2

2171 Words
Quando vejo o acidente que causei eu corro até o carro para ver e ajudar quem estiver ferido, os pedestres e as pessoas dos carros começam a se aglomerar ao redor da R8 de rodas para cima e muito amassada, um odor de queimado se faz presente, muitos pessoas gritam pedindo para ligar para os bombeiros e a polícia, sei que o carro pode explodir, está saindo muita fumaça, mas mesmo assim me aproximo, eu fui a causadora dessa tragédia. Olho dentro do carro, um cheiro insuportável de queimado toma as minhas narinas, mas consigo enxergar no banco do motorista onde um rapaz loiro muito bonito ainda está consciente, no banco do passageiro está um homem lindo de cabelos cor de cobre, desacordado com um corte na cabeça. — Christian! Acorda! - fala o rapaz loiro agitado. — Calma - digo - O socorro já está a caminho, as pessoas já chamaram os bombeiros. - digo tentando acalmá-lo. — O que você estava fazendo parada no meio da rua sua maluca? Era para você estar morta agora! Olha a situação do meu irmão. - fala gritando comigo, as pessoas se assustam. — Desculpe - digo - foi sem querer, me distraí. - falo com lágrimas nos olhos. — Aí minha perna! - grita o loiro bonitão. — Moço acorda! - Falo ao homem desacordado. De repente fogo começa a aparecer na parte de cima do carro. Olho para o rapaz loiro com uma afeição de medo, todos gritando para sair de perto, mas dois homens aparecem para me ajudar. — SAIAM DAÍ! VAI EXPLODIR! - mas permanecemos no carro tentando retirar os dois, antes que explodisse. Não podia deixá-los lá, já que a culpa de tudo era minha. Os dois homens consegue tirar o cinto do rapaz loiro, que não para de gritar o nome do irmão. Ambos pegam o homem loiro e o leva para a calçada. Fico sozinha no carro com o homem desacordado, que acorda e meio tonto olha para mim que estava segurando seu rosto e com minha blusa na sua testa para conter o sangramento da cabeça. — Quem é você? - pergunta o lindo homem de cabelos cor de cobre, que tem os olhos cinza mais lindos que já vi. Seu rosto é perfeito! — Que homem mais lindo meu Deus! Foco Ana. - penso comigo mesma. Os dois homens voltam e conseguem tirar o cinto do segundo bonitão, enquanto estou sentada no teto do carro por dentro, já que o carro está de cabeça para baixo. Somos tirados de dentro do carro e levados para a calçada junto ao seu irmão. O homem de olhos cinza volta a desmaiar e coloco sua cabeça junto ao meu peito como um travesseiro. Sem ninguém por perto o fogo se espalha e o carro explode sem machucar ninguém. Logo escutamos a sirene da polícia e dos bombeiros, que chegaram ao local em 3 minutos. — Me desculpe! - só consigo dizer isso, em meio às lágrimas, para o homem loiro que olha para o irmão desacordado chamando por ele. Christian é o nome do homem de olhos bonitos e desmaiado. Os bombeiros tenta apagar o fogo, mas está se espalhando até pelo chão por causa da explosão, de longe conseguimos ver o trabalho dos bombeiros. Ao mesmo tempo os socorristas vêm ao encontro dos irmãos e de mim. Do outro carro atingido ninguém se feriu, os únicos feridos são os dois irmãos do Audi R8. Duas ambulâncias chega, os paramédicos vem continuar o trabalho dos socorristas, o irmão loiro grita: — Christian! Acorda! - grita enquanto os paramédicos o colocam na maca e querem levá-lo para o hospital central de Seattle. — Fica com ele não o deixe sozinho! O nome dele é Christian Grey, o meu é Eliott Grey, pega meu celular e liga para minha mãe. Vê se você acha o celular do Christian no bolso do paletó. - fala enquanto os paramédicos socorrem os dois. — Achei está aqui! - falo entregando-o para Eliott que só consegue mexer um braço. — Me dá vou levar comigo. - fala pegando o celular de Christian da minha mão. — Pode deixar não vou sair do lado dele. - falo tranqüilizando Eliott. — Obrigado! Não esqueça ligar para minha mãe agora, o número está no meu telefone, procura Mãe. - fala para mim, mas é meio óbvio não acham? — Ok! Achei, estou ligando, já está chamando. - falo com o celular já no meu ouvido. — Dra. Grace. - atende a mãe deles. — Alô, aqui é Anastácia, estou ligando para avisar que infelizmente seus filhos Christian e Eliott sofreram um acidente e estão sendo levados para o hospital agora. - digo logo sem rodeios. — Meu Deus, não pode ser!? Como eles estão? - diz com voz chorosa. — Estão bem aparentemente, Eliott está acordado e já foi levado na ambulância, mas Christian está desacordado, não sei, sinto muito! Estou indo na ambulância com Christian, neste momento. - digo já com o rosto molhado de lágrimas e as mãos sujas de sangue. — Ok, sou médica e trabalho no hospital central de Seattle, sempre trazem vítimas de acidentes para cá, estarei esperando na porta, não saia do lado do meu filho, por favor! - diz em tom de suplica. — Ok Dra. Grace, estamos a caminho. - digo em tom de esperança e desligo. O motorista dirige a ambulância rapidamente e olho para Christian, a socorrista está colocando uma máscara sobre a sua face ajudá-lo a respirar, nota-se que ele respira com força. Xingo-me mentalmente por ter causado essa situação, se algo grave ocorrer com esse belo homem eu vou me culpar a vida inteira. Chegamos ao hospital central e abrem a porta permitindo a saída de Christian, vários médicos o cercam e o perco conforme o levam para dentro, vejo uma senhora chorando e a sigo. — Não permitiram a minha entrada - então essa é a sua mãe, estou me sentindo tão culpada que m*l consigo olhá-la fixamente. — Me desculpe senhora, eu causei o acidente - eu estava esperando um ataque verbal, afinal, é o seu filho, mas ao invés disso ela me abraça. — Não foi a sua culpa querida. - fala ainda chorando enquanto me abraça. — Eu não estava prestando atenção... - finalmente me deixo chorar e ela me acolhe. Nos dirigimos para a sala de espera onde ambas ficamos encarando a parede branca a nossa frente à espera de notícias, não sei exatamente quanto tempo se passa, mas ouça uma movimentação na sala, olho para o lado e encontro um senhor desesperado em buscar de informações, e ao seu lado estão duas mulheres, uma com uma linda face de anjo, mas a outra tem uma aparência mais velha. Vejo a mãe de Christian correr para os braços do senhor que a abraça como se a sua vida dependesse disso, vejo ambos cochicharem um para o outro, até que o senhor olha para mim, ele parece me recriminar com o olhar, deve ser o seu pai. Ambas as moças que o acompanham se sentam, mas longe de mim. Não sei quanto tempos se passa, se foram minutos ou horas, apenas encaro a parede branca para não ter que olhar nos olhos de cada m****o da sua família. Um médico rompe as portas duplas e levantamos, espero que seja notícias sobre Christian e Elliot. — Dra. Grey - eles parecem ser amigos, ela se aproxima dele, assim como toda a sua família, mas decido ficar no meu lugar, pelos olhares sei que não sou bem vinda, mas não sairei até saber que Christian e Elliot ficarão bem. — Os meus filhos Dr. Robert? — Estão bem, mas vou falar sobre o caso mais grave primeiro. — Mais grave? - percebo que Grace quer chorar, mas está se segurando. — O seu filho mais velho o Elliot. — Elliot? — Seu filho Elliot quebrou a perna direita em três lugares, o braço direito e o antebraço, fizemos ligamentos com pinos e apesar do seu filho ser saudável a recuperação dele será mais demorada, ele fará acompanhamento médico, e as fisioterapias serão intensivas. — E Christian? - Grace parece desesperada, eu ainda não acredito que causei essa situação, a vida desse irmãos irá mudar por minha causa. — Infelizmente Christian quebrou a perna, teve uma grave contusão no pescoço sem fraturas, há vários hematomas por seu corpo, o mais preocupante foi os vários cortes na sua cabeça, mas não houve gravidade já que foi estancado a tempo, a recuperação do seu filho será rápida, ele é um jovem saudável assim como o seu outro filho, apenas precisará de fisioterapia por causa da perna - fico aliviada ao saber que Christian ficará bem, ele não merece o que aconteceu com ele. — Quando poderemos vê-los? - a senhora mais velha pergunta, acho que é a tia dele - Quero ver o meu noivo! - Noivo? — Minha nora quer ver o Christian, quando estara liberado as visitas? - Grace pergunta e fico pasma ao constatar que um homem belo daquele é noivo de uma mulher que poderia ser a sua tia, ou até mãe dele. — E quando poderemos visitá-los? - a loura alta pergunta. — Posso liberar agora, mas apenas cinco minutos, é para o próprio bem deles. Eles vão visitar Christian e Elliot um por um, assim que todos voltam ando até Grace e pergunto: — Gostaria vê-los! Se a senhora permitir - vejo Grace abrir a boca para me responder, mas uma voz exaltada atrás de mim nos interrompe. — Mas é claro que não, você causou esse acidente, não deveria estar aqui, não tem vergonha do que fez? - diz a noiva cadáver de Christian, que isso Ana repreendo a mim mesma. — Eu sei que é a minha culpa. - engulo em seco encarando o olhar raivoso da loura - Mas eu estou aqui porque me preocupo. — Você não irá vê-los. - diz a loura enrugada em tom de ameaça. — Já chega Elena! Pode ir querida, mas não demore. O quarto do Christian é o número 104 e o de Elliot é ao lado - assinto e ando passando pelas portas duplas, o quarto de Christian é um dos primeiros, entro e o vejo com um cateter ligado a veia da sua mão, sua perna direita está pendurada e envolta no gesso, um lençol o cobre até a cintura e me sinto triste ao ver vários hematomas no seu tórax até seu rosto, me aproximo e toco a sua mão levemente. — Me perdoe Christian, eu não fiz por m*l, todos que me conhecem sabe que eu sou estabanada e sempre faço algo errado, mas nunca pensei que a minha má coordenação causaria um acidente, sinto muito - arrumo o meu aparelho auditivo no ouvido e consigo ouvir melhor a sua respiração. — Você vai ficar bem, e mesmo que a sua família me odeie nesse momento eu vou te ajudar, se você permitir, eu preciso fazer algo para pagar pelos meus erros. Ele provavelmente não está ouvindo, mas me sinto melhor falando com ele. — Eu vou ver o seu irmão, mas eu volto para visitá-lo novamente, você pode me odiar, mas eu não vou sair do seu lado. - aperto a sua mão uma última vez e vou para o quarto ao lado encontrando Elliot, sua perna e braço direito estão engessados, mas ao contrário de Christian eu o encontro acordado. — Posso entrar? - ele me vê e assente, me aproximo, mas me mantenho cuidadosamente afastada. — Pode chegar mais perto, eu não mordo - sorrio e assim o faço. — Eu não sei quantas vezes eu já pedi "desculpas hoje", mas vou pedir novamente, me desculpe Elliot. - digo entristecida. — Está desculpada - ele sorri e faz uma careta. — Está com dor? — Um pouco, mas e você, por que não estava prestando atenção na rua? -diz confuso. — Estava distraída, mas isso não voltará acontecer, a minha distração quase custou duas vidas. — Mas ficaremos bem - Elliot está me tratando melhor do que alguns membros da sua família. — Talvez você conheça a minha amiga na sua recuperação, ela é fisioterapeuta nesse hospital. — Acho que vai demorar um pouco até eu me recuperar - um médico bate na porta e aponta para o relógio. — Preciso ir - aviso e me despeço, volto para a sala e encontro apenas a sua mãe e o homem que eu imagino ser seu pai. — Eu já vou Dra. Grace, mas eu volto - homem ao seu lado nada diz e suspiro - Até mais. Vou a o procura de Kathy no hospital para irmos para casa, só que ela me fala que terá que fazer plantão para cobrir outro colega que faltou, fiquei com dó de Kathy. Foi um dia longo, quero ir para casa e dormir. Conto tudo para Kathy, que diz que amanhã resolveremos o que fazer.  
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD