Capítulo 3

1427 Words
—Amiga, você estava realmente longe. —Diz Beatriz. —Estamos a quase dez minutos te chamando. —Deixa de ser mentirosa! —Digo e abraço-a em seguida, depois seguimos para mesa. —Foi difícil achar vocês. —Digo assim que me aproximo delas. —Estamos vendo a razão de você está assim. —Karla faz um sinal discreto com a cabeça, e o calor que sinto em minha costa, posso apostar que ele está olhando para mim. —Não sei o que está querendo dizer. —Digo me sentando em uma cadeira próxima a Daniele que está ao lado do seu namorado, que está conversando com os outros três homens na mesa. — Não me venha com essa, desde quando está saindo com o Smith? —Brenda exigi saber. —E não pense que não vimos a mão dele espalmada em suas costas, e o olhar que ele laçava a cada um que olhava para você. —Então desde quando vocês estão saindo? —Perguntou Daniele. —Já disse que não estou saindo com ele. —Peguei uma taça com o que achei que fosse água, mas na verdade era vinho branco, me engasguei quando bebi. E vendo que eu não ia falar nada do que elas queriam saber, trocamos de assunto, e demos muitas risadas ao relembrarmos do que passamos a alguns anos atrás, e fofocamos sobre coisa atuais. Por fim, assim que os noivos chegaram à pista de dança foi aberta por eles, e minhas amigas saíram com seus pares para dançarem, fiquei em meu canto, observando os casais dançando. Aproveitei para beber um pouco mais de vinho, não que me embriagasse, mas era o melhor a se fazer nesse momento. —Posso? —Meus olhos encararam a pessoa parada a uma cadeira de distância da minha. —Não vejo o porquê não. —Então o que faz aqui parada? —E porque eu deveria estar dançando, quando não tenho vontade? —Ou! Calma aí abaixa as armas. —Não estou armada, apenas respondi sua pergunta. Ele sorrir e faço o mesmo. —Gosto do seu jeito. —O encaro bebericando um pouco mais do meu vinho. —Está muito cheio aqui. Por que não saímos daqui? —E para onde pretende me levar? —Indaguei e sorrir de cantando de boca. —O que pensa nessa sua mente maldosa? —Rebateu ele e eu sorrir. —Não....não sou maldosa, apenas sei de sua fama. —Retruco. —Você não esquece, não é mesmo? —Ele sorriu balançando a cabeça. — Estava pensando em te levar para o jardim. —Declarou. —Vamos então. —Me levantei levando comigo minha taça. Enquanto caminhamos pelo jardim, as pessoas nos olhavam de canto de olho. E ao chegar ao nosso destino parecia que não tinha mais ninguém ao nosso redor, falamos sobre um pouco de tudo, nossa vida empresarial, naquele momento parecia tudo perfeito ao mesmo que parecia tão errado estar ao lado de Vincenzo. —E você está bem diferente desde a última vez que a vi naquele evento. — Sua voz me fez o encarar. —Em que sentido? Pois sou a mesma que a de um ano atrás. —Não sei, você está mais dona de si. —Responde. — Sempre fui dona de mim, Vincenzo —Rebati. —O estranho é você, de repente me notar, e está com essa estranha conversa. —O que há de errado agora querer conhecer uma pessoa? —Não quis disser isso. E você entendeu muito bem o que eu estou tentando dizer. —Olha, sei que parece estranho eu estar me aproximando de você agora depois de tudo o que aconteceu na época da faculdade. —Paramos e sua mão segurou meu braço direito, olhei para ela, aquele contado físico fez uma onda de calor percorrer meu corpo, meus olhos voltaram o encarar. —Mas naquela época eu era totalmente diferente do que sou agora. —Em que sentido? Porque não acredito nem um pouco que o lobo tenha virado um cordeirinho. — Ele sorriu. —Gosto disso em você. —O que? O fato de não ser uma que se derrete por você? Ou que não estou falando coisas para te agradar? —Questiono. —Não! O fato de não sentir nada por mim. Mas gosto de como você não tem papás na língua, que tanto me agrada. —Devo encarar isso como um elogio? — Oras Vincenzo, é uma pena que você nunca tenha saído com uma mulher de verdade, que tem opiniões próprias. —Retiro meu braço de sua mão, e volto a caminhar, a noite se fazia presente, mostrando um céu limpo como pouco visto ultimamente em São Paulo. —Bom acho melhor voltar para minha mesa, com certeza minhas amigas devem estar me procurando. —Está bem, irei acompanhá-la. —Não......... realmente não é necessário. —Afirmo, não estava disposta a ter que responder um interrogatório. —Faço questão. —Retrucou. —Está bem. —Por aqui. —Ele mostrou o caminho, e mais uma vez sua mão veio ao encontro das minhas costas. Seguimos o caminho de volta ao grande salão de festa, vez ou outra alguém nos parava para um comprimento rápido, vez ou outra algumas pessoas nos paravam para conversar as quais o mesmo pedia para entrar em contato com ele depois, e assim seguimos em frente, ele me parou pouco antes de adentrarmos o local. —Você me daria a honra de dançar com você? —Seu pedido me pegou de surpresa, não estava na mesa pelo simples fato de que não querer dançar, mas porque não sei dançar bem, para não fazer ninguém sair com o pé machucado. —Vamos apenas uma única. —Está bem, mas não me responsabilizo pelo que acontecer. —Eu arco com todas as consequências. — Está bem então. Ele me guiou em meio as pessoas até a pista de dança, a música que tocava ao fundo era Perfect na voz do Ed Sheeran, uma das mãos dele desceu até minha cintura, enquanto a outra segurava a minha esquerda. Sua mão subiu e foi parar no meio de minha coluna, fazendo eu me aproximar mais dele, dançamos ao ritmo que ditava a música, praticamente dominamos a pista de dança, fazendo assim os demais casais dançar ao nosso redor. Não era como se fosse um acontecimento para os demais ali presente, pois momentos antes de me procurar, o tinha visto valsar com a mulher que estava sendo a madrinha assim como ele, no entanto para mim esse momento é perfeito, pois passei anos na faculdade com os olhos para o homem que não me dava bola e agora está aqui me guiando, na época apenas nas poucas aulas de álgebra que o dei, era o único momento que ele realmente me enxergava, mas quando acabava ele saia correndo, talvez não queria ser visto com a nerd da faculdade, ou apenas algumas das suas ficantes o esperava. Não importava qual fosse o motivo, naquela época que ele não me notara antes, agora ele estava aqui, em minha frente e me segurando tão próximo a si que nossas respirações se confundiam, seu perfume amadeirado estava entrando em minhas narinas, despertando em mim um desejo avassalador. Sabia que se eu permanecesse em seus braços iria acabar indo para cama com ele, não que fosse um desejo perder a virgindade com ele, eu já não sou mais virgem a muito tempo, era o puro desejo em experimentar como ele seria na cama, se ele poderia me satisfazer, e tocar em locais certos como ele está fazendo agora, mas haveria um preço a pagar se me permitisse ir para cama com ele. A música terminou, assim me afastei dele. —Acho que está na minha hora de ir, mas obrigada pela dança. —Digo e viro-me e saio da pista o deixando parado sabia que ele estava a me observar assim como os demais. A noite tinha acabado para mim, estava precisando ir para casa e dá um jeito no que estava sentindo, me despedi das minhas amigas, com a desculpa que teria que acordar cedo amanhã para ir trabalhar e que nos veríamos no fim de semana para o churrasco a beira da piscina. Por volta das onze horas da noite estacionei meu carro em frente à entrada da casa dos meus pais, sair do mesmo, adentrando a casa e fui direto para meu quarto, não liguei para as perguntas que minha irmã ao me ver veio correndo fazer com curiosidade a respeito do casamento.
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