Amanda 18

2161 Words
XXX - Bom dia! Vim avisar que o paciente está indo para o CTI. - A cirurgia acabou? (me levanto de forma afobada e indo até a enfermeira que sorri pra mim) XXX - Acabou sim, e correu tudo bem. - Então por que ele está indo para o CTI? Ele não pode vim para o quarto? XXX - Senhora, esse procedimento é de praxe. O paciente deve ficar as primeiras vinte e quatro horas em observação, isso é para os médicos terem certeza de que está tudo bem já que a cirurgia foi delicada e de risco. Eles só me pediram para avisar os familiares, logo eles estarão aqui para lhes informar melhor sobre tudo o que aconteceu. Paulo - O que houve? Já acabou? (pergunta após ser acordado pela minha conversa com a enfermeira) - Acabou, os médicos virão depois. Mais graças a Deus já acabou. Paulo - Graças a Deus! (diz vindo me abraçar) - Ele vai passar por mais algum procedimento? (diz se virando para enfermeira) XXX - Ele vai para o CTI para ficar em observação pelas próximas vinte e quatro horas. Paulo - Certo. Fico aliviada por essa boa notícia que acaba de chegar, ele está bem e vivo graças a Deus, isso pra mim é tudo o que importa. Paulo liga para o Luiz pra avisar o que aconteceu, enquanto eu me alívio com o meu amigo. Dessa vez choro de pura alegria em seu abraço. Erick - Eu te disse que ia dar tudo certo. - Estou tão aliviada, me desculpa por te segurar aqui. Erick - Você é a minha amiga Amanda, você acha mesmo que eu iria te abandonar aqui? (diz me dando um beijo na testa, voltando a me abraçar logo em seguida, eu amo tanto esse conforto) . . Algumas horas depois o seu Luiz chega com a Edna, ela não fez questão de me dirigir uma só palavra se quer e eu também não estou com ânimo para ser educada, então pra mim está ótimo assim. Os médicos aparecem logo em seguida, um fala em inglês com o Paulo o seu Luiz e eu simplesmente aqui sem entender absolutamente nada, mais pelas expressões que o Paulo faz fico um pouco mais tranquila. Depois que os médicos saem o Paulo vem me contar o que ocorreu na cirurgia, eles conseguiram extrair o coágulo e por ser uma região muito delicada a cirurgia se estendeu um pouco. Ele disse também que nas próximas vinte e quatro horas ele ficará em observação e não vai poder receber visitas. Paulo - O que você pode fazer agora é ir para casa e descansar um pouco, você só vai conseguir ver ele amanhã e se ele acordar. - Ele vai acordar, Paulo. Paulo - Eu sei que vai. Vamos? Eu levo vocês. Erick - Eu vou pra casa, amiga. - Vamos lá pro apartamento, por favor? (Peço) Erick - Melhor não, você precisa … - De você, comigo. Insisto porque eu sei o porre que ele é quando está chateado com alguma coisa. Saímos do hospital e ainda há alguns repórteres na porta, passaríamos despercebidos se não fosse pelo Paulo. XXX - Doutor Montenegro, já tem alguma notícia sobre o estado de saúde do Doutor Olinski? Paulo - Não farei nenhum comentário sobre o assunto. Outros repórteres tentam uma nova abordagem mais Paulo foge de todos. Protegida por Erick entramos no carro se seguimos em direção ao apartamento. Chegamos e encontramos uma Babi aflita na sala, caminhando de um lado para o outro. Babi - Acabei de falar com o meu pai, ele está bem. Ela me olha com um sorriso porém seus olhos estão cheios de lágrimas. Eu realmente não entendo porque ela não pode estar presente nesse momento, é sempre assim se a Edna está presente em algum lugar a Babi não pode está. Eu a abraço com todo o meu amor porque eu sei que ela ama a mesma pessoa que eu amo de uma forma genuína. - Ele vai ficar bem. Babi - Ele é forte, ele sobreviveu a umas porradas na cabeça, é óbvio que ele vai sobreviver a um cortezinho. Paulo - Boas vibrações, para que sempre chegue boas notícias. Babi - Sempre cara de fuinha. E você? (diz reparando no Erick) - Desculpa a minha falta de educação, esse é o Erick meu amigo, e essa é a Bárbara irmã do Eduardo. Erick - Prazer, Erick. Babi - O prazer é todo meu. - Trouxe ele pra descansar um pouco, ele passou a noite toda no hospital comigo. Babi - Amanda, não precisa me pedir permissão o Eduardo já deixou bem claro que você é a namorada dele, a casa também é sua. Sorrio em agradecimento e olho para os dois que estão um pouco mais afastados cochichando. - Vem, vou te levar para um dos quartos. Você vai ficar Paulo? Paulo - Não, preciso ir. Tenho uma reunião com um cliente daqui a pouco. - Certo, se quiser vim almoçar com a gente, o Erick vai estar por aqui. . . Hoje já faz três dias que o Eduardo passou pela cirurgia e ele ainda não acordou, os médicos disseram que é normal pois seu cérebro sofreu uma longa pressão, então precisa se reestabelecer no seu devido lugar. Bom, eu acabei voltando pra minha casa, afinal, preciso trabalhar e mais ainda tenho a minha filha pra criar. Pra mim parece que já se passaram anos, porque foram as duas semanas mais longas da minha vida. Estive em lugares que nunca imaginei estar um dia, passei por diversas situações que por pouco não me fizeram perder o meu réu primário e por último e não menos importante, conheci pessoas que com certeza levarei para o resto da minha vida. Óbvio que tem algumas que se quer faço questão de lembrar que existe. Mais o que mais me importa é que tudo foi para o bem do homem que eu amo e eu sei que ele vai ficar bem. . . E foi nesse pensamento positivo que eu vim trabalhar hoje, nessa quinta-feira maravilhosa. Matheus - Vocês estão fazendo uma panelinha? (me pergunta) Erick - Acertou miserável, não te suportamos! - Erick! Mentira Matheus, nós te amamos. Erick - Fale por você. (diz todo debochado arrumando as latas de tinta tecido na prateleira) Matheus - Vamos ver se no próximo churrasco tu vai ser convidado, otario. Erick - Vou de penetra e ainda roubo a tua família pra mim. Matheus - Viado do c*****o! (diz dando o dedo do meio) Eles estão impossíveis, Erick sempre foi muito brincalhão mas ultimamente suas brincadeiras estão ácidas. Já tentei entrar no assunto “Paulo” mais ele disse pra eu esquecer, porque é isso que ele está fazendo. Tentando acalmar os ânimos finalizamos mais um dia, consigo falar com Paulo no fim da tarde pra saber um pouco do Eduardo. Sempre que posso ligo na expectativa de saber que ele finalmente acordou, só não posso abusar muito porque meus chefes chamaram a minha atenção devido às faltas, agora mais do nunca preciso me precaver porque se eu perder esse emprego não sei o que vai ser da minha vida. . . Chego na rua de casa como todos os dias, correndo. A perua já está parada na porta de casa e como de costume o perueiro buzina pra confirmar que me viu. Ceci - Mamãe, o tio já acordou? (diz pulando em cima de mim, assim que a tia abre a porta) - Ainda não, o tio Paulo me disse que ele ainda está dormindo. Ceci - Poxa, ele está bem cansado, né? Será que se ele receber um beijo igual a bela adormecida, ele acorda mamãe? - Não sei, eu ainda não tentei essa técnica infalível. Abro o portão da minha casinha, do meu lar. Onde eu realmente me sinto bem e em casa. A Babi disse que eu podia ficar esperando lá no apartamento, mas eu não estava me sentindo bem, afinal tenho minhas responsabilidades com a minha filha, meu trabalho e minha casa então … Ceci foi direto para o chuveiro enquanto eu separo as coisas para fazer o jantar, depois que ela toma banho, ficamos brincando um pouco. Ceci - Mamãe? - Oi. Ceci - To com saudade do tio. - Logo ele volta, meu amor. Ceci - Promete? - Não vai ser preciso, porque a vovó falou que ele vai ficar bem. Ceci - Ebaaaa! É impossível eu prometer algo a qual eu não tenho certeza. . . Depois de jantarmos e eu deixar a cozinha arrumada, me sento no sofá pra tentar colocar os meus pensamentos em ordem. Era justamente nessa hora que o Eduardo sentava comigo e perguntava sobre o meu dia e consequentemente ele me contava do dele. Trocávamos opniões e discordávamos de algumas coisas e no final, ele sempre desistia de ter razão segundo ele mesmo. Ouço alguém bater no portão, estranho por que não estou esperando ninguém. - Quem é? XXX - Paulo! Depois que ouço a sua voz o meu susto passa, porém não demorou muito pois ele voltou nomeamo-nos instante em que passou quando olho pra feição do Paulo. - Aconteceu alguma coisa com o Eduardo? Paulo - Ele está bem, só passai mesmo pra ver como vocês estão. Está sozinha? - Sim, a Ceci está brincando no quarto. Sentamos no sofá e ele olha em dição dos quartos. Paulo - Pensei que o Erick estivesse ficando aqui com você. - E ele está, só que hoje ele saiu com alguém. Paulo - Alguém? Quem? (pergunta exaltado, depois se recompõe) - Desculpa, isso não é da minha conta. Amanda… - Está acontecendo alguma coisa entre vocês? (pergunto e ele me olha espantado) - Eu conheço bem o meu amigo Paulo, sei que ele é super bem resolvido com a sua orientação s****l, e você? Ele torna a me encarar sem nenhuma resposta, depois de alguns minutos de silêncio ele resolve falar. Paulo - É complicado, Amanda. Ele me deixa confuso eu sinceramente não sei o que fazer. - Sabe … Eu acho que você está com medo do que vão pensar e falar. Paulo - Não, eu nunca me importei com a opinião dos outros, minha mãe me criou para ser livre. - Então o que te prende? Paulo - Eu nunca fiquei com um homem assim como o Erick, sabe a gente tem uma conexão f**a. - De verdade, só te peço pra não fazer o meu amigo sofrer. Ele não é desse tipo desnaturado que sai pra rolezinho durante a semana, até porque ele é responsável, só que ele está m*l. Desde a noite da cirurgia, ele está m*l, como eu sei que ele é uma pessoa difícil de se expressar eu estou esperando o tempo dele, mas eu já saquei tudo. Você namora Paulo, se você não tem a intenção de terminar com a sua namorada, pra que alimentar qualquer tipo de coisa com o Erick? Paulo - Não sei, eu simplesmente não sei. (diz passando a mão pelo cabelo exasperado) - Ele é uma pessoa tão boa, já sofreu tanto nessa vida. Não faz ele sofre mais não, eu sei que não temos i********e pra eu te pedir isso, mais eu tenho i********e com ele e eu protejo os meus com unhas e dentes. Paulo - Não se preocupe Amanda, meu último pensamento é fazer ele sofrer. - Acho bom, porque eu também gosto de você, e odiaria ter que te fazer algum m*l por causa do meu amigo. Paulo - Ele não quer mais olhar na minha cara, vim aqui hoje pra gente tentar conversar e ele não está. - Um conselho? Não comece nada de forma errada, porque o final todos já sabemos o que vai acontecer. . . Estou voltando do meu almoço, consegui falar com a Babi e ela me disse que foi visitar o Eduardo pela manhã e que sem querer deu de cara com a Edna e com a Manuela no quarto dele. Até posso imaginar o que a minha amiga passou com aquelas duas, ela também me disse que ele ainda está na mesma. Os médicos dizem que ele está bem e que ele pode acordar a qualquer momento, e que tudo agora só depende dele. O difícil mesmo é só espera que parece que nunca acaba. Outra pessoa que também me ligou foi o Paulo, me agradeceu pela conversa da noite anterior e me sondando também pra saber o horário que o Erick chegou em casa. Erick é outro também que se quer me deu uma palavra, estava completamente intragável pela manhã. Não fez nenhuma piada, nenhum deboche, m*l abriu a boca. O Matheus até tentou puxar um assunto, fazer uma piada e tals mais ele se manteve em silêncio. De hoje ele não me escapa hoje não vai ter essa de descascar a cebola camada por camada, hoje o negócio vai ser mais bruto mesmo.
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