Capítulo 4

1770 Words
* Maya Narrando * ATENÇÃO ALERTA DE GATILHOS * Tudo na minha vida está dando errado, mão era para seu estar aqui, não era para eu está indo para um lugar que eu não conheço, era para eu estar agora com minha mãe, ajudando ela a preparar nosso jantar, eu nem sei como ela está agora, eu não sei qual foi a desculpa que aquele infeliz falou para ela e eu nem sei se ela acreditou, pois uma coisa eu nunca faria com ela, era sair de casa sem avisar ela, sair sem me despedir, sair sem ela saber para onde eu estava indo, eu nunca faria isso com ela, espero que ela não fique decepcionada comigo, eu nunca quis isso, me perdoa mãe, mas eu juro que vou dar um jeito de sair daqui e voltar para te pedir perdão. Percebo que entramos em uma casa, olho e vejo que não é só uma casa, isso aqui é uma mansão, já no portão tem um monte de pinguins trabalhando, não são pinguins os bichinhos fofos não, são homens todos de preto, param o carro e me tiram a força dele, tendo me debate mas como sempre é em vão, porque eu ainda faço isso. - Vocês são uns imbecis, me solta. – Digo com raiva e o homem que me comprou só ria. Entramos na grande mansão e eu tive que parar de me debater para admirar o quanto ela é linda, pu.ta que pariu o dono dessa casa, porque Deus de livre xingar a minha mãe, honrar os pais é bíblico, “ honra teu pai e tua mãe, para que prolongue seus dias na terra ”, Deus me livre morrer agora, nem me casei com um homem rico e gostoso ainda, não tive meus herdeiro, bom herdar o que vem do pai, porque meu vão herdar são minhas dividas. Vejo um homem muito lindo descendo as escadas, mas sua feição não é das boas, ele está com cara de irritado, mas uma coisa eu tenho que afirmar, o homem é gostoso, mas o que tem gostoso tem de arrogante, desceu e não falou com ninguém, ninguém mesmo, foi direto para o bar da sala e colocou whisky no copo e bebeu ele todo, puro de uma vez só. - Eu não acredito que você trouxe uma criança Ivan. – O tal homem disse. - Ela tem vinte anos, Vincent. – O Ivan diz. - Ela esqueceu de crescer? – Pergunta. - Tamanho não é documento não, e se quiser saber alguma coisa que se refere a mim, me pergunta, eu estou aqui. – Digo. - Então Vicente o que não tem no tamanho, tem na língua, a baixinha não cala a boca e é marrenta. – Fala. - Escuta aqui garota, você precisa entender uma coisa, aqui quem manda sou eu, aqui você vai seguir as minhas regras. – Disse ficando de frente para mim. - Escuta aqui você, eu não sou sua propriedade, você não manda em mim, não vem com essa marra toda para cima de mim não que isso não cola, eu não sou essas mulheres submissas que você está acostumado, então pega essa sua prepotência e enfia no seu r**o. – Digo e vejo sua feição ficar mais fechado do que já é, ele segura em meu pescoço e aperta com muita força me sufocando, sinto meu pé sair do chão e meu rosto ficar na altura do dele. - Eu não sou quem você pensa que eu sou, eu não tenho paciência para as suas infantilidades nem para essa sua marra toda, então é melhor andar na linha ou eu vou ter que te mostrar quem eu sou. – Ele termina de falar e me joga no chão, me levanto e o encaro. - Eu não sei quem você é, mas isso pouco me importa, você não manda em mim e isso que você está vendo não é marra, é quem eu sou, quer me bater me bata, quer me machucar, me machuca, mas saiba que eu nunca vou abaixar minha cabeça, ainda mais para você que se acha o fodão, para mim você não passa de um babaca prepotente. – Falo com raiva e ele acerta meu rosto com muita força, volto olhar para ele e cuspo em seu rosto o deixando com mais ódio ainda, ele acerta um soco na boca do meu estômago e não para, continua socando e eu acabo caindo no chão, ele me chuta na barriga, braços e costela e só parou porque o tal Ivan o segura. - Você vai acabar matando ela Vincent. – Diz tentando controlar ele. - Ela vai ter que aprender quem é que manda. – Grita com raiva. - Você pode me matar, mas eu nunca vou te obedecer, homem nenhum vai conseguir mandar. – Digo e ele me dá outro chute, mas dessa vez me fazendo apagar. . . . Acordo com meu corpo cheio de dor, meu braço dói tanto que eu não consigo mover ele estou cheios de hematomas, além de estar no inferno conheci o dono dele. Olho por todo o canto e percebo que estou dentro de um quarto enorme e lindo, o tamanho desse quarto é o dobro do meu, vejo a porta se abrir e entrar uma senhora segurando uma bandeja, ela coloca a bandeja em cima do criado mudo do quarto e se senta ao meu lado. - Boa noite menina, me chamo Margarita, trabalho para a família Salvatore desde quando o Vincent era um bebê. – Diz. - Nossa, que legal, você viu o dono desse inferno crescer. – Digo fingindo emoção me sentando na cama. - Menina, não fala isso, ele pode escutar, ele pediu que eu trouxesse seu jantar e explicar seu papel aqui na casa, você será a esposa dele, é para isso que você está aqui, vai ter que ir com ele nas festas beneficentes, reuniões ou qualquer lugar que ele precise ir. – Fala. . - Eu não vou me casar com ele, eu não vou a lugar nenhum com ele. – Digo. - Não faz isso menina, você viu do que ele é capaz, só faz o que ele manda e nada disso aí vai acontecer com você. – Ela diz aprontando para meus hematomas. - Se ele quiser pode me matar, eu não sou um fantoche dele para fazer as vontades dele, e não vou fazer nada do que ele quer. – Digo. . - Não faz isso com sua vida, você é linda, vai poder ter tudo que quiser. – Disse. - Eu posso trabalhar e comprar tudo que eu quero. – Falo. . - Eu não estou defendendo ele nem as atitudes dele com você, mas isso de você estar aqui aconteceu menina. – Volta a dizer. . - Aconteceu por causa do gigolô do namorado da minha mãe, aquele infeliz fez isso acontecer comigo, era para eu estar em casa, com a minha mãe e graças aquele desgraçado eu estou aqui. Minha mãe uma hora dessas deve estar igual uma louca querendo saber de mim, e eu aqui morando com o dono do inferno. – Digo chorando e ela me abraça. . - Sinto muito tudo isso que está acontecendo com você, eu só posso te ajudar trazendo sua comida e te aconselhando a obedecer ele. – Diz entre o abraço. . - Obrigada, posso te pedir uma coisa? – Pergunto. - Se estiver ao meu alcance, farei com toda a certeza. – Responde. - Se eu um dia eu morrer aqui dentro você procura a minha mãe e diz para ela que eu morri e que a amava muito, minha mãe se chama Daria Herculano, moramos na vila nono em Saratov. – Falo sem parar de chorar. - Eu a procuro sim, mas se você fizer tudo que ele mandar você não vai morrer. – Disse. - É por isso que eu estou te pedindo isso, eu não vou fazer nada que ele queira. – Digo. - Nada do que eu te disser vai fazer você desistir disso, não é? – Ela questiona e eu concordo com a cabeça. – Então coma essa canja que eu fiz para você, espero que goste de canja. – Fala. - Eu gosto sim, obrigada, mas eu não consigo mover meu braço. – Falo e ela sorrir sem graça. Ela pega a bandeja e coloca em seu colo, pega a colher e leva para perto da minha boca. – Cuidado pois está quente. – Diz, eu assopro para esfriar um pouco e ela coloca em minha boca. Vejo a porta se abrir e ele entrar e seu olhar para mim foi de imediato. - Ela tem mão margarita, pode comer sozinha. – Ele diz. - Ela não consegue mexer seu braço. – Ela disse se levantando. - Liga para o doutor Boris, peça a ele para vir avaliar ela. – Manda. - Sim senhor, com licença. – Fala e saí do quarto. Ele vem até a mim se senta ao meu lado igual dona Margarita fez, pega a bandeja com a comida, ele levanta a colher e leva ela até a minha boca. - Abre logo a boca. – Fala sem paciência alguma. Abro a boca, não porque ele mandou e sim porque eu estou com fome e a canja está uma delícia. - Está quente, você queimou minha língua. – Falo. - Só assim você vai começar a controlar ela e calar essa boca. – Disse. - Não, eu não vou me calar, eu não sou seu fantoche, eu entendo que você está acostumado com as pessoas fazendo tudo que você quer, tudo que você manda, eu não sou assim e eu não quero e não vou me casar com você. – Digo. - Você não tem opção, ou você se casa ou eu mato sua querida mãe, você acha que eu não pesquisei sobre sua vida? Você se chama Maya Herculano, filha de Daria Herculano, vocês moram em uma pequena vila em Saratov, você não tem pai, suas notas da escola sempre foram entre A e B, boa aluna, mas sempre briguenta, Trabalha na cafeteria do centro da cidade e sua mãe trabalha como faxineira em três casas diferentes. E aí Maya vai começar a me obedecer ou não, pense bem, se a resposta for não, sua mãe vai sofrer. – Ele fala e larga a bandeja em cima da cama e sai do quarto. Eu conheci ele tem poucas horas e já odeio, e odeio mais que o gigolô que mora com a minha mãe, como existem pessoas más nesse mundo.
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