PESADELO NARRANDO
A minha vida nunca foi fácil, hoje vivo em uma fortaleza, um morro respeitado, e muito temido por todo o Rio de janeiro, ou posso falar um dos morros mais temido no Brasil, afinal é a favela mais conhecida, e por ser tão conhecida, eu me atrevo a falar que é uma das mais perigosas na atualidade. A vagabunda da minha mãe me largou na rua e meteu o pé com aquele filho da p**a que ela chamava de marido, fiquei muito tempo vagando embaixo daquele viaduto, tive que pedi esmola no sinal, muitos fechavam os vidros dos carros na minha cara, porque falavam que eu era apenas mais um viciadinho, que iria comprar drogas, ou até mesmo os meus pais me obrigavam a está naquele sinal para pedir dinheiro para eles se drogarem, mas na real nem era por isso, eu pedia porque eu tinha fome e precisava comer, fui humilhado, massacrado, apanhei de muitos na rua, fui escorraçado das portas dos restaurantes quando eu precisava pedir alguma coisa para comer. Minha vida realmente foi conturbada, e claro que não seria diferente nunca, se eu já estava desse jeito. Então fui perambulando pelas ruas até que cheguei no morro do alemão, ou como todos chamam, o complexo do alemão, as coisas sempre foram muito perigosas aqui, sempre ouvia tiros, sempre me escondendo embaixo dos esgotos para não ser atingido por uma bala perdida. Então um belo dia qualquer, estava acontecendo uma invasão no morro, a polícia e os bandidos trocando tiro, uma senhora acabou me chamando para sua casa, e desde de então eu passei a minha vida morando com ela, sempre fui grato a senhora Jacira por ter me acolhido, quando todos me deram as costas, ela estava aqui, ela tinha dois filhos, dois demônio se é que posso falar isso, eles rejeitavam ela por ela ser uma senhora, morar em uma favela e não ter quase nada para sobreviver, por isso eles a rejeitavam, mas eu mudei muito a vida dela antes dela ser levada pelo câncer. Me envolvi no crime, comecei como avião, depois subir para ser um vapor, isso com uns 15 anos, sempre me dediquei e fiz o que pude para manter a senhora Jacira viva, mas infelizmente ela não sobreviveu e acabei jurando vingança contra os filhos dela, o ódio tomou conta de mim, quando um deles armou pra mim junto com o antigo dono do morro. Queriam me apagar, mais eu fui mais esperto, eu apaguei eles, hoje só tem um dos filhos dela vivo, e ele vive no asfalto, e sabe que se colocar os pés dentro dessa favela eu vou torturar ele, e matá-lo da pior forma possível. Tive que aprender da pior maneira que o mundo não é um conto de fadas, e muito menos que se pode confiar em alguém, é como já te falam, quando ver alguém morrendo, invés de ajudar, pisa no pescoço e termina de matar.
— Qual foi viado, tá surdo? — pergunta o Tubarão, olho na sua direção, apontando a minha arma.
— Tem medo de morrer não filho da p**a? — pergunto, encarando ele com um olhar sombrio.
— Que nada, cão que ladra não morde. — disse ele, nesse momento, dou um tiro na parede, passando bem próximo a ele, e ele se assusta, dou uma gargalhada.
— O que foi que você disse? — questiono, e ele levanta as mãos em sinal de rendição.
— Não disse nada, tu tá com o que hoje hein? — pergunta.
— Nem tenho nada, apenas você falou algo que não me agradou, e eu te respondi como merecia. — digo sério. — Tá achando que aqui virou a casa da mãe joana? — pergunto.
— Foi m*l pô, sabe que só tava zoando. — disse ele.
— Tá mec. — digo, e então ele vem se aproximando, o mesmo se encosta na minha mesa. — Solta a fita, se tá aqui, tem algo pra me falar. — digo olhando ele.
— Vir aqui te informar que o carregamento estás chegando, e precisamos ir buscar tipo agora. — afirma ele.
— Beleza, vamos lá, não quero nenhuma brincadeirinha de merda com aquele filho da p**a. — afirmo.
— Tenho que concordar, da última vez eles vieram com uma conversa estranha. — disse ele, e concordo. — Bom, vamos lá o PH está nós esperando, lá na saída. — disse ele, e então seguir com ele até a porta da minha sala, assim que estávamos saindo a Yasmin apareceu.
— Gostoso, tem um tempinho? — fala ela, com aquela voz irritante dela, respiro fundo, tentando controlar os meus demônios, e o Tubarão da uma risada.
— Oh v***a, eu não tenho tempo agora de comer sua b****a, eu até queria, porque tô com os nervosos a flor da pele, mas preciso resolver uma parada antes. — digo sorrindo, e ela se gruda no meu corpo.
— Ficarei te esperando aqui na sua sala. — disse sorrindo, então revirei os olhos, mas também não disse nada, apenas tirei as mãos dela do meu corpo, me afastei até a saída da boca.
— Tu tá fodido, se a Luna pegar isso aqui, a confusão tá feita. — disse o Tubarão dando risada.
— Se eu pegar as contenda nessa p***a, eu vou meter o loco nessa p***a. — afirmo, seguir para a minha moto, assim que fui me aproximando, já subir na minha moto, olhei para o Tubarão. — Vamos logo. — digo ligando a moto, dou partida na moto, então acelero, a mesma, e o mesmo vem logo atrás.
— Aí viado, tá ligado que o Lobin disse que você tem que dar um prêmio pra ele nessa transação né? — disse ele, encostando a moto perto da minha.
— Se ele vir me cobrar alguma coisa, eu vou pegar ele, e vou meter uma bala no meio da testa dele, ele tá pensando que eu sou quem? O presidente? — ironizo, então acelero mais a moto, até que empino a mesma, dou risada enquanto vou equilibrando a moto no meio da rua, assim que chego em frente da barreira, o filho da p**a do PH já está sentado na moto dele.
— Pesadelo tirando onda. — disse ele, então acelero a moto e passo por ele, logo ele junto com o Tubarão vem atrás, então continuei acelerando, e logo ficamos lado a lado os três.
— Hoje ele tá que tá. — disse o Tubarão, olho pra ele, que rir. — Mas aí, hoje precisamos ficar esperto com esse carregamento, amanhã tem o baile pra agitar o morro. — disse sorrindo.
— O fato é que vocês são folgados, e acha que as coisas vai cair do céu, ou vir do inferno. — afirmo e acelero ainda mais, eles vem atrás, o bom é que a gente está indo para um terreno baldio onde acontece a nossa transação, a gente trás o caminhão com a carga de armas, e eles vão embora, e se caso a polícia descobrir, a gente precisa ser rápido e não pode permitir que eles peguem o caminhão, mas espero que aquele filho da p**a não tenha armado nenhuma pegadinha, porque eu vou estourar os miolos dele em um único movimento, estava pensativo até que finalmente fomos chegando no terreno, o desgraçado já estava lá, estacionei a moto próximo onde ele estava, desci da moto, e caminhei alguns passos mais próximo.
— Fala tu, Pesadelo, tudo na paz? — disse o Lobin se aproximando de mim, ele faz toque comigo.
— Tô na maior paz, e tu cara? — pergunto, e ele concorda com a cabeça.
— Tô suave pô. — disse ele. — E aí que tem aí pra mim? — questiona, ergo uma sobrancelha.
— Se for um pesadelo dos bons ele trouxe. — brincou o PH.
— Tá ligado que o Pesadelo não é bom com esse lance de ficar dando nada de graça pra ninguém. — disse o Tubarão.
— Tô ligado pô, nem relógio trabalha de graça. — disse o Lobin. — Mas aí, a mercadoria tá aí, como vai ser? — pergunta ele, faço sinal para o PH ir resolver, logo ele vai até o caminhão.
— Tu continua o mesmo filho da p**a de sempre. — digo, para o Lobin e ele rir.
— Qual foi mano, tu tá ligado que antes de tu tá nesse ramo eu já estava. — disse ele.
— Realmente tu estava, mas por menos que eu esteja nesse ramo, eu já tirei mais vida que posso contar, e olha que eu amo brincar de caçar ao tesouro. — digo sorrindo. — O melhor é quando imploram por clemência. — afirmo sorrindo.
— Você realmente é como falam. — disse o Lobin com a sobrancelha erguida.
— Tá tudo aqui, Pesadelo. — disse o PH.
— Beleza, fecha a carga, e levem para o morro. — afirmo e ele concorda. — Agora é nós dois. — digo, me virando para o Lobin.
— Beleza, só quero a transferência. — disse ele, com um sorriso no lábio.
— Tu é maior filho da p**a, eu vou te fazer essa transferência. — afirmo, pegando o celular, então entro no aplicativo, em uma conta laranja que tenho, e começo a fazer a transação. — Quero os teus dados. — digo e ele fica todo risonho.
— Beleza, me dá aqui. — entrego o celular, ele começa a colocar os dados dele, logo ele me entrega o celular de volta, faço a transação, coloco a senha e pronto.
— Pronto, até a próxima. — digo, e ele concorda.
— Foi um prazer fazer negócios com você, Pesadelo! — diz ele, então ele segue com os caras dele, e volto para minha moto com o Tubarão.
— Tu deu o teu celular pra ele, sabe que pode cair em uma armadilha né? — diz o Tubarão.
— Acha mesmo que eu sou o****o? — digo rindo. — Esse telefone é descartável meu caro. — digo, e ele rir.
— Maior filho da p**a tu é. — diz o mesmo, acabo gargalhando, ligamos a moto, então demos partida, e seguimos de volta para o morro.
Tenho que ser esperto, ou posso um dia cair em uma cilada, a verdade é que nunca posso confiar em ninguém, até esses filhos da p**a que tá comigo pode me trair, apesar que eu dúvido um pouco, mas sempre preciso ter essa desconfiança, afinal todos que eu achei que um dia sentiu algo por mim, me abandonaram, a vagabunda que se dizia ser minha mãe, meteu o pé no mundo, nunca conheci o desgraçado do meu pai. Mas isso não me importa, nunca me fez falta mesmo, quando achei que um dia faria falta nunca fez, e é isso, hoje eu tô aqui, sou o que sou e não mudarei nada em mim, o meu ódio por mulher aumenta a cada dia, o meu ódio e cede de sangue sempre vai está na minha vida. Se tem alguém que chegou mais perto de mim, em toda a minha vida foi a senhora Jacira, ela foi como uma mãe pra mim, sentir muito quando ela se foi, e lá estava a Luna, embora eu não a respeite como ela merece, ela sempre esteve do meu lado, ela me apoiou quando todos me deram as costas, mas ainda sim quando ela aceitou ser a mulher que ficaria do meu lado, ela aceitou o meu jeito de ser, ela aceitou que eu pegue quem eu quero, e ela não pode implicar, mas como sei que mulher é o próprio d***o, elas nunca estão felizes com nada, e quando ela faz patifaria na minha comunidade, eu mostro pra ela que quem manda sou eu, e ela não me manda, que eu pego e pegarei quem eu quiser, na frente dela ou nas costas, ela aceitou isso, e é assim que eu vou viver até o último dia de minha vida, o meu último suspiro, até porque eu tenho uma vida condenada nesse morro. Fiquei com meus pensamentos a mil enquanto dirigia de volta para o morro, então quando finalmente eu já estava no meu território, voltei para a boca, enquanto o Tubarão e o PH resolviam a carga no deposito, fui até a boca, o que não demorou para que eu chegasse na mesma, então estacionei a moto e desci dela, entrei na boca, e ao entrar lá, vi a Yasmin deitada no sofá me esperando, ela se levantou rapidamente ao me ver entrando na minha sala, a mesma estava com uma cara de p**a no cio, que me fez encarar ela, sem pensar duas vezes ela apenas se aproximou, tirou minha bermuda e se ajoelhou, ela começou a me mamar ali mesmo de uma forma intensa, apenas deixei que ela fizesse o trabalho dela, afinal é pra isso que eu p**o essas porras.
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