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1307 Words
Lucius — Senhor, com todo respeito, como pretende explicar sobre essa mulher para seu tio? Ferdinando sabe que não é tão simples falar com o meu tipo por isso está questionando, nunca quis me casar ou constituir família, não por falta de pretendentes, mas sim por falta de interesse. As mulheres da máfia são lindas, isso não posso negar, mas nenhuma delas despertou meu t***o e paixão como Inês, ela acabou dormindo pesadamente, lógico que tive que aplicar um sedativo nela, tinha que conversar com meu homem de confiança sobre os últimos acontecimentos. — Ela é bonita, mas é mestiça, o que sabe sobre ela? Tem pais? Algum familiar vivo? Não podemos ter nenhum problema. — Ferdinando, essas questões burocráticas não me interessam e você sabe muito bem como sou prático com esse ponto, mas para saciar a sua curiosidade investigativa, Inês é sozinha, os pais a abandonaram com uma madrinha. Além do fato dela ser devota da mesma Santa que nossa família é, há algo a mais nela que me intriga. — Você acha que ela pode ter ligação com aqueles malditos? Não pode ser, todos sumiram do mapa, inclusive a garotinha... Você sabe que os boatos dizem que o pai matou a menina por não ser o primogênito que ele esperava. Os boatos não são verdades ou mentiras, mas não duvido que aquele infeliz do Valentino tenha matado a própria filha, fingir ser indiferente a essa situação envolvendo meu passado é difícil para mim, meu tio pediu para esquecer mas como se esquece que um maldito que comia na mesa da minha família foi capaz de matar meus pais de maneira fria. — Quero muito acreditar que minha mulher não seja sangue daquele infeliz, Ferdinando, olhe para ela, é linda e uma tremenda gostosa, sabe que não a traria aqui se não estivesse realmente tentado a descobrir os segredos dela. — Não vou dizer nada, senhor, sabe bem o problema que arrumou. Imagine se ela for uma mulher digamos que experiente, seus tios são tradicionais, não vão querer uma mulher usada. Nunca me importei com virgindade ou pureza... Gosto de mulher seja do jeito que for, se Inês não for virgem isso de verdade não tem importância nenhuma para mim. Respeito e amo meus tios, mas não sou o garoto de 15 anos que adotaram, agora sou um homem bem ciente das minhas escolhas. — Usada ou não, ela é minha. Falta muito para chegarmos? — Sim por isso descanse, sei que não vai dormir mas pelo menos tente descansar. Ferdinando tem razão, deito ao lado de Inês sentindo seu cheiro gostoso, não vejo a hora de me casar com ela, o mais importante já consegui que foi trazê-la comigo, agora é uma questão de tempo para tê-la de maneira definitiva. Inês Parecia que havia dormido uma eternidade, só consigo me lembrar de sentir uma picada no braço na hora que entrei no jatinho depois não consigo me recordar de mais nada. Acordo em uma cama confortável, provavelmente tudo que aconteceu não passou de um pesadelo, essa mania de emendar plantões está deixando minha cabeça uma bagunça. Mas infelizmente nada foi um pesadelo... Percebo isso quando sinto que estou com um baby-doll longo de seda, será que ainda estou sonhando? Para minha tristeza percebo que não, já que um par de olhos me observa com certa curiosidade. É uma moça jovem bem mais nova que eu, seus cabelos são pretos e seus olhos parecem o céu ensolarado sem nuvens. — Oi! Resolvo fazer o primeiro contato, mas para minha surpresa, ela não me responde, as vezes não sabe falar minha língua por isso falo em inglês, nesse momento, ela entende. Aproxima-se lentamente como se estivesse com medo, mas se senta no canto da cama. — Meu nome é Inês Santos, qual seu nome? — Fátima Ferrara, sou prima de Lucius, é verdade que você é mulher dele? Meu Deus, o bandido do mercado financeiro resolveu contar mentiras para a família dele sobre mim, só posso ter jogado pedra na cruz, para estar passando por isso. Sorrio para ela, é uma adolescente, olhando bem, deve ter uns 16 anos. — Olha, Lucius com certeza deve ter se confundido, não sou mulher dele, sou uma amiga, sabe? O ajudei a fugir de uns homens como também cuidei dos seus ferimentos, sou médica formada. Foi uma confusão, entende? — Bom, não parece, ele até conversou com minha mãe e meu pai, contou sobre você e que quer se casar. Minha mãe já está preparando tudo, mas papai está relutante, uma pergunta: como você é uma mundana com certeza já esteve com muitos homens, como é? Coloco as mãos na cabeça completamente atordoada com todas as informações, pensei que Lucius ia desistir dessa história de que sou sua, mas parece que não, até casamento já está organizando. — Fátima, me explique melhor sobre essa preparação para casamento? Que eu saiba normalmente se tem um noivado, depois de muitos anos, mas muitos anos mesmo é que tem o casamento. — Não, aqui não é assim, noivado rápido, casamento acelerado, nada que dê a******a para alguém desistir, meu pai costuma dizer que pessoas indecisas não são de confiança, pois mudam de ideia muito rápido. Mas não respondeu minha pergunta, como é? Não tem como responder algo que não sei na prática, mas talvez possa tentar responder clinicamente como os professores da faculdade faziam. Mas antes de começar a falar Lucius entra no quarto, só com um olhar a menina sabe que o primo está aqui, ela se levanta e logo corre para beijar o rosto dele, Lucius retribui com carinho, estranho na hora, pois o homem que até então parecia um verdadeiro poço de estupidez está sendo um perfeito cavaleiro com a prima. — Agora vá, Fátima, tenho que conversar com minha noiva. — Estava conversando com ela, irmão, mas depois terminamos a conversa, Inês. Ela se despede, mas estou tão sem reação até agora com tudo isso que não retribuo. — Lucius, sobre essa história de casamento, é brincadeira, não é? — Não, não é! Mulher, não sou homem de brincar com algo tão sério, gostou do quarto e da cama? Pensei em deixá-la no meu quarto, mas meus tios são tradicionais, está sendo bem complicado explicar que vou casar com alguém de fora, entende que estou me colocando em uma situação complicada por você, não é? Só posso estar sonhando, pois não é possível que este homem esteja falando tantas asneiras de maneira consciente. — Lucius, vamos raciocinar juntos: porque quer casar comigo? Se colocar em uma situação complicada apenas porque desejo s****l? Isso é bobagem. Se quer me vigiar é só me colocar em uma casa e me dar um emprego, pode continuar cuidando de mim e mantendo minha boca bem fechada. Sobre ter se comprometido com seus tios, pode deixar que converso com eles, explico que sentiu algum tipo de sentimento de gratidão mas que tudo foi resolvido pois se trata de um m*l entendido. Ele continuou sério, como se nada que tivesse falado faria realmente diferença no que realmente queria fazer. — Quero casar com você porque a desejo como nunca desejei outra mulher, é algo a mais que t***o, além disso estando com você poderei descobrir quem é realmente. Agora, se levante vista uma roupa decente e desça para jantar com minha família, estão todos curiosos para conhecer você. Não preciso dizer como é importante passar uma boa impressão, além disso, não pense em fazer nenhuma gracinha ainda estou pensando se mantenho você viva, mas tudo depende de como vai se comportar. Estou totalmente sem opção, ou faço o que esse lunático quer ou vou acabar morrendo por não obedecê-lo, ainda tenho muito que viver por isso que por hora vou fazer o que quer, mas vou descobrir uma maneira de fugir dessa loucura toda.
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