Ceci - Obaaaa! Vou tomar banho, eu quero uma de queijo com muito queijo. (diz jogando a bolsa no sofá e eu a repreendo)
- Ei! Mocinha, tá achando que só porque a sua mãe não está isso vai virar bagunça? Coloca a mochila no lugar dela.
Ela pega a bolsa recém jogada no sofá e vai para o quarto, ajudo ela a separar uma muda de roupa e ligo o chuveiro. Como a Ceci já é quase uma mocinha e tem que entender que o corpo dela merece respeito, eu vou para a sala esperar ela sair do banho. Aproveito para mandar mensagem pra Karla, avisando que o Eduardo acordou e que eu estou com a Ceci e se caso eu precisasse de ajuda eu iria chamar ela. Aproveito também pra fazer o pedido da pizza, estou vendo minhas redes sociais quando ouço alguém bater no portão, a Amanda não me falou nada sobre visitas.
- Quem é?
XXX - Paulo.
Aff, o que esse peste quer? Mesmo não querendo fui abrir o portão.
- Qual foi? A Amanda foi para o hospital assim que recebeu a sua ligação.
Paulo - Eu vim falar com você.
- Eu não tenho nada pra falar com você, até porque tudo já ficou mais que explicado até as entrelinhas.
Paulo - Erick, eu quero que você entenda que tudo isso é muito complicado pra mim.
- Cara, foi só uma f**a, nada mais que isso. E eu já entendi que você só queria experimentar, agora você já pode voltar pra sua namorada eu não sou dedo duro não, pode ficar tranquilo. Seu segredo está bem guardado comigo.
Paulo - Não fica com raiva de mim.
Ceci - Tioooo, eu já acabei. Pode vim desligar o chuveiro. (ouço a pequena gritar de dentro de casa)
Olho para o Paulo e dou um longo suspiro. Raiva? Não é bem o sentimento que eu estou sentindo por esse i****a.
Por ele eu tenho ódio, t***o de repetir tudo de novo tipo agora eu fodendo a sua boca, chupar seu p*u de novo ….
Raiva eu tenho é de mim que mesmo depois de estar com outro cara fiz a comparação de que não foi igual com ele.
Deixo o portão aberto para que ele faça a escolha e vou desligar o chuveiro, a pequena já está no quarto se trocando.
- Lavou o cabelo direitinho? (grito do banheiro pra o quarto que está com a porta fechada)
Por mais que eu não vá fazer nenhum mau, ela tem que aprender e entender que homem nenhum deve ter liberdades com sua i********e.
Ceci - Sim tio, está com um cheirinho muito gostoso.
- Então coloca a roupa direitinho que eu vou arrumar ele.
No banheiro quando desligo o chuveiro reparo que quem fez esse trabalho fez muito do m*l feito, mas a Amanda é boa demais pra reclamar. Seco o chão do box com o rodo e arrumo os tapetes, deixo tudo no seu devido lugar até porque odeio bagunça.
Pego as coisas para arrumar o cabelo da Ceci e vou pra sala, me deparo com o embuste sentado no sofá com a cabeça baixa. Ele está vestido em um terno cinza escuro, uma camisa branca por baixo e uma gravata no mesmo tom do terno. Bixo gostoso do c*****o!
- Você não deveria estar com o seu amigo?
Paulo - Deveria.
Ele me olha e isso fez com que o meu coração se aqueça por inteiro, eu me sento ao seu lado em silêncio e ele também permanece em silêncio não demora muito e ele vira o rosto em minha direção e eu faço o mesmo me perdendo em seu olhar. Ele se inclinou um pouco e me dá um selinho e como o perfeito otario que sou, deixo.
Que p***a Erick! Esse cara tá te tirando como otario e tu deixa? Mais é um trouxa mesmo!
Ele me sonda com os seus olhos maravilhosos e me dá um outro beijo.
- Para! Você tem namorada.
Paulo - Eu sei.
- Então respeita ela.
Paulo - Tá f**a Erick. Você acha mesmo que eu não sei que eu deveria estar la?! Só que eu estou aonde eu quero estar!
- Então faz a coisa certa, eu não vou te pressionar a terminar com ela só que eu também não vou ficar sendo o seu segredinho sujo.
Paulo - Eu tenho medo, medo disso ser passageiro, de ser apenas euforia do descobrimento, sei lá.
- Eu não vou ficar sentado esperando você se decidir, você não sabe o quanto isso me machuca.
Ceci - Pronto tio. (diz vindo com o black todo pro alto) - Tio Paulo! Trouxe chocolate?
Paulo - Oi princesa, hoje o tio não trouxe mais prometo que trago na próxima vez.
Ceci - Aí vão ser dois.
- Muito espertinha você heim, agora senta aqui pra eu poder arrumar o seu cabelo, antes que a pizza chegue.
Coloco uma almofada no chão e ela se senta, dou o meu celular pra ela assistir desenho enquanto eu penteio o seu cabelo.
- Já sabe né?
Ceci - A mamãe não vai saber que você me dá o celular pra eu assistir desenho.
Paulo - Por que? (pergunta confuso)
- A Amanda foi criada no interior e não assiste tv e nem essas coisas de internet, tu não viu que até pra mexer no celular a bixa é meia lesadinha.
Ceci - O que é lesadinha?
- Nada, assiste aí teu unicórnio.
Olho para o Paulo e ele sorri, o cabelo da Ceci ficou lindo de Maria Chiquinha de pompom, depois que eu arrumei o cabelo da pequena não demorou muito pra pizza chegar, e por incrível que pareça o Paulo comeu junto com a gente.
Já está ficando tarde e ele não demonstra nenhum sinal de que vai embora, também já estou ficando preocupado com a Amanda que até agora não me ligou e também não me deu notícias. Umas dez e meia da noite eu recebo uma mensagem da Karla dizendo que as coisas não estão nada bem e que a Amanda vai dormir por lá, e que é pra eu cuidar da Ceci.
Coloco a pequena pra dormir depois de contar pra ela a história do Pinóquio, a abusada ainda teve a coragem de me falar pra eu parar de mentir pra mãe dela, nas coisas que eu faço com ela. Abusada! Pois eu nem disse que se eu deixar de fazer as coisas não seria o tio mais legal que ela tem, já que os outros morrem de medo da mãe dela brigar.
Ceci - Tá certo, então o senhor não é o Pinóquio tio, boa noite.
- Boa noite, princesa.
Não demora muito e ela pega no sono, deixo o abajur ligado e vou para a sala, encontro o Paulo andando de um lado para o outro só que agora sem paletó e com os punhos da camisa dobrados.
- Já está tarde. (digo indo para a cozinha lavar a louça)
Eu sempre tive que me virar ainda mais na casa da minha mãe, com ela doente tive que cuidar de tudo enquanto ela estava inválida. Então dentro de casa não sou feito de açúcar, faço de tudo um pouco e sou muito enjoado nesse quesito, gosto de tudo muito limpo e organizado.
Paulo - Eu sei. (disse vindo por trás de mim e dando um beijo na minha nuca) - A Ceci dormiu?
- Dormiu, e eu acho melhor você ir embora.
Ele deposita mais alguns beijos em minha nuca e logo em seguida passa as mãos pelo meu abdômen subindo até o meu pescoço.
Paulo - Eu quero ficar com você Erick.
- Paulo, estamos na casa da minha amiga. Tem uma criança dormindo aqui e pra completar você tem namorada. (digo me virando pra ele)
Paulo - Você não entendeu, eu estou confuso, não sei se é o momento mas eu quero aproveitar isso. Eu quero você.
.
.
AMANDA
Chego em casa de manhã e já aproveitei e passei na padaria e comprei algumas coisas para o café da manhã. O Maicon só me deixou vim embora depois que eu me acalmei, o apoio dele junto com o da Karla é fundamental pra mim. Sempre serei eternamente grata por cada amizade que cultivo.
Assim que chego no meu portão ligo para o Erick pra ele abrir pra mim, demorou um tempinho até que ele apareceu. Com uma cara de cansado e completamente amassada, ele se quer esperou eu entrar em casa, me abraçou no meio da calçada mesmo.
Erick - Você está bem?
- Vou ficar.
Erick - Estamos do seu lado.
- Obrigada, e obrigada por ter cuidado da Ceci.
Erick - Sempre. Comemos pizza ontem.
Fomos entrando até a sala, onde eu vejo o sofá bagunçado.
- Tudo bem, quem dormiu no sofá?
Erick - Eu, a última vez em que eu deitei na sua cama o Eduardo teve um ataque de pelanca.
- Não sei se ele vai voltar, ele esta tão feliz ao lado da noiva dele.
Erick - Ele não se lembrou de você, gatinha? (pergunta com uma cara de preocupado)
- Não, ele não se lembrou de mim e muito menos da Ceci, não sei como vai ser pra ela daqui pra frente.
Erick - Nós estamos aqui e nunca esqueceremos de vocês.
- Obrigada.
Erick - O Paulo esteve aqui.
Olho para ele com cara de espanto.
Erick - Conversamos e por mais que eu estivesse morrendo de vontade, não transamos.
- Vocês já? Gente tô passada! Achei que tinha sido só uns beijinhos.
Erick - A pior de todas.
- Nossa, foi tão r**m assim?
Erick - Não amiga, eu falo que foi a pior porque foi exatamente a que fodeu comigo. Ele literalmente me deixou de quarto por ele, aí eu descobri que ele tem namorada. Estou tentando superar né, as pessoas sempre me abandonam e nunca me dão prioridade, então acabou que ele virou apenas mais um da lista.
- Eu jamais farei isso com você.
Erick - Eu não estou falando de você e você sabe muito bem disso. Aí ontem ele me veio e disse que está confuso e com medo de arriscar tudo e isso ser apenas uma coisa de momento.
- Pra você, isso é coisa de momento?
Erick - Não sei amiga, eu me sinto diferente com ele sei lá, eu nunca me liguei com ninguém e quando nos beijamos foi diferente sabe. É algo … sei lá, eu realmente não sei explicar.
- Está apaixonado, Erick?
Erick - Tô é fodido amiga.
- Apenas busque a sua paz interior, sua felicidade. Se for pra ser … é seu. E se não for, é livramento. Porém não se rebaixe por nada e nem ninguém.
Erick - Digo o mesmo pra você.
- Eu já entendi que eu não me encaixo naquela família, eles são completamente diferentes de mim. E eu realmente não quero me envolver com eles.
Erick - Mais com o Paulo você vai né? Porque se nós dois ficarmos juntos vocês vão se ver com bastante frequência sem falar na Babi né?!
- Claro. Eles são pessoas excepcionais que eu sempre vou querer ter por perto.
.
.
Sábado passou maravilhosamente bem, me mantive cem por cento ocupada arrumando a casa e limpando o que já estava limpo, no fim da tarde sai com a Ceci fomos ao parque da prainha branca pra ela se distrair um pouco. Ela acabou me perguntando duas vezes sobre o Eduardo e eu não soube o que responder, vou tentar enrolar ela ao máximo até criar coragem para falar pra ela que ele não vai voltar mais.
.
.
O domingo chega ensolarado e eu sou obrigada a acordar cerdo com o Maicon me ligando, pra dizer que está trazendo a dona Lourdes e a Karla pra minha casa pra me ajudarem a arrumar as coisas.
Agradeço porque eu convidei o Matheus e a namorada, fora o Erick que não garantiu mais disse que vai chamar o Paulo.
Matheus - Cheguei!
Quem abriu o portão para ele foi a Ceci, ouvi o grito dela da cozinha onde eu estou cortando o tomate para a salada.