Episódio 12

1068 Words
Mia Narrando, Sábado havia chegado com bastante chuva e eu nem queria sair da cama, uma raridade esse lugar fazer frio, e estava um tempo muito gostoso e por ser meu aniversário eu nem quis saber de levantar, não tinha nada pra fazer mesmo já que ontem pelo tédio eu faxinei a casa e mudei tudo de lugar o que gerou um pequeno surto do indivíduo, eu realmente pensei que eu fosse lembrar mas o ingrato nem me deu os parabéns saiu dizendo apenas que não vinha almoçar, eu também nem estava esperando. MENTIRA eu queria um bolo, custava nada também. Fui fazer algo para comer já era quase três da tarde, voltei pro quarto com o maior bico, ele me prende e nem vai me fazer um agrado, não é possível que não vou ganhar nem um brigadeiro. É MEU ANIVERSÁRIO POXA - Gritei me jogando na cama fazendo meu drama pois eu merecia um bolinho com brigadeiro. Dormi que nem vi, acordei quase dez da noite fui ao banheiro e desci pois estava com fome, mas parei na porta da cozinha ao ver o que tinha na mesa, BOLO, COXINHA E BRIGADEIRO , E AINDA GANHEI TORTA E COCA. — Feliz aniversário rainha do drama. Eu achei que não ia lembrar, obrigada. - Por impulso eu abracei ele que se assustou mas correspondeu rápido o abraço, e o encaixe foi tão natural, que eu me senti bem mas não poderia ultrapassar a linha, então sai daquele abraço e fui me servi ele também, eu comi de tudo um pouco na maior satisfação. — Você queria mesmo um bolo né. Muito, eu comecei a comprar bolo de aniversário a uns três anos, mas sempre como sozinha então poder comemorar é muito importante para mim.. — Porque eu tenho a sensação que você tem algum trauma do passado. Tenho muitos, não é fácil passar por tudo que eu passei, mas eu não me permito mais ficar no chão, as vezes é preciso morrer em vida para descobrir a força que tem para recomeçar. — Quer me contar o que aconteceu? É só mais uma história chata de família. — Não acho sua história chata, faz parte da sua vida. - Eu respirei fundo, pois eu sabia que havia cicatrizes que não foram cicatrizadas ainda. Minha mãe sempre me tratou com desprezo, eu só servia para fazer as obrigações da casa e pagar as contas, minha irmã era a princesa da casa e não podia lavar um copo, meu pai bom esse nunca deu a mínima para nada que eu fizesse, eu nunca entendi o porque de ser tão maltratada, cheguei a pensar que não fosse filha deles e que por isso era tratada assim, mas não eu realmente era filha e por ser a mais nova eu tive que me virar logo cedo, desde a aprender as fazer as coisas sozinha e até mesmo a minha comida, não podia chorar e nem opinar em nada, precisei amadurecer e crescer cedo de mais, minha irmã hoje ja tem seus 25 anos e aos 20 ela se apaixonou e levou o rapaz para morar dentro de casa, nenhum dos dois trabalhavam e não contribuía com nada em casa nem com as tarefas, eu comecei a trabalhar e sempre tinha meu salario confiscado, se eu reclamasse ainda apanhava, o namorado da minha irmã começou agir estranho, e chegou um dia que tentou me tocar, e quando contei fui taxada de mentirosa e acusada de tentar destruir a relação da minha irmã, quando eles saíram no dia seguinte eu me mudei para a quitinete que estava olhando a alguns dias, o caos se formou em casa, ninguém tinha dinheiro para fazer nada, e por diversas vezes fui ameaçada, era perseguida no serviço, então eu me demite queria paz mas foi difícil muitas outras coisas aconteceram, mas graças a Deus nenhuma delas foi concretizada. Minha mãe até hoje me manda mensagem me ameaçando, o marido da minha irmã também sempre dizendo coisas absurdas que ele diz querer fazer comigo, eu mudei de número mas ainda tenho o chip antigo assim eu fico sabendo de algo. Quem pergunta eu digo que meus pais faleceram é melhor para a minha sanidade. — Eles moram aqui perto? Não muito, mas podem me encontrar novamente, depende do destino. — Eu não vou matar você. Porquê ? — Não sei. Hum, como prêmio eu merecia um dia no salão para concertar a merda que você fez no meu cabelo, e eu precisava ir no meu apartamento, quero minhas roupas não posso ficar usando suas cuecas. — Gosto de como ela fica bem em você. Não fala essas coisas, não me confunde assim. — Porque estaria confusa? Eu não sei o que estou sentindo, nunca estive nessa situação e nem falo por você ter ido atrás de mim, mas sim pela situação nunca dormi com ninguém antes, seus momentos de carinho sendo fofo e prestativo, quando me abraça de madrugada isso me confunde. — Nunca namorou antes? - n**o com a cabeça sem o olhar, mas consigo sentir seu olhar em mim. — PQP mina, tem noção do que ta me falando, aonde você estava esse tempo todo. Eu também gostaria de saber, acho que estava perdida por ai. — Eu quero muito fazer uma coisa, desde quando você veio morar aqui eu tenho essa vontade. O que é? — Quero beijar você. Posso não ser boa nisso. — Posso te ajudar a descobrir. - Ele me olhou e veio se aproximando devagar me puxando pra si e me colando seus lábios nos meus em um beijo singelo, ele me olhou nos olhos e me beijou novamente, eu não sei se fiz certo mas eu sentia um embrulho no estomago a barriga estava toda gelada, o meu primeiro beijo e eu gostei muito. — Depois de tudo isso que descobri sobre você, eu não sei se vou te deixar partir. Eu posso querer ficar. — O meu mundo não é bom, e você é pura de mais para se misturar. Só eu posso decidir isso, mas claro eu só vou ficar se quiser que eu fique. — Acredite é o que eu mais quero, mesmo sem entende o porque, mas eu quero que fique e que permaneça ao meu lado. Vou poder ir no salão. — Vou confiar em você, pode sair. Sendo assim, vou permanecer ao seu lado.
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