CAPÍTULO 23
Toda Alegre
Narrado por Elijah
Claro que não estava à espera, que ela caísse nos meus braços e que aceitasse logo ali de caras a minha proposta.
Quando naquela noite do jantar me veio à cabeça este pensamento, vi logo que era a melhor solução.
Ela calava a família doida dela que a querem ver casada, e eu calava os meus pais, que no fundo também são doidos, e todos saiam a ganhar.
Óbvio que eu podia arranjar uma esposa rápido, e fazer esta proposta a qualquer outra mulher, mas… a Mia é, não sei, ela me parece especial e… abano a cabeça ficando com raiva, não, mulheres são mulheres, todas iguais, prontas a nos mentir, manipular, umas dissimuladas.
Batem na porta da minha sala.
Mando entrar quem me interrompe.
E entra a Daisy, a mesma que no noutro dia estava a falar com a Júlia, sobre eu ser o Homem de Gelo.
Sorrio vitorioso, ela chega na altura certa, mesmo quando estou com raiva, dos meus pensamentos pelas mulheres.
Ela entra com um sorriso no rosto e se balançando toda enquanto se dirige à minha frente. Ela inclina-se um pouco para me entregar umas folhas.
— O Tom mandou isso para si. — Ela diz toda alegre.
Hum, vamos lá ver se ela me alegra também.
— Ah, sim? E se a Daisy mos viesse entregar aqui? — desvio um pouco a cadeira da mesa, mas continuo sentado.
Ela sorri e vem ter comigo sem nada dizer.
Eu sigo ela com o meu olhar e quando chega perto de mim, fica de pé entre as minhas pernas.
Sem tirar os meus olhos dela, coloco as minhas mãos nas suas pernas e vou as subindo e depressa chego na sua b***a, aperto levemente e ela suspira.
Uma das mãos deslizo para a frente, desvio a sua calcinha e coloco o dedo na entrada da sua i********e.
— Humm, isso é bom. — Ela sussurra, olhando para mim e passando as mãos dela pelos meus cabelos.
— Gostas? — pergunto, introduzindo o dedo lá dentro.
Ela suspira excitada.
— Muito mesmo.
Eu meto e tiro o meu dedo lá dentro, ela está bem molhadinha e eu tenho o meu p*u pronto para ela.
Tiro o meu dedo e ela abaixa-se, tirando o meu p*u para fora, chupa com gosto e enquanto ela chupa eu tiro uma camisinha de uma das gavetas, ela tira o p*u da boca, agarra na camisinha e mete no meu p*u duro. Levanta o resto da saia, desvia a calcinha e senta-se no meu p*u sem demoras.
Abro a blusa dela e desvio o soutien, deixando os seus s***s nas minhas mãos, e enquanto ela sobe e desce pelo meu p*u, eu lambo e chupo os seus b***s rijos.
Ela goza e eu g**o e depois disso, mando ela sair de cima de mim.
Limpo-me, visto-me e digo para ela.
— Gostaste de f***r com o Homem de Gelo? — pergunto seco.
Ela olha para mim sem entender nada.
— Podes sair, já fizeste o que devias fazer aqui.
Dito isto, viro-me de novo para a minha mesa.
Ela sai da minha sala sem dizer nada e bate com a porta quando sai.
Eu disse que elas duas me pagavam e pagaram.
Não, Nem Pensar
Narrado por Mia
Saí de perto dele em passo apressado, mas não fui para o carro, fui sim para o outro lado do parque, para longe dele, para longe da proposta absurda que ele me fez, para longe da maldita adrenalina que ele me faz sentir.
Fico ali a admirar Seattle, nasci e cresci aqui, já aqui vim muitas vezes, mas nunca me canso de admirar esta bela paisagem.
Mas agora nem estou a admirar nada, porque a minha mente está no que ele me disse.
Mas que merda deu na cabeça dele, para me fazer aquela estúpida proposta,
Um homem daqueles pode ter as mulheres que ele quiser, por isso, menos entendo porque ele me fez, a euzinha essa proposta.
Nós m*l nos conhecemos, não sabemos praticamente nada um do outro e ele quer casar comigo?? Não entendo mesmo qual o propósito.
Não, nem pensar de eu aceitar uma besteira dessas.
Não mesmo, está decidido e pronto.
Eu hein, conheço cada doido!
Devo ter um íman que atrai todos os alucinados.
Mia, a tentação dos alucinados.
Rio com o meu próprio pensamento, kkk.
Vou, mas é trabalhar, e esquecer essa baboseira.
Mulheres Sérias??
Narrado por Elijah
Entro no elevador, logo seguido pelo meu pai.
— Então? Afinal, o que aconteceu no sétimo piso? — ele pergunta, com o semblante carregado.
— Aqueles palermas fizeram uma festa privada dentro do quarto, acabaram por se desentender por causa de uma garota, embrulharam-se à porrada e um deles caiu em cima da mesa de centro, a de vidro. — digo irritado por demais, não é pela mesa, mas sim pela estupidez das pessoas — As mulheres só fazem os homens fazerem patetices.
O meu pai olha para mim, mas nada diz. O elevador abre e eu saio, parecendo uma seta.
Depois de resolver toda aquela merda, finalmente saio, já muito fora do meu horário.
Chego em casa e os meus pais estão na sala a beber café.
— Filho, já jantamos. — Ele informa.
— Eu sei, pai, infelizmente tive que resolver toda aquela trapalhada daqueles doidos lá do sétimo piso.
— E correu tudo bem? — ele pergunta preocupado.
— Sim, pai, não te preocupes, ficou tudo tratado e resolvido.
Ele pensa o quê? Eu sou profissional, não brinco em serviço não.
Janto pouco e quando estou para ir para o meu quarto, o meu pai lança a pergunta.
— Elijah! — o meu pai me chama.
— Sim, pai.
— Como está a situação do casamento?
Olho para ele, que está claramente à espera de uma resposta de conto de fadas. "Sim pai, está tudo encaminhado, arranjei uma boa esposa, e casamos no prazo estabelecido, sem nenhum problema".
Sinceramente, mas o meu pai pensa o quê, que tiro uma esposa de dentro de uma cartola? Não sou mágico.
— Pai, eu não entendo essa fixação para eu casar, tu queres que eu arranje uma esposa, quando eu nem tenho relação com ninguém. Vou casar com uma qualquer? — digo já enervado.
— Claro que não queremos que cases com uma qualquer, mas de certeza que conheces mulheres sérias, mulheres que queiram uma família — fala a minha mãe carinhosa.
— Ah, mãe, por favor, e onde existe isso?? Mulheres sérias?? Não viaja mãe, isso não existe.
— Mas que parvoíce, filho, — ela continua — claro que existe, mas em que mundo tu vives? Que ideia tão errada que tu tens das mulheres. Nem parece que já foste apaixonado algum dia!
— Pois, o pior erro da minha vida. — digo amargurado.
A minha mãe estreita o seu olhar.
— Pior erro? Não vejo porquê, vocês eram bem apaixonados. E a Stella era uma excelente mulher. — Ela diz, se achando cheia de razão.
Faço uma careta, sim, uma excelente c***a, é o que ela era. Penso, mas não falo nada.
— Vou-me deitar, o dia hoje foi difícil e estou cansado por demais, para ter esta conversa. Boa noite.
Subo as escadas e enfio-me no meu quarto.
Era só o que me faltava, para acabar este dia de merda em beleza.