Amanda 17

2341 Words
- Mãe? Bete - Filha? Minha princesa, o que aconteceu? - Mãe eu sinto tanta a falta de vocês. Bete - Fica calma Amanda, e me fala o que aconteceu? - Eduardo, encontramos à família dele. E agora nesse exato momento ele está passando por uma cirurgia na cabeça, o médico não garantiu que a memória dele vá voltar. E também não garantiu que ele vai ficar bem, depois de tudo. Bete - Deus é o médico dos médicos minha filha, ele sabe de todas as coisas. Lembra de Lázaro, quando os amigos foram avisa Jesus que ele estava doente? O que Jesus falou? “Este m*l não é para a morte”. Então descansa filha, porque a vontade de Deus é perfeita. Ele sempre sabe o que é melhor para nós, mesmo que não seja aquilo que nos agrada. - Obrigada mamãe, eu precisava tanto ouvir a senhora, eu estava tão angustiada. Bete - Então fica em paz, que vai dar tudo certo. - Sim, e o papai? Bete - Não está bem filha, não quer ir ao médio e ontem tossiu sangue, apenas me pediu um copo de chá e disse que vai se cuidar em casa. - Odeio o fato dele ser tão teimoso, o estado dele pode ser grave mãe. Bete - E eu sei que é meu amor, eu já estou preparando o meu coração e peço para que você prepare o seu. - Mãe… Bete - Meu amor fica tranquila, eu amo o seu pai e o que eu puder fazer aqui para ajudar ele, eu vou fazer. - Assim que o Eduardo estiver melhor, eu vou até vocês. Bete - Venha e traga a minha neta para eu poder conhecê-la pessoalmente, ela já deve estar uma mocinha. - Está sim. (falar da minha filha me tira um enorme sorriso) Tomo um susto com a p***a sendo aberta repentinamente, com um Erick de olhos vermelhos segurando as lágrimas. - Mãe, preciso desligar depois nós nos falamos mais. Bete - Tá bom meu amor. . . MANUELA - Ele não me reconheceu, aparentemente ele realmente não lembra de nada. XXX - Se ele não te reconheceu então volta pra ele. - Não querido, ele já está com uma mulherzinha aparentemente sebosa. XXX - Então se vira p***a, ele precisa ser vigiado até eu conseguir acabar com ele. A mídia está muito em cima, qualquer tipo de atentado agora vai ser muito suspeito. - Eu já disse que não! Eu não tenho culpa se você não fez o seu trabalho direito, agora não venha querer que eu conserte a sua merda. Se ele se quer voltar a lembrar de alguma coisa mesmo que seja mínima eu pulo fora do barco querido e você afunda sozinho, afinal como já disse ninguém mandou você fazer merda. XXX - Eu fiz merda Manu? Não mandei ele colocar o nariz aonde não foi chamado, ele é muito filho da p**a. - Já disse, isso não é problema meu. O que eu puder fazer eu vou fazer, e vê se da próxima vez você deixa de ser incompetente e faz tudo direito. Pra não ter que recorrer ao seu pai de novo. XXX - Não enche, c*****o. . . ERICK Porra eu estou mega nervoso perto de um cara. Mais que merda! Entramos no elevador em silêncio, percebo as olhadas que ele me lança mais permaneço no meu canto. Eu sempre fui um cara cheio de atitude, sempre solto uma gracinha aqui outra ali e agora eu m*l tô sabendo como respirar do lado desse homem. Eu percebi a cara de supresa que ele fez quando me viu no quarto do Eduardo, depois da noite que tivemos eu esperei um novo contato, que não veio. Já estou acostumado a ter lances de apenas uma noite ou até mesmo de algumas horas, afinal a minha própria aceitação foi tão difícil de engolir e depois mais difícil ainda de assumir. Devido a isso eu não sei o que é ter um relacionamento, afinal nunca estive em um, talvez pela minha falta de segurança e também se a minha própria família tem vergonha de mim quem é que vai me querer, não é mesmo?! Não sou indeciso na minha opção s****l, só que esses traumas são muito fodas, bagunçam a minha cabeça de tal forma que quando eu vou ver, já estou todo fodido. Paulo - Vai querer comer o que? - Qualquer coisa, só vim distrair a mente e deixar a Mandinha respirar um pouco, ela está precisando desse momento. Paulo - Então vamos na lanchonete aqui do hospital mesmo. Ele vai na frente e eu o sigo logo atrás, observando as suas costas largas e lembrando do papai e mamãe que fizemos, flashes do nosso momento vem a minha mente, olho para o lado pra tentar controlar o t***o e vejo que a entrada do hospital está lotada de repórteres. Que situação f**a essa que a Amanda se meteu. Com isso me lembro do real motivo de eu estar aqui, se liga né Erick, se controla c*****o que aqui não é a p***a da casa da mãe Joana. Chegamos na lanchonete, que se parece mais com um restaurante. Tem algumas pessoas que estão de jaleco e outras com roupas comuns fazendo suas refeições. Paulo - Vou pedir um hambúrguer com batatas e refrigerante ou você prefere massa? - Hambúrguer. Ele segue para o caixa da lanchonete e eu me sento na mesa mais próxima, ainda olhando pra sua b***a. Está cada vez mais difícil de me controlar, fico voando em meus pensamentos, só imaginando as coisas que eu amaria fazer com ele … Jesus é só coisa de pele, eu realmente não posso me apaixonar. Ironia ou não me vem em mente a letra da música da Pablo na cabeça. “p*****a também ama” É f**a mais. Paulo - Tá rindo de que? Posso saber? - Bobagem. Paulo - Então quer dizer que você olhando pra minha b***a é bobagem agora? - Quem mentiu pra você? (sorrio descaradamente pra ele porque ele está da mesma forma) - Muita presunção a sua, não acha não? Paulo - Teus olhos não mentem, se eu te arrastar para o meu carro agora você vai fácil, fácil. - Ha, há, há, confia bebê. Ele olha para os lados e logo em seguida abaixa a cabeça passando as mãos pelos cabelos curtos, que eu adoraria segurar enquanto ele me paga um boquete, eu vejo que ele sorri pra mim. - Que? (meu Deus eu estou ficando boiolinha nesse cara) Vai se lascar meu! Paulo - Nada, estou apenas te olhando. Apenas com essa simples frase me sobe um arrepio por todo o meu corpo, uma sensação boa mais ao mesmo tempo fodida. Paulo - Você me confunde pra c*****o. (diz aparentemente confuso) - Oxi, mais eu não to fazendo nada. Paulo - Está, está me confundindo, me tirando de órbita. Ficamos nos encarando por alguns minutos maravilhosos por sinal, a intensidade do seu olhar me trás paz, essa é uma sensação que eu nunca tive antes. O painel apita e ele desvia o olhar, é o nosso pedido, ele se levanta pra pegar e eu novamente tento me controlar o máximo possível. - p***a Erick, se controla c*****o! Vai ficar rendendo aí na cara dura? Paulo - Agora falando sozinho? - Apenas eu com os meus pensamentos. Paulo - Aí, valeu por estar aqui nesse momento. - Eu não iria deixar a minha amiga sozinha. Paulo - Está certo, a Amanda é f**a. Ela tem o meu total respeito. - Eu sei, eu que ensinei. (rio, sabendo que é mentira, a verdade é que ela que me ensinou a ser f**a) Mesmo ela não sabendo que em cada palavra que ela me diz, ela está me ensinando e me reerguendo depois que eu passei a minha vida inteira me auto sabotando. Comemos em um silêncio agradável e com muitos sorrisos, nenhum de nós parece querer tocar no assunto da noite em que passamos juntos e está tudo bem. XXX - Te achamos filho. (diz o homem que está com duas mulheres a tiracolo) Uma se parece muito com o Eduardo, essa provavelmente é a megera e a outra é uma loire muito linda, Paulo quando nota a presença deles se levanta completamente sem jeito. XXX - Amor, fiquei preocupada com você, passando a noite aqui completamente sozinho. (diz a loira e de quebra se pendura no pescoço do Paulo dando um selinho nele) É piada isso, só pode! Olho para os lados pra ver se tem alguma câmera e nada. Mano do céu, que p***a é essa que está acontecendo nesse c*****o? Paulo - Não precisava vim, Estela. Estou com amigos. Estela - Mas eu quero que saiba que não está só, e também eu m*l cheguei de viagem, eu não quero ficar longe de você. Edna - Filho ela está certa, ela é a sua namorada deve te fazer companhia. Eu queria que Manuela estivesse aqui, apoiando o meu filho. (diz s senhora megera com a cara mais entojada que uma lesma usando batom) Luiz - Pelo amor de Deus, você prometeu Edna. Edna - A sua protegida não está por perto. Paulo - Desculpe, eu não os apresentei. Este é o Erick amigo da Amanda. - Eu poderia dizer que é um prazer conhecê-las, mais não é. Então com licença senhores, vou ficar com a minha amiga. Paulo - Termina de comer. Ah, mentira que ele tem a cara de p*u de falar comigo, a ainda por cima todo sem graça. - Obrigada, perdi o apetite. Lhes dou as costas e nem ligo para a hora do Brasil, ainda consigo ouvir a loira sebosa reclamando. Estela - Nossa que antipatico e m*l educado. Edna - Pra você ver a ralé com quem o meu filho foi se meter. Vadias, vadias do c*****o. Tento segurar ao máximo o sentimento de decepção que está crescendo dentro de mim, a última vez que eu senti isso foi tão forte que foi quando o meu tio tentou me molestar enquanto eu dormia e minha mãe se quer acreditou em mim. Que sentimento mais fodido esse, é f**a demais, mais já foi eu serpearei uma vez então vou superar de novo essa p***a. Abro a porta do quarto e a Amanda está no telefone. Amanda - Mãe vou precisar desligar agora, mais tarde nos falamos mais tá bom?! Beijos. Ela vem e me abraça, é f**a a Mandinha me conhece. As vezes eu sou muito difícil de colocar em palavras os meus sentimentos e ela é capaz de entender isso. Ela vai extraindo de mim tudo no tempo certo, nós nos sentamos abraçados na poltrona de onde ela havia se levantado. Amanda - Você está bem? - Não sei. Amanda - Vai passar, tudo passa. - Acho que dessa vez não. (digo e ela levanta a cabeça do meu ombro e me olha) Amanda - O que aconteceu? - Transei com um cara aí, e tô todo fodido. Amanda - Você está apaixonado, Erick? - Até parece, se manca garota. (digo tentando disfarçar, até porque a pergunta dela foi certeira) Vai tomar no meu cu Paulo, por que você fez isso? . . AMANDA Ficamos no quarto até tarde, as vezes o Paulo aparece, outras vezes é o Luiz mais eles não ficam por muito tempo. Seu Luiz me explicou que a Edna e a namorada do Paulo estão no hospital e que para não causar nenhum problema ele preferiu pegar um outro quarto para que ela aguardem até o fim da cirurgia. Pra mim achei até melhor ele ter feito isso, não sei se estou com paciência pra enfrentar essa megera nesse exato momento. . . Já são duas da manhã e o meu coração está completamente aflito, os médicos nos atualizam de tempo em tempo dizendo que a cirurgia está ocorrendo bem e completa que devemos aguardar até o fim da mesma, como se tivéssemos outra opção. Confio em Deus e sei que vai dar tudo certo, mais tem algo que está me impedindo de crer totalmente nisso. Erick - Dorme um pouco, ficar levando os seus pensamentos a loucura não vai ajudar em nada. (me diz abrindo apenas um olho, enquanto está deitado todo largado no sofá do quarto) - Não estou com sono e o meu nervosismo não me deixa descansar. Erick - Mais deveria. Ouvimos batidas na porta. Paulo - Trouxe café. (diz entrando) Erick olha e quando vê quem é vira a cara e volta a dormir, olho para o Paulo que o encara com olhar de tristeza. Volto a olhar para o meu amigo que nos ignora com o rosto coberto pelo braço. Oh meu Deus! Erick? Paulo? Mas… - Obrigada. Ele me entrega um copo de isopor com tampa e eu sinto a quentura aquecer a minha mão, a qual eu não havia percebido que estava fria até esse momento. Paulo - Descansa um pouco, a tia Edna foi para casa e só volta amanhã de manhã, aproveita e vê se você dorme também. - Não estou com sono. Paulo - Eu estou na mesma pilha, não quer café Erick? Erick - Tô bem. (responde completamente seco, sem mover um músculo) - Está tudo bem, Erick? Erick - Está sim, amiga. Saco absolutamente tudo, só não entendi a parte em que o Paulo tem namorada. . . Oito horas da manhã e meu coração está em pedaços, depois que o Paulo sentou na poltrona e o Erick no sofá, eu vim para o banheiro colocar toda a minha angústia pra fora. Não estou aguentando mais toda essa situação, as notícias que chegam é que está tudo bem, mais se realmente está tudo bem porque isso não acaba nunca? Vejo a claridade do sol invadir o quarto, agora já estou sentada na cama do Eduardo em posição de meditação, coberta por seu casaco. Preciso de um pouco de aproximidade com ele, mesmo sendo a mínima possível. Batidas na porta me fazem despertar.
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