Capítulo 1 — GIULIA

1556 Words
Ajudava minha mãe a arrumar as caixas, enquanto ao mesmo tempo me arrumava para ir trabalhar. Ela estava convicta que não amava mais meu pai, isso foi de repente, ao menos é isso que ela diz, enquanto meu pai coitado… se apoia em mim, me tendo como uma boa conselheira, uma pena que eu m*l sei quem eu sou. — Como está indo o trabalho? — Muito bem, mãe. A senhora deveria ir lá vez ou outra, é um lugar de passeio, sabia? — Eu adoraria, meu amor, mas… — Sem menos nem mais, mãe. A senhora não precisa me dar explicações. — peguei minha bolsa, beijei sua testa e fui para o trabalho. Não havia nada de novo, era sempre aquela mesmice que me deixava cada dia mais entediada. Era do apartamento para o trabalho, do trabalho para alguma casa de show que tivesse música e bebida boa, assim eram resumidos meus dias. Com tudo que vem acontecendo, estou ficando cada vez mais desanimada e certa de que o amor não é algo para mim. Minha mãe amou tanto meu pai, mas hoje m*l se falam. Jesse está prestes a se casar, mas ainda t*****r com o seu ex-namorado. Não quero que alguém me ame também, que seja apenas sexo. Hoje não seria diferente… — Boa noite gostosa, tá afim de diversão? — esse era o tipo de perguntas que se ouvia constantemente nas ruas em que eu frequentava. Ignorei todos os convites e fui até a minha casa de música favorita. As luzes vermelhas deixavam o ambiente com uma sensação de poder. Eu me sentia importante, queria que todos me vissem enquanto eu dançava alegremente, tentando não pensar no quão merda é a minha. Dançar me libertava, eu me sentia livre, embora não fosse presa a nada… — Posso beber uma dose com você? — Você não tem namorada ou algo do tipo? — perguntei antes do cara bonito se encostar no balcão ao meu lado. — Por que acha que eu tenho namorada? — Porque você é bonito e tem cara de quem tem p*u grande, portanto já deve ter alguém te mandando por aí e eu não tô afim de confusão. — respondi sem rodeios, porque era apenas isso que me importava, o tamanho do p*u do cara. Mas isso mudava quando o cara era comprometido. Não quero sair decepcionada de uma f**a, afinal, toda mulher tem b****a, mas p*u grande é para poucos, emboras alguns tenha esse privilégio, nas não sabem usar. Que droga! Eu nem deveria estar pensando nisso. A bebida entrava em meu corpo de forma relevante, me deixando cada vez mais a vontade, me perdendo dos meus próprios pensamentos, os mesmos que me faziam estressar tão facilmente. Mas agora, agora eu só queria dançar… dançar e esquecer que eu existo e que minha vida é uma droga. — Olha só, quem é vivo sempre aparece! — Leila gritava ao me abraçar por trás, bagunçando meus cabelos e beijando minha bochecha em seguida. — eu senti sua falta, pode acreditar. Por onde andou todo esse tempo? — Mudei de cidade, quer dizer… meus pais mudaram de cidade e eu fui morar mais perto deles, mas provavelmente voltarei para minha antiga casa dentro de alguns meses. — Quem era aquele homem? Perguntei mentalmente, ignorando qualquer coisa que Leila respondeu. — Com licença, eu já volto. Andei rápido até o banheiro, senti meu corpo enfraquecer pelo uso contínuo da erva, mas isso já me incomoda mais. De repente, meu corpo sentiu a mais nova sensação. Aquelas mãos grandes me assustaram, mas ao olhar de lado, percebi que se tratava do mesmo homem a quem meus olhos percorreram todo o corpo. Ao invés de reagir, permaneci quieta e ele me levou até o banheiro, fechando a porta atrás de nós dois. Ainda em silêncio, liguei a torneira, abaixando um pouco a cabeça, posicionando meus rosto próximo a torneira, me permitindo beber água, mas as mesmas mãos que me seguraram, estavam embaixo d'água, formando um "cumbuca", ajudando a água vir até a minha boca. Ele tinha um olhar de desejo, o meu correspondia ao dele de forma genuína. Levantei o olhar, involuntariamente olhando em seus olhos, senti o mais complexo desejo de estar com alguém. Como é possível tanto desejo? — David? Você está aí? — a voz era feminina, de certo sua namorada. Sem interveios, ele me olhou uma última vez, abriu a porta e saiu. Ao andar pelo corredor do banheiro, notei que ele estava acompanhado e a outra mulher, de fato, deveria ser amiga do casal. — Três doses de Whisky, por favor! — pedi sentindo meu corpo quente, a cada segundo eu sentia mais calor e aquilo já estava ficando insuportável. Não estava ali para ver um homem que tomou minha atenção, sendo acariciado por sua namorada ou noiva, sabe-se lá o que sejam, mas eu não estava ali para isso. Então, peguei minha bolsa em cima do balcão, paguei a conta e sair, na esperança de encontrar um homem que seja bom de f**a, ao menos saciarei minha sede de gozar por hoje. E ali, parado em frente ao carro, havia um cara que queria a mesma coisa que eu, apenas gozar e nada mais que isso. — Então, tá a fim de se divertir um pouco? — era notória sua timidez, mas eu estava me fodendo para isso. — Então…? — Sim! Eu-eu tô afim. — segurei seu braço e o puxei para trás do local onde estávamos, minha casa estava longe e era nada mais que mais um sexo casual, assim, ninguém teria a chance de se apaixonar e estava tudo bem. — Tire a calça, vamos! — disse o escorando em uma árvore que ficava longe da multidão, mas logo a escuridão foi desfeita com os faróis de um carro que insistiu em ficar bem de frente para nós. E ele estava ali, o cara da festa estava com sua namorada no banco da frente, semi nua e sentando bem em cima dele. — Vamos, me fode logo, mas não goze antes que me faça gozar. Do que importa seu nome ou onde ele mora? Por que as pessoas não transam apenas pelo prazer e pronto? O que esse tal de amor pode afetar em sua vida vida pessoal ou emocional. Não consigo entender, tantos anos, dias ou mesmo meses e de repente tudo acaba. Antes que ele abaixasse sua calça por completo, tirei da bolsa um preservativo e coloquei no seu p*u. — Não queremos prejuízos! — ele assentiu e então eu me virei de costas para ele, levantei a saia, puxei a calcinha para o lado e senti suas mãos me tocarem, mas eu odiava o toque. — Sem as mãos. Não me toque! Encaixei seu p*u no meio das minhas pernas e senti o t***o tomar conta de mim, e ali, nem na minha frente estava a namorada do "David" sentando nele, mas, apenas nossos olhares estavam se cruzando. Por que ele estava fazendo isso? Me sentia viva. Sentia a liberdade correr em minhas veias e eu adorava isso. Na última investida senti meu corpo fraquejar, aquela sensação absurda de estar em outra dimensão me tomar e sem perceber, segurei sua mão forte, o vendo fazer o mesmo com sua namorada. Com os dedos entrelaçados aos dela, ele me olhava e eu só imaginava uma coisa: aquele cara iria f***r comigo nem que fosse ao menos uma vez. Mas ele era comprometido. Que droga! Tentei não pensar nisso enquanto sentia o cara tirar seu p*u do meio das minhas pernas, eu queria mais. Queria sentir mais, queria gozar mais vezes e assim até o amanhecer. — Veste a roupa e sai daqui. — disse ao cara enquanto ajeitava minha calcinha e abaixava minha saia. Vi a loira sair de cima do David, enquanto seu olhar ainda permaneciam cruzados com os meus. Minha cama me esperava e meu emprego também, precisava de algum motivo para continuar vivendo e minhas contas eram o motivo. [...] E lá estava eu, me arrumando mais um dia para trabalhar, ver as mesmas pessoas, dizer sempre quase as mesmas palavras e ter que repetir várias vezes porque não entenderam o significado. É horrível, porém, me pagam para fazer exatamente isso. — Bom dia, gostaria que olhasse para mim este número. Poderia ver se corresponde a este? — um senhor de meia idade, que todos os dias vinha pedir algum favor, embora ele fosse gentil, estava me deixando entediada em ter quer ver, ouvir sua voz e prestar algum favor a ele. O cara era folgado demais. — Sim, o número corresponde ao mesmo que está em suas anotações, mais alguma coisa? — Não, muito obrigada querida, está muito bonita hoje. — era a primeira vez que ele dizia algo do tipo, fiquei feliz por ouvir tal coisa. — Obrigada. — sorri gentilmente enquanto a próxima pessoal era uma mulher com cara de nojenta, relatando que sua conta bancária havia sido bloqueada. Mas contas não bloqueiam sem motivos! — A senhora pode esperar sentada ali alguns minutos, enquanto eu irei verificar isso para a senhora, tudo bem? Eu só queria estar sentando em um p*u agora. Queria poder acordar sendo criança novamente, deitada em minha cama com minha mãe me acordando com beijos no rosto para ir à escola.
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