Capitulo 3 - Uma noite com eles

3382 Words
Uma noite com eles. 1 semana se passou e agora falta apenas 1 mês para começar minhas aulas e eu estou mega animada. Os garotos vivem no nosso apartamento por causa do nosso acordo e nossa nova porta. Harry e Henry se diferenciam ser amigos maravilhosos, e estão cumprindo com o acordo. Eu descobri que Henry é daqui mesmo, já Harry, é americano que nem a Clary e embora ela diga que o odeia, sei que no fundo, ela gosta dele.  Henry vai fazer faculdade de administração e Harry de arquitetura, mas o sonho dos dois é formar uma banda, o que explica as noites tocando feito loucos. Harry tem 21 anos e Henry 22. Eles cresceram juntos, sempre foram muito ligados. Clary também começa a faculdade de música daqui a um mês na RCA. Eu acordei primeiro que a Clary, o que não é uma novidade. Clary é uma preguiçosa de primeira.  Nosso apartamento está quase pronto, falta apenas decorar nosso quarto. Ontem eu passei o dia reclamando do trabalho que iria dar para decorar o quarto e que demoraria. Afinal, Clary e eu temos gostos completamente diferentes. Eu visto um shortinho cinza de moletom, uma blusa rosa regata da Clary, coloco um tênis e vou correr no parque, que graças aos deuses é perto do prédio. Claro que lembrei do clima londrino e levei comigo um moletom amarrado na cintura, mas geralmente eu muito suo e não sinto tanto a baixa temperatura. Vou até o elevador e encontro a senhora que vi no primeiro dia. -Olá querida, vejo que ainda está aqui.-Ela pergunta surpresa. Agora entendo seu "boa sorte". Realmente teve um sorte desse buraco abrir em nossa parede e assim, fecharmos o acordo que impedia os garotos que tocarem a noite. -Estou sim.-Digo orgulhosa. -Eu estou curiosa, como fizeram os garotos pararem de tocar? Desde que eles se mudaram, vocês foram as pessoas que ficaram mais tempo no apartamento 301.-Ela diz e eu me espanto. 1 semana foi o máximo de tempo que alguém permaneceu naquele apartamento? -É segredo.-Falo fazendo mistério e a senhora ri de um jeito fofo. Eu me dou muito bem com as pessoas da melhor idade. -Bom, seja o que para, continue, pois estou adorando dormi a noite inteira.-Então ela começa a falar mais baixo, mesmo que só tenha nós duas no elevador. -O boato que tinha, era que eles queriam o apartamento do lado pra fazer um apartamento gigante para os dois, então eles sempre expulsaram os inquilinos do 301. Eu sorri com seu jeito de contar segredos. Me despeço da senhora e vou correr no parque. Coloco meus fones de ouvido e aprecio o frio se misturando com meu calor corporal. Graças ao clima londrino, não suei muito, apenas o bastante para queimar algumas calorias. Em um devaneio sobre minha nova vida, minhas pernas começam a cansar e eu decidi que já é hora de ir pra cara, porém eu tomo um susto quando de repente alguém começa a me seguir e a pessoa consegue me acompanhar e ficar do meu lado. -Eai vizinha! -Ele diz como se estar aqui fosse a coisa mais normal do mundo. -Henry! Eu já estava indo embora, já ta na hora do almoço e eu saí sem tomar café. -Falo passando a mão na barriga e ele assente. Henry hoje está usando uma bonita combinação de um short azul de corrida, e uma blusa branca por debaixo da jaqueta da cor do short. Corremos assim juntos por mais alguns segundos, e eu até gosto da proximidade dele. Quando começo a me despedir, Henry me atropela e fala por cima de mim. -Almoça comigo? -Ele diz muito rápido. Tão rápido que eu só entendo alguns segundos depois. O que? Ele quer almoçar comigo? A palavra "encontro" se repetia na minha cabeça. E a palavra "corna", também. Eu acabei de sair de um relacionamento h******l, eu não penso em sair com caras tão cedo se o tipo de Fábio para o que tem por aí. -Só nos dois? -Pergunto após algum tempo. -É. -Ele fala baixo ENCONTRO. -Er ... a Clary ia fazer o almoço e ela ta me esperando.-Falo e faço uma careta pensando que se isso fosse verdade, comeríamos comida congelada ou, sei lá, um macarrão duro. -Ela não ta em casa, saiu com o Harry, eles vão demorar.-Ele diz olhando para mim por cima do ombro, agora que está correndo mais rápido do que eu, pois minha pernas estão falecendo. Droga Clary. Espera aí, ela saiu sozinha com o Harry? Ai meu Deus, eles são nossos vizinhos, ela não pode fazer com ele o que faz com os outros, vamos ter que nos mudar pra não olhar na cara deles e .... d***a! Eu estou amando o apê. Provavelmente ela vai estourar com ele em algum momento, ele vai chamar ela de louça, e aí, vamos ter que evitar eles o tempo até chegar no momento que vai ficar insuportável, que nem era quando isso acontecia com algum garoto da nossa sala ou recentemente , com o dono da nossa sorveteria favorita. -Vem, eu pago, conheço um lugar que tem uma macarronada ótima.-Ele diz dando um sorriso encantador. Com a palavra macarronada meu estômago roncou e Henry riu. -Acho que isso foi um sim.-Ele diz ainda rindo. Não consigo evitar sorrir com esse riso frouxo dele. Saímos andando e em 5 minutos chegamos em um restaurante simples. Que bom que é simples ja que estou suada e com roupa de correr. Quando ele disse que uma macarronada era ótima, ele estava sendo modesto. Foi a melhor comida que comi na minha vida. Degustou aquele macarrão como se fosse o último da minha vida e acabo esquecendo que estou em público e acompanhadoda. Vejo um Flash na minha direção. -O que é isso? -Pergunto olhando para Henry m -Preciso registrar esse momento.-Henry falou rindo com o celular na mão. Eu sorri e continuei comendo uma macarronada. Eu penso em ficar brava e mandar ele apagar, mas é só uma foto. -Então, como vai ser contar para os seus pais que nunca mais vai voltar para o Brasil porque se apaixonou? - Ele diz e eu congelo. O que ele quis dizer com isso? Será que ele acha que eu estou apaixonada por ele, meu Deus, eu nunca me apaixonaria por ele, ele pode ser gato e gentil e simpático e gostoso e muito gato e ter um sorriso lindo e ... Alexis Quinn, pare de pensar no Henry! -Apaixonada? -Pergunto como quem m*l está ouvindo ele falar, mas por dentro, meu coração está para sair pela boca. -Pelo jeito que você come essa macarronada, eu acredito que esteja.-Ele fala e ri da própria piada.  Idiota. Mas foi engraçado. Eu realmente estou apaixonada por essa macarronada. -i****a. - Eu digo rindo. -Vamos? - Ele diz após terminar de comer. -Vamos.-Digo olhando para os últimos vestígios da melhor macarronada que comi na vida. Saímos e fomos andando até o prédio. Percebo que o Nissan azul dos garotos está na garagem. -Eles ja voltaram? -Pergunto ao Henry que está distraído com um pássaro que acabou de passar. -Ahn? -Clary e Harry. Eles já chegaram? -Ah, já faz um bom tempo que eles saíram então devem estar em casa.-E com isso, se encerra o assunto. Nós entramos no elevador e quando nosso andar chega eu paro de frente ao meu apê. -Obrigado por hoje, quer entrar? -Pergunto -Claro. - Ele diz sorrindo. Eu abro a porta e não tem ninguém. -Clary? -Grito à espera de uma resposta. -No quarto. - Ela grita. Eu percebo que a blusa do Harry está jogada no sofá ... eles estão no quarto ... sozinhos ... e Harry está sem blusa ... Eu entro no quarto e a luz está apagada. Eu ligo a luz. -Surpresa! - Clary grita com Harry sem camisa e suado ao seu lado. O quarto está lindo. Do jeito que eu sempre imaginei. Do lado rosa tem um C prata enorme cintilante, alguns livros na parede, fotos da Clary, do pai dela com ela e de nós duas. No lado azul tem um A prata cintilante, fotos da minha família, minha e de nós duas, tem uma estante com todos os livros que eu gosto, a palavra AMOR pintada ao lado do Big Bang. E outros detalhes de Londres. Está tudo lindo. O nosso edredom é rosa com corações de um lado e azul com várias bandeiras da Inglaterra do outro. Ela traduz em tudo. Imagino que ela tenha se aventurado na minha máquina de costura e isso me deixa nervosa, pois Clary é um desastre ambulante. -Está ... lindo.- Digo sorrindo e até sinto meus olhos ficarem cheio de água, mas eu tento reverter isso. -Que bom que gostou, passei a manhã inteira fazendo isso.-Ela fala olhando ao redor. -Mas teve uma ajudinha ...- Harry cutuca Clary com o cotovelo e ela faz careta poe ele estar suado. -Uma ajudinha bem irritante. -Ela diz revirando os olhos. Nós rimos e mesmo Harry que parece magoada, acaba rindo junto. -Duas ajudinhas ...- Henry fala se virando pra mim. -Ah sim, obrigado por mante-la ocupada, Henry.-Clary pede um hi-five dele e Harry parece indignado com isso e eles começam a discutir, pois pelo visto, Harry pediu para ela mais cedo e ela disse que isso era coisa que criança. -Foi um prazer.-Henry diz no meio da briga, mas eles nem ouvem. Eu me jogo na cama e puxo Clary comigo, cessando uma discussão. -A gente devia comemorar.-Harry diz. -Concordo, filme aqui as 8 da noite, até mais meninas.-Henry diz sem ao menos esperar uma resposta. Eles saem do quarto. -Usem uma porta! - Eu grito. Como eu não escuto a porta bater, tenho certeza que eles saíram pelo buraco. -Então ... como foi? -Clary pergunta -Como foi o que? -Seu encontro. -Não foi um encontro. -Ele convidou, ele pagou, ele foi amável, ele te trouxe em casa. Foi um encontro. -Ela só fez por que você pediu, ele pagou porque eu não levei dinheiro, ele foi amável porque ele é amável, ele me trouxe em casa porque moramos um do lado do outro. Agora deixa de inventar coisas e vai arrumar a sala. Eu vou tomar um banho e vou me deitar.  Acordo com Clary em cima de mim. -O que foi? -São sete horas, vai fazer brigadeiro que eu vou fazer pipoca, os meninos vão ja chegar! Ela fala animada. Animada demais. Eu me levanto, coloco uma calça de moletom cinza escuro e uma regata verde clara. Eu gosto dessa regata, embora ela esteja super fora de moda. Vou para a cozinha. -Você trouxe um mala com nosso estoque de comida do Brasil, né? -Pergunto a Clary. -Claro! Tá na segunda porta do armário.-Ela diz alça. Clary que guardou todas as coisas que trouxemos. Havíamos feito uma mala cheia de coisas pra fazer vatapá, feijoada, rabada, tacacá, pão de queijo e muito leite condensado pra fazer brigadeiro. Não consigo imaginar minha vida sem essas comidas brasileiras maravilhosas. Então, teve essa ideia. Mesmo que seja um estoque pequeno, vai dar para fazer essas coisas apenas uma vez, vamos poder m***r a saudade. Menos brigadeiro, esse nós trouxemos MUITO. Pego duas latas de leite condensado e achocolatado e vou fazer. -Boa noite meninas! -Os garotos falam entrando pelo buraco. - Pelo visto não existe mais porta.-Eu digo mexendo o brigadeiro. -Engraçadinha, o que é esse cheiro? -Henry diz. -Brigadeiro! -Eu digo animada. -O que é? -Harry pergunta. -Vocês vão ver.-Os dois vão para a sala enquanto eu termino de fazer o brigadeiro. ******* -Então, que filmes vamos assistir? -Eu pergunto sentando no sofá com o prato de brigadeiro e a pipoca na mão. -Eu trouxe   Atividade Paranormal 4, Os vingadores 2, Invocação do m*l e O maravilhoso agora. -Harry diz. -Eu quero   Os vingadores  . - Eu falo. -  Atividade Paranormal 4 -   Henry diz. -Invocação do mal.-  Harry diz -O Maravilhoso agora !!! - Clary grita. Ficamos em silêncio. -E agora? -Clary diz. -Vamos assistir os quatro-Harry diz. Todos concordamos e resolvemos assistir   Atividade Paranormal 4, O Maravilhoso Agora, Invocação do m*l e Os vingadores  , nessa ordem. Harry coloco o filme e ficamos eu e Clary no sofá e os garotos no chão. Sim, somos folgadas. O filme começa e eu já estou agarrada com a Clary. Não temos medo de filme de terror, medo é uma palavra muito fraca para descrever o que sentimos ao assistir um filme de terror. Nós começamos a ver coisas, ter pesadelos e gritar toda hora após assistir um. Até a metade do filme, os garotos já comeram todo o brigadeiro e a pipoca sozinhos, enquanto nós duas estamos agarradas uma na outra com medo. -Alguém faz mais pipoca? -Henry diz. -Eu faço - Eu e Clary gritamos. Os garotos dão gargalhadas. -Parece que algumas pessoas tem medo de filme de terror.-Harry fala. Oh não, ele não fez isso. -Como é? Eu não tenho medo, não! Eu poderia assistir esses dois filmes de terror inteiros sem dar um grito, sem mostrar nenhuma reação de medo e dormi sozinha.-Clary fala. -Vamos apostar? -Harry diz. Clary ficou branca. -Apostar o que? -Se você assistir os filmes sem dar um grito, sem mostrar reação de medo e dormi sozinha, eu faço o que você quiser por 1 mês, mas se você não conseguir, vai ter que admitir que tem medo e ... dormi no meu apartamento.-Harry diz com um sorriso no rosto. -E onde eu vou dormir cara? - Henry pergunta -Aqui com a Alexis.-Harry responde. -É, todo mundo sai ganhando.-Henry diz. -Ei, eu não saio ganhando - Falei. -Tá, se ela conseguir, o Henry faz o que você quiser por um mês também. -Harry diz. É bem tentador. Eu tenho que lavar roupa, a louça está quase encostando no teto e o apartamento tá começando a ficar empoeirado. Eu mandaria ele fazer tudo isso tranquilo enquanto assistiria alguma coisa da Netflix. -Então ...? - Harry diz olhando pra Clary. -Eu aceito. -Ela diz necessária. Nos sentamos novamente e dessa vez Clary senta na frente de todo mundo para os meninos a verem melhor. E é claro que após dois filmes de terror não deu certo. Ela gritou tanto que quase ficou rouca e eu também. Os meninos riam e se olhavam. Onde nós duas fazemos com a cabeça ao cogitar que iríamos ganhar essa aposta? -Então tá, já é mais de meia noite e amanhã eu tenho o que fazer, então vamos Clary. -Harry diz sorrindo e estendendo a mão pra Clary. Ela dá um t**a na mão dele e vai para o quarto. -Vou trocar de roupa. -Ela diz. -Boa sorte com ela. -Eu digo ao Harry. -Ela vai me enforcar enquanto eu dormir, né? -Ele pergunta baixinho. -E depois te esquartejar e te colocar num cofre. -Henry completa olhando para o amigo com solidariedade. -Aí ela vai te jogar no fundo de um lago e você vai virar comida de peixe.-Falo com o mesmo olhar. Todos suspiramos e caímos na gargalhada. -Estão rindo de que? -Clary aparece na sala. Ela tem o cenho franzido e claramente está furiosa. Eu daria tudo para filmar o que vai acontecer nesse quarto. -Não é de você, eu juro.-Harry diz entrando no buraco e terminando a frase já no seu apartamento. -A gente tem uma porta sabia! -Clary diz abrindo uma porta e saindo. Eu e Henry rimos. -Dou uma hora para ela voltar pra cá.-Ele diz. -Eu dou menos- Eu o desafio. -Isso é uma aposta vizinha? -Henry sorri maliciosamente. -Ah não, chega de apostas por hoje, vamos dormi.-Falo me levantando o mais rápido possível e indo para o quarto. Ele joga a cabeça para trás e ri. Qualquer outra pessoa fazendo isso seria ridículo, mas ele foi ... adorável. Até foi sexy o jeito que seus músculos retraíram a cada gargalhada que ele dava e seu peito subindo e descendo quando ele se recuperou das risadas. Pego um pijama na minha gaveta e ouço Henry encostando na porta e sinto ele me olhando. -Eu não esperava, mas já que insiste, pode começar a fazer o streap tease.-Ele fala e se deita na minha cama e põe os braços detrás da cabeça. Eu gargalho da sua cena. -Nos seus sonhos.-Digo e pisco para ele. Henry sorri. Vou pro banheiro e mudo de roupa e quando volto pro quarto, Henry está sem camisa na minha cama. Eu fico um pouco perdida olhando pra ... tudo isso. Nunca imaginei ter um homem tão gostoso me esperando na minha cama. Fábio era bonito, mas é bem mais magro que Henry. Enquanto Fábio parecia um playboy da vila mix, Henry parecia um príncipe. -Está gostando? -Ele pergunta me dando um sorriso e levantando as sobrancelhas. Eu fico vermelha e eu repreendo por ter ficado tanto tempo olhando para Henry. Ele ri para si, como se tinha rindo de um pensamento. -Sim ... não .... er, pode sair dessa folga. -E eu vou dormi aonde? -Não sofá -Falo empurrando ele da minha cama. -E você vai dormi aqui sozinha depois de assistir dois filmes de terror? - Bom argumento. Filho da mãe. Eu reviro os olhos e deito no lado azul da cama. -Sem gracinhas.-Eu digo olhando pra ele e ... meu Deus ele é tão gostoso, me tira a concentração, não da pra ganhar uma discussão assim.-Será que da pra botar uma camisa? Esse ri, sua risada é tão gostosa e contagiante que eu até sorrio. -Eu tô é muito vestido, geralmente durmo só de cueca. Se vocês acham que já viram uma pessoa vermelha de vergonha é por que não me viram com aquele comentário. Eu me embrulhei e fiquei pensando até uma escuridão sem fim tomar conta do quarto e abrir passagem para os espíritos entrarem e levarem para sua dimensão. Eu grito e escuto o grito de Clary ao longe. -O que foi isso? -Pergunto com a voz mais trêmula que pensei que estaria. -Acho que é uma queda de energia.-Ele diz. -Ah naaaoo.-Reclamo com o cobertor cobrindo a cabeça. Ele ri. Eu olho pro escuro e imagino espíritos puxando meu pé, aparecendo pra mim e outras coisas. Cubro minha cabeça com edredom novamente e sinto a respiração de Henry no meu pescoço. -Não se preocupa, eu tô aqui contigo.-Ele diz calmo e sereno, sem vestígios de deboche na voz e inexplicavelmente me sinto mais segura, como se seu abraço obrigatório um campo de força contra os mortos que querem me m***r. Eu sorrio e consigo dormir. Clary -  A gente tem porta sabia! - Eu grito saindo do apê. Que ideia foi essa minha de fazer apostas. Mas é claro que meu orgulho falou mais alto. Ah, como eu odeio esse garoto. Entro no apartamento do Harry e ele está sentado no sofá com um sorriso no rosto. Sinto vontade de dar um murro na sua cara para arrancar esse sorriso lindo. -Não ri.-Eu digo e ele rir mais ainda. i****a. Vou em direção ao quarto e deito na cama. Olho para a porta e Harry está me olhando. -That? -Pergunto de braços cruzados. -Você fica tão linda brava. -Ele diz com um sorriso debochado. -Ah, então devo ser muito linda quando estou perto de você.-Falo e me viro de costas à ele. Ele ri e deita do meu lado. Eu o sinto se mexendo e ele está tirando sua camisa. -O que tá fazendo? -Pergunto. -Não durmo de camisa. Reviro os olhos. -Não reclama, Henry dorme só de cueca. Eu rio pensando na cara de Alexis quando ver Henry de cueca. -Fica longe. - Eu digo. -Sabe, se você fosse um pouquinho mais doce, não afastaria as pessoas de você.-Ele fala emburrado -Como é? -Pergunto me virando para ele bruscamente. O rosto de Harry é imparcial. Provavelmente essa é uma ideia que ele tem na achava há algum tempo. -Isso mesmo que você possui.-Ele fala e deita de costas pra mim. -SEU i****a! -Falo e viro de costas para ele. -Desde que você chegou eu tenho tentado me aproximar de você, mas você sempre diz algo errado, sempre insinua que eu sou um moleque qualquer. Eu posso ser i****a, mas eu me importo com você. Harry tem um tom de magia na voz. Isso me deixa ainda mais brava com ele. IDIOTA. i****a. i****a. Por que eu to me sentindo m*l por ele? Que d***a! Pode ser verdade, mas isso é só defesa de coração partido. Percebo que passou um bom tempo e eu calada. Eu nunca fugi de uma briga ou discussão, não vai ser agora que isso vai acontecer. -Olha aqui ...- Antes que eu termine as luzes se apagam e eu grito e caio da cama. Acho que ouvi Alexis gritar. Olho para debaixo da cama e vejo algo. Um monstro com olhos olhando querendo comer meu coração. Eu pulo pra cima da cama me agarrando ao Harry e tremendo. -O que foi? -Ele diz assustado. -Um bixo, tem um bixo debaixo da cama! Isso soou tão infantil, mas eu sei o que vi. -Ei, calma, daqui a pouco a luz volta, eu to aqui, nada vai te machucar.- Harry tira o cabelo do meu rosto. Eu não consigo vê-lo, mas consigo senti-lo. Sentir sua respiração próxima do meu rosto. Meu coração acelera. d***a. Eu devia afasta-lo. Encaro seu rosto no escuro. Lembro do que ele me disse. Talvez, só talvez, eu possa deixar ele ultrapassar essa barreira, só dessa vez. Eu o abraço e antes de dormi, murmuro um desculpe   .
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