Capítulo 2

1117 Words
Algum tempo depois a cerimônia já tinha acabado e a maioria das pessoas já havia saído e eu estava à espera do meu carro, e de ver se encontrava minhas amigas naquele mar de cerca de trezentos convidados. Quase quarenta minutos depois, o manobrista estava me entregando meu carro, agradeci e entrei, dei partida saindo da catedral rumo ao local onde seria a recepção. -Obrigado. -Digo assim que o manobrista do local da recepção pega minhas chaves. -Seja bem-vinda, e aproveite a festa. -Disse ele, adentrou em meu carro e saiu para estacioná-lo. Segui em frente subindo cinco degraus da pequena escada que tinha na entrada, caminhei através de um corredor enfeitado de rosa brancas que formaram vários arcos, o que dava um ar romântico, com certeza era a características do relacionamento dos noivos. Tinham pessoas espalhadas pelo grande jardim, tanto quanto a entrada do salão todos já estavam com suas respectivas taças em mãos, algumas estavam em pequenos grupos conversando, outros em par, alguns assim como eu estavam sozinhos, andando de um lado para outro cumprimentado alguns conhecidos. -Aceita uma bebida, senhorita? -Disse um dos vários garçons que estavam trabalhando na festa. -Não, mas obrigado. -Fui educada. Pensei em perguntar se ele vira minhas amigas, porém não iria adiantar em nada já que ele não saberia quem seriam. -Como desejar, com licença. – Ele se retirou-se e foi servi outras pessoas. Prossegui caminhando entre as pessoas, até que, por fim adentrei o grande salão de festa, que por incrível que pareça tinha bem menos pessoas que a área externa, como se nenhuma daquelas pessoas ali presente se importassem com a chegada dos noivos que poderia acontecer a qualquer momento. Passando meu olhar em torno do salão a procura de minhas amigas, no momento que estou preste a pegar meu celular eis que o imaginável aconteceu....Vincenzo Willians Smith, estava parado a minha frente com um sorriso de canto de boca e sua mão estendia, custei acreditar que era realmente ele ali em minha frente. -Acho que é educado cumprimentar alguém que está com a mão estendida para você. -Pisquei duas vezes para voltar a realidade. -Como vai Sr. Smith? - Indago, em seguida pousando minha mão direita sobre a sua. -Muito bem, melhor agora que estou de frente a uma das mais belas mulheres deste salão. -O encarei séria. Sabia que Vincenzo não era nenhum santo. Por mais que tivesse a cara de galã das novelas mexicanas, como Sebastián Rulli, não era nem um pouco confiável com relação as mulheres, pois sua fama procede seu nome, já que a fama que ele carrega desde à época da faculdade é de ser mulherengo. Eu poderia apostar que metade das mulheres aqui já tenham ido para cama com ele. Ele leva minha mão a boca, e o simples toque dos seus lábios em minha pele me faz sentir um arrepio no meio das minhas costas. -Não consigo acreditar nisso nem um pouco Vincenzo. -Afirmo e retiro minha mão da sua. -Bom, foi um prazer em reencontrá-lo, mas, se puder me dar licença preciso encontrar meu lugar e minha amigas. Você sabe quem são, não sabe? -Posso ajudá-la se desejar. -Declara. -Você.....me ajudar? - Olho pra ele erguendo uma sobrancelha -Sim, por quê? Não confia em mim? -Quer que eu seja sincera ou minta? -Retruquei. -Seja sincera. -Não confio nem um pouco, sua fama o precede Smith. -Nossa, assim você me mágoa...... -Levou a mão na altura do peito fingindo uma falsa mágoa. -Brincadeira, entendo como deve se sentir em relação a mim, já que, digamos que eu não soube apreciar sua amizade na época da faculdade. -Continuei o encarando. -Mas garanto que realmente posso ajudá-la a encontrar seu lugar e suas amigas. -Como? -Indaguei no minuto seguinte. -Sou o padrinho do noivo, e, como uma das tarefas que a Eloá deu para o noivo, que acabei pegando para mim, foi organizar quem se sentava ao lado de quem, em qual mesa, essas coisas você sabe...... -Deu de ombro. -Não sei, mas imagino como seja. -Isso significa que sou o único nesse salão, que tem a capacidade de ajudar você a encontrar as meninas. -Está bem, vamos então pois não quero ser a última a sentar à mesa. – Afirmo. -Vamos então. Ele me guia em meio as mesas que estavam muito bem postas, com seus grandes vasos de flores que estavam no meio delas, deixando as flores penderem para fora do vaso. Porém, nem mesmo toda aquela decoração luxuosa, me deixava excitada como os toque das mãos dele em minhas costas estão me deixando, notei o rosto de vários caras virarem ao me olharem, o que acho estranho, então resolvo olha para quem está me guiando. Aí estava a minha resposta: Vincenzo estava de cara fechada, marcando território, fazendo assim com que os demais nem tente se aproximar, no entanto as mulheres me olhavam com a cara fechada provavelmente querendo pular em cima de mim para me deixar em mil pedaços. - Acho que suas admiradoras estão meio decepcionadas. -Falo enquanto continuamos caminhando rumo ao que espero ser a mesa. -Elas terão que se conformar......-Ele se aproxima um pouco mais de mim, e seus lábios se aproximam do meu ouvido esquerdo. -Pelos menos por essa noite. Sinto um arrepio imediatamente entre minhas pernas subindo em direção a minhas costas, mas não me importo com isso, sigo andando e depois de atravessar o salão, já consigo ver minhas amigas, as mesmas que olham com olhares de curiosidade, e ali sei que irei ter que responder um grande relatório. Mas o que irei dizer? Que aconteceu por acaso? Foi o que aconteceu não foi? -Sinto muito em te decepcionar pois é aqui que iremos nos separar. - digo ao nos aproximar de nosso destino final. -A noite e apenas uma criança. -Diz pouco antes de chegarmos até onde estão minhas amigas. -Chegamos. -Sim, chegamos. -Constato o obvio. -Bom, obrigado pela ajuda. -Digo assim que parei a dois passos da minha mesa. -Foi um prazer ajudá-la senhorita. -Mais uma vez ele leva minha mão aos lábios e ali depositando um beijo, fazendo eu sentir as famosas borboletas no estômago. Ele se afasta seguindo em meio as pessoas do salão, fico por um momento ali sem saber o que faço, se vou atrás daquele homem, que desperta sensações em mim com um simples toque, porém, um a voz dentro de mim me faz lembrar que não seria prudente. Pois ceder eu serei apenas mais uma entre tantas que ele já levou para sua cama, a lista com certeza é longa. Porém, em meio aquele dilema sinto uma mão em meu ombro e volto minha atenção para o que estava acontecendo ao meu redor.
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