Ela parecia um pato assustado e curioso, foi o que Caroline pensou. Sophia estava impressionada, ainda sem acreditar. Olhava todos os setores daquele lugar. Haviam muitas pessoas trabalhando. Uma enorme empresa de tecnologia.
Ela m*l podia acreditar. Queria dar pulinhos de alegria, mas achava que seria recusada por parecer uma boba.
Merda! O que faço agora? Não cheguei a pensar no sim. Claro que já trabalhei antes, mas nunca nesse cargo. É o meu sonho e posso estragar tudo com a minha timidez. E sou um desastre ambulante. Tropeço, sou tagarela, quando ganho i********e, e me visto como uma velha de oitenta anos.
Obviamente que Christian vai rir na minha cara. Vai me olhar como se eu fosse um pato feio na sua frente, tremendo como vara verde.
Será que vou passar a odiar o meu chefe? Deus, que isso não aconteça. Sei que tem uma grande possibilidade de eu me decepcionar. Vou ser a assistente daquele cafajeste bonitão?
Meu Deus, vou surtar. Quem diria?
Claro, eu disse a mim mesma que não ia exagerar. Que iria ser recusada e choraria, enrolada ao meu edredom. Apesar de ter vinte e dois anos, sou humana e i****a, que não tem segurança em si mesma e na aparência.
Respire fundo, Sophia. Não gagueje. Olha para si, sou uma desajeitada, uso óculos de grau e prefiro roupas largas. Claro que Christian vai rir quando me ver na sua frente.
Ela até parou de prestar atenção no caminho. Só entrou de uma só vez na sala de Caroline. Depois, Soph parou, esperando ela dizer algo. Ela era do tipo que fazia o que dissessem.
Já a irmã colocou sua bolsa na mesa de vidro, andou pelo escritório, com uma enorme janela de vidro, que deixava a luz de fora entrar, estantes reluzentes e alguns quadros minimalistas, observando a pequena Sophia, tímida, que estava impressionada com o lugar.
- Nome? – Caroline perguntou, mas demorou um bom tempo para receber a resposta, pois Sophia estava distraída.
- Sophia Thompson. – Falou rápido, tentando passar uma boa impressão.
- Sophia – Repetiu, a olhando dos pés à cabeça. – Sophia, de onde é, com o que já trabalhou, é formada, por que veio até aqui?
Eram muitas perguntas ao mesmo tempo. Ela já estava nervosa. Tinha que se concentrar para não errar nada.
- Sou de Los Angeles, meus pais... enfim – Notou que Caroline não estava interessada em sua história de vida. – Trabalho com administração, e estou migrando para esse setor de assistente, e... – A pergunta: por que veio aqui: era bem óbvia. Um trabalho. Era o que aquilo era. A nova oportunidade de Sophia mudar de vida. Claro que ela teria que se esforçar muito para mudar alguma coisa em si, contudo, ela esperava que com o tempo e experiência, conseguiria evoluir. – Tenho muito interesse em evoluir e acredito que trabalhar ao lado do Senhor Harrison vai me ajudar a conquistar o meu objetivo. Sendo sincera, eu li muita coisa sobre o senhor Harrison e sei que ele é muito bom no que faz, mas também... Vejo que ele é um homem... complicado e fiquei sabendo que nenhuma assistente dura. Não sei o porquê...
- Não sabe? – A loira riu até riu.
- Certo, eu sei, mas comigo a senhora nem tem que se preocupar.
- Querida, assim que pôs os olhos em você, eu soube que não precisava me preocupar. – Riu.
Certo, mas não precisava ser tão arrogante. Eu sei que não sou atraente.
- Vou uma profissional.
- Sabe, Sophia, eu quero alguém que possa cuidar do Chris, quando não estou. – Ela começou, afastando a cadeira e se sentando. – Ele é um problema ambulante. Aparece em sites de fofoca, está sofrendo seus erros e isso prejudica não só a sua vida, mas também, a empresa.
- Eu vi. – Penso em voz alta.
- Você, não faz o tipo dele.
- Tenho consciência disso. – Balançou a cabeça.
- Diferente das outras que estavam na porta.
- É, muito diferente.
- Cristian precisa de uma babá responsável, pois eu não tenho tanto tempo.
- Vou fazer esse trabalho muito bem.
- Fico feliz – Cerrou os olhos, projetando seu corpo sobre a mesa. – Regas e afazeres: Você não pode deixa-lo beber demais, nunca o deixe sozinho com uma mulher, não o deixe dirigir se estiver bêbado, não o deixe dar entrevistas se estiver bêbado. Você tem que cozinhar, ele faz uma dieta rigorosa e pré-treino, você vai cozinhar, fazer as bebidas, o acompanhar para todos os lugares, tem o dever de expulsar qualquer v***a que quiser t*****r com ele, e pelo amor de Deus, mesmo que não seja o tipo dele você é uma mulher, jamais vá para a cama com seu chefe ou vou demitir você no mesmo dia.
Sophia engoliu em seco. Seu rosto ficou mais vermelho que um tomate.
- Isso não vai... – Sua voz falou. Pigarrou e continuou. – Não precisa se preocupar com isso, jamais vai acontecer.
- Se eu fosse você, não diria isso. Christian pode surpreender as pessoas. – Cerrou os olhos.
Tímida, ela ficou nervosa. Seu coração ficou na boca.
- Não, eu sou uma pessoa correta. Além disso, nunca fui para cama com ninguém, não seria o meu chefe que...
Ela percebeu que falou demais.
Caroline achou estranho, mas pensou sobre o que ela disse.
- Você nunca foi para cama com um homem. - Nervosa, Soph coçou a nuca. A resposta, tímida, veio por meio de um aceno de cabeça. O sorriso de Caroline foi de orelha a orelha. – Virgem?
- Por favor, não fale muito alto.
- Querida, isso é uma qualidade. – Levantou da cadeira e foi até ela, observando de perto, as características na morena. – Christian odeia Virgens. Ele corre delas.
- Há é? – Ficou surpresa.
- O assunto não vem ao caso, mas não se preocupe, vai se dar bem no trabalho. – Sophia não estava preparada para um sim. Ela achou que correria para casa. – Você começa amanhã. Vou está a esperando na mansão. Vou explicar como tudo funciona e lhe dar as chaves.
As chaves da casa do Christian Harrison?