Famiglia! - diz sorrindo - Fratello! - se refere ao meu pai. — Precisamos conversar, Henrique. - meu pai diz sério. Henrique parece que já imagina o assunto e acena com a cabeça em concordância. Ele fala com minha mãe e meu irmão e vão a caminho que suponho ser o escritório. Estela vem descendo as escadas com Ana Liz logo atrás. — Que bom que chegaram. - sorrir - ragazza. - pega em minha mão. — Senhora. - lhe abraço. — Por favor, senhora não. - sorrir - Logo serei sua madre bambina. Ela então se volta para minha mãe. — Mariana... - elas se abraçam. As duas parecem muito amigas, mas acho que Estela a conforta nesse abraço, minha mãe ficou muito tempo longe de mim e provavelmente ela tem medo do meu futuro inserto. Eu também tenho. — Vamos subir Laura, você precisa se arrumar. - ela limpa umas lágrimas solitárias. Subimos para um dos quartos da casa, vejo que está cheio de coisas e tem algumas pessoas. Maquiadora, Cabeleireira e manicure. Todas são mulheres. Primeiro eu fui tomar um banho de banheira, com sais de banho. Fiquei um bom tempo relaxando, depois eu fui fazer depilação a laser, quando terminaram começaram a arrumar minhas unhas e outra meu cabelo, por fim a maquiagem. Vesti o vestido, o salto, as joias e estava pronta. Me olhei no espelho e eu estava linda, minha mãe e Estela fizeram um ótimo trabalho, o vestido era como eu queria, leve para um casamento a tarde. A minha mãe logo entrou, junto de Estela e Ana Liz. Não fiquei suspresa de ver que as duas estavam de vermelho, é a cor da família. — Você está linda. - diz sorrindo. Fico muito emocionada, olho para Estela e Ana Liz que também estão chorando. — Não estrague a maquiagem, ragazza. - limpa as lágrimas - Hoje é seu grande dia. — Estou muito feliz que você sera minha sorella. - sorrir e me dar um abraço. — Obrigada, Ana Liz. - pego em sua mão. — Vamos descer, anjo. - pausa e olha para mim - Seu pai já está lá em baixo. - fala de uma forma tensa. — Ok, mamãe. Descemos as escadas, lá em baixo vejo meu pai e meu irmão conversando, parecia algo sério, assim que sentem a minha presença eles param, meu irmão olha para mim e saí, papai estende sua mão. — Tão linda. - beija minha testa - Espero que seja muito feliz. - engole em seco - Perdoa o papai... - fala em meu ouvido. Não consigo entender direito, mas sei que tem haver com a conversa dele com Henrique. Ele pega minha mão e seguimos para o jardim, assim que me aproximo escuto uma música leve tocando, vejo que tem muitos convidados e não conheço a maioria, vejo minha mãe no altar do lado direito e no esquerdo estão Estela e Henrique. Vejo meu irmão que está de cabeça baixa e com um olhar triste para mim, meu pai fez uma escolha e por mais que quisesse não poderia voltar atrás. Quando dou por mim já estou de frente para ele, Vitor traja um terno preto com vermelho e tem um olhar sério sobre mim. Meu pai dar um beijo em minha testa e vai para o lado da minha mãe. Nos viramos em direção ao padre e ele começa a falar. Isso dura um bom tempo e eu já não aguento mais, Vitor parece que também não. — Acelera, cazzo! - esbraveja irritado. O padre então vai para os finalmente. Trocamos as alianças e falamos tudo que o padre mandou. Logo todos vem nos parabenizar, familiares, pessoas que fazem parte da máfia, eu apenas abro um sorriso e aceno com a cabeça. Isso dura um bom tempo. Terminamos de cumprimentar todos e vamos em direção a festa de casamento no jardim ao lado. Tudo tem ar italiano, decoração e tudo mais. Assim que me sento respiro aliviada, olho para minha mão esquerda e aquela aliança ali faz com que eu tenha incertezas. — Agora você é toda minha. - ele fala beijando meu rosto. Não expresso nada. Queria vomitar nele e o mandar para p**a que pariu. Sei que minha vida será assim, só basta aceitar o fardo que vou carregar por nascer na MÁFIA.
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