Depois daquele dia as coisas mudaram, eu e Eduardo estávamos próximos, conversávamos sobre tudo.
Ele me disse que a visita de seus pais foi estressante, primeiro eles ficaram furiosos depois ficaram felizes por terem uma neta.
Agora quando ele vai trabalhar, estrela fica com a avó, hoje ela tem 5 meses e está a coisa mais fofa do mundo, eu sempre vou vê-la, me apeguei muito a ela, mas me preocupo ser que se um dia algo me afastar dela vou sofrer bastante, mas eu no momento n estou ligando para isso.
Hoje Eduardo me chamou para jantar, ele disse que será apenas eu e ele, estou bastante nervosa mas empolgada também.
Cheguei no restaurante e o avistei na mesa, fui até ele e me sentei. Acho que ele ficou me olhando por uns minutos de boca aberta.
- oi Eduardo como está?
- bem e vc?
- bem também
O jantar foi ótimo, rimos e nos divertimos, depois viemos andar no Central Park.
Lá é um lugar lindo, e calmo, enquanto andávamos trocávamos olhares, achamos um banco vago e nos sentamos.
Eu estava observando a lua, quando Eduardo levou sua mão ao meu rosto o virando para ele, eu me perdia naquele olhar dele, eu me sentia segura e calma naquele olhar.
Automaticamente nos aproximamos mais, ele tomou a iniciativa e colou nossos lábios, eu fui totalmente tomada por aquele beijo, ele era cheio de doçura, calma, desejo, mas mesmo assim n deixava de ser intenso, ele acariciava meu rosto e sorria durante o beijo e isso só me encantava mais.
Eu sabia que sentia algo por ele, mas n sabia se ele me aceitaria depois de descobrir oq fiz.
Eu n posso mudar o passado, eu n me orgulho do que fiz, mas era isso ou a morte.
Ao pensar nisso eu acabei o beijo, oq me doeu bastante por sinal.
- aconteceu algo Letícia, se vc n gostou pode falar.- ele parecia preocupado.
- n pense isso Eduardo, eu amei isso, vc n sabe o quanto que queria isso- ele sorriu.
- então pq parou?
- podemos ir pra casa.
- Claro
Voltamos até o carro e ele parecia nervoso, acho que chegou o momento de me abrir com ele, então seja oq Deus fizer.
- Eduardo, eu parei pq n sei se vc vai me querer depois do que eu ti dizer.- ele me encarava confuso e então parou o carro no acostamento- como vc sabe eu n nasci em berço de ouro, eu fui baba para conseguir estudar, mas n fui apenas isso- ele me olhava calado e com um expressão curiosa. Fechei meus olhos e peguei o pouco de coragem que eu tinha e falei- eu era p********a- disse ainda de olhos fechados. O silêncio apareceu e eu sabia que ao contar aquilo joguei minha chance de felicidade fora, mas em um relacionamento n pode haver segredos. Eu estava me sentindo m*l, mas senti alguém me beijando é reconheci os lábios, eu logo cedi ao beijo.
- abra os olhos- disse ele ao terminar o beijo eu neguei- pq n ?
--Quando eu abrir, verei em seu rosto o desgosto e a rejeição, n suportaria ver vc também me olhando assim.
- Por favor, abra os olhos- ele disse. Eu suspirei e abri meus olhos, mas nós seus eu n vi oq esprerava que era decepção e nojo, muito pelo contrário eu vi amor e desejo- eu n sinto desgosto, vc fez o necessário para sobreviver, vc lutou para ser quem vc é hoje, para se formar, oq vc fez n é bonito, mas de um jeito ou de outro é um trabalho honesto, e eu te admiro por isso.
- obrigado por entender, mas isso tem que ficar só entre nós.- ele levou a mão ao meu rosto e acariciou.
- como vc quiser.
Depois disse ele me deixou em casa, rolou uns amassos, mas nada demais.
Acordei no outro dia, me arrumei e segui para a empresa, cheguei lá e já vi o carro do Eduardo, eu fiquei intrigada já que quase nunca ele chega primeiro que eu.
Cheguei na minha mesa e comecei a organizar as minhas coisas. Terminei e segui em direção a sala de Eduardo para passar a agenda diária.
Bati na porta e ouvi um entre murmurado.
- olá bom dia, Eduardo.- tirei meus olhos do tablet e arregalei eles ao ver o estado da sala do Eduardo, tinhas fraudas pra um lado, brinquedos pro outro estava um completo desastre.
- oi Letícia- ele se virou pra mim com Estrela em seus braços.
- pq ela está aqui- perguntei me dirigindo a menina que me olhava atentamente.
- meus pais tiveram um problema e saíram.
- entendo, me aproximei e Estrela começou a resmungar.- posso?- ele assentiu.- oi minha linda... tá dando trabalho pro papai.... olha a sala dele, acha isso legal?- perguntei falando com ela enquanto ela ria escandalosamente.
- hoje ela tá terrível. Enquanto vc está com ela, vou dar um jeito nessa sala.
- ok.
Me sentei no sofá e brinquei com ela, Eduardo organizou a sala. Estrela acabou dormindo e eu a coloquei no carrinho.
Estava pra sair da sala quando senti Eduardo se aproximar, me virei e sem falar mais nada ele colou nossos lábios, ele pediu permissão com a língua eu cedi, elas dançavam em total sincronia, paramos por falta de ar e nos olhamos ofegantes, ele sorriu e eu n aguentei e devolvi o sorriso.
- pq fez isso? - perguntei ofegante.
- pq beijar vc se tornou um vício, e sou depende dessa boca- disse ele passando os dedos em minha boca. - que tal depois do trabalho vc ir ao meu apartamento, pedimos pizza e conversamos ou sei lá.
- ok, pode ser. - me aproximei mais dele, mas quando ele foi iniciar um beijo eu virei o rosto, e ele encostou em minha bochecha.
- isso é maldade, ou pior isso é tortura.- disse ele me olhando com raiva. Me aproximei denovo e sussurrei em seu ouvido.
- deixa pra mais tarde- eu sorri e sem deixá-lo responder sai da sala.
Ao sair da sala me sentei e continuei meu trabalho como se nada tivesse acontecido.
Estava intertida em um documento até que um senhor, de olhos castanhos e cabelos grisalhos se aproximou.
- minha bela jovem, será que poderia me dizer onde é a sala de Eduardo Cortez.
- Claro, me siga por favor- me levantei e fui em direção a sala da presidencia,
Ao olhar para aqueles olhos eu senti algo, uma sensação de que conhecia esse homem, ele também me olhava como se sentisse a mesma coisa.
-É aqui senhor.
- muito obrigado.
- não há de que.- sorri e sai, eu senti seu olhar em minhas costas mas ignorei
Depois disso o dia foi comum, eu estava ansiosa para ir ao apartamento de Eduardo.