Ele vai aprender

1171 Words
Caroline Narrando Ver o Oliver ali na minha frente, com aqueles olhos que sempre me deixam louca. Eu sou completamente apaixonada por esse demônio em forma de homem. Ficamos nos encarando. Ele deu um passo para frente, e eu, um para trás. Sentei na cama, ele sentou ao meu lado e pegou minha mão, mas eu puxei. Ele me pediu perdão, mas não foi como das outras vezes. Dessa vez, eu senti verdade. A voz dele falhou e o brilho dos olhos era o mesmo de antes, o mesmo de quando a gente se amava, o mesmo de quando ele me enchia de mimos só para me ver sorrir. Fechei os olhos e deixei uma lágrima cair. Um lado gritava "perdoa teu homem, mulher!", mas o outro me fazia lembrar dos vacilos. Uma luta interna se formou dentro de mim. Fiquei dividida por um momento. Quando ele se ajoelhou, me desarmou por completo. Oliver nunca tinha se ajoelhado assim, só para fazer oral, e esse não era o caso. Ele se ajoelhou implorando meu perdão, e eu amo demais esse homem para deixar o orgulho falar mais alto. — Me deixa tentar de novo — ele pediu. — Você tem uma chance, Oliver. Mas só uma — falei, olhando dentro daqueles olhos que tanto amo. Ele me abraçou, o cheiro dele. Eu me perdi por uns segundos, sentindo o perfume do Oliver enquanto ele me envolvia nos braços. Ele me beijou e nessa hora, eu sabia o que viria a seguir. O toque dele, como sempre, começou daquele jeito que eu conheço bem demais. As mãos explorando minha cintura, subindo devagar, até que ele chegou perto do meu rosto, mordeu meu queixo e, sem esperar muito, já estava beijando e lambendo meu pescoço. Aquele arrepio familiar tomou conta de mim, e era impossível negar que o meu corpo estava respondendo. Cada toque, cada beijo, cada lambida me deixava mais excïtada. Mas eu sabia que não podia deixar as coisas irem longe demais. Quando percebi que a gente já estava perdendo o controle, respirei fundo, empurrei ele com firmeza e falei, sem rodeios: — Não vai rolar. Ele parou de repente, me olhou com uma expressão de confusão, quase irritação. Os olhos dele diziam tudo. "Como assim?", ele estava pensando. Mas claro que não ficou só no olhar. Ele logo soltou: — Como assim não vai rolar? A gente já estava no clima, Pô. Tentei manter a calma, segurei a vontade de simplesmente deixar tudo fluir, porque o desejo era forte, mas eu precisava me controlar. Eu tenho um plano. Olhei firme pra ele e disse: — Não vai rolar porque você está sob avaliação. Ele piscou algumas vezes, sem entender. O choque era visível no rosto dele. Aproveitei o momento e continuei: — Quando eu perceber que você realmente mudou, aí sim, eu libero pra você. Mas, por enquanto, é só isso. Oliver bufou, já impaciente. Ele não gosta de ser contrariado, ainda mais em momentos assim. Ele apontou para a erëção, como se isso fosse argumento suficiente para me fazer mudar de ideia: — E isso aqui? O que eu faço com isso? Olhei para ele e, por dentro, admito que quase cedi. Ver ele daquele jeito, excïtado, me fez sentir aquele calor subir, e a boca ficou seca. Ou melhor, cheia de vontade. Era difícil resistir ao Oliver, principalmente quando ele estava assim. Meu namorado tem um paü enorme e grosso, do tipo que faz qualquer mulher perder a cabeça. Sabe aquela sensação de que cada sentada é quase uma performance? Pois é. Sentar ali é quase um show particular, uma combinação de prazer e resistência. Mas eu sou mais forte que isso. Pelo menos era o que eu queria acreditar naquele momento. Engoli seco, dei um meio sorriso, e respondi: — Bate uma, enquanto pensa em mim — Falei e apertei meus seïos. Ele me olhou como se não acreditasse no que estava ouvindo. Mas, no fundo, ele sabia que eu não estava brincando. Tentei mudar o clima, me levantando com naturalidade e dizendo: — Vou tomar um banho. Oliver, claro, tentou vir junto: — Posso ir contigo, né? Só que dessa vez eu não deixei. Eu sabia que, se ele entrasse no banheiro comigo, a história ia ser outra. Eu ia acabar cedendo e toda a minha estratégia iria por água abaixo. Então fui firme de novo: — Não. Vai me esperar aqui. Ele fez uma cara de quem não estava nem um pouco satisfeito, mas não tinha muito o que fazer. Fui pro banheiro, mas claro que levei a roupa comigo. Não ia dar mole de me trocar na frente dele. Eu sabia que se isso acontecesse, ele ia me agarrar, e aí seria difícil resistir. No chuveiro, deixei a água cair sobre mim, tentando esfriar a cabeça. Por mais que a ideia fosse mantê-lo sob controle, quem precisava se controlar naquele momento era eu. Oliver sabia exatamente o que fazer pra mexer comigo. Mas eu estava determinada. Ele precisa mudar, precisa entender que não pode ser controlador e safädo do jeito que sempre foi. Vesti uma calça jeans bem apertada, do tipo que não ia facilitar as coisas pra ele. Quando saí do banheiro, ele estava me esperando no quarto, deitado na cama, com aquela expressão meio emburrada. Assim que me viu, não demorou a perguntar: — Você mudou a senha do seu celular? Eu sabia que ele ia mexer no meu telefone. Ele sempre foi ciumento, controlador. Mas dessa vez, eu estava preparada. Não vou deixar ele mexer no meu celular como sempre fez. Olhei pra ele, tentando parecer despreocupada, e respondi: — Mudei sim. Depois eu te falo qual é. Ele fez um bico. É engraçado ver um homem do tamanho dele, todo musculoso, com aquele rosto de quem estava sendo contrariado como uma criança. Mas eu estava decidida a não ceder. Ele vai aprender. Por bem ou por mäl, ele vai entender que as coisas vão ser diferentes agora. — Por que você fez isso? — ele perguntou, tentando disfarçar a irritação. — Porque eu quis. E se você quiser continuar comigo, vai ter que confiar. Eu não sou criança pra ficar dando satisfação toda hora, e nem você é meu dono pra achar que pode controlar tudo. Ele ficou em silêncio, me olhando. Eu sabia que ele estava processando tudo. Não é fácil pra ele, mas eu também não estou disposta a voltar atrás. Depois de um tempo, ele suspirou, levantou da cama e se aproximou de mim, me envolvendo nos braços de novo. — Tá bom, minha princesa. Eu vou tentar. Mas não é fácil pra mim. Eu sorri, aliviada por ele estar disposto a tentar. — Eu sei que não é. Mas você vai conseguir. E, quando isso acontecer, a gente vai ficar ainda melhor. Ele beijou minha testa, e eu me aninhei nos braços dele, estava morrendo de saudades disso, de ficar assim com ele, só espero que dessa vez ele cumpra a promessa, e mude de verdade.
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