O que eu fiz da minha vida? Esse homem é louco! Ele não tem limites. Já falei de todas as formas que não quero ter nada com ele, mas ele insistiu e ameaça as pessoas que eu amo deixando-me sem saída.
Entrei em casa com raiva pela situação que estou vivendo. Meu peito estava apertado pelo que aconteceu ao Marcelo e tudo o que queria é saber se ele estava bem. Imediatamente peguei meu telefone e disquei o número da Leandra.
— Amiga! Cadê o Marcelo? — Pergunto.
— Geovana, você ficou louca? Olha a merda que você fez! — Diz nervosa.
— Amiga, eu... — Ela me corta.
— Você é uma inconsequente, não percebe que esse homem está louco por você! Você desafia ele e nada te acontece pelo visto, mas acontece com as pessoas que estão seu redor. — Fala brava.
— Desculpa! Amiga, eu não tinha a intensão. Mas, eu não quero me envolver com ele. — Digo chorando.
— Está enfrentando um dos bandidos mais perigosos do Brasil e está agindo como se ele fosse uma pessoa comum. Se continuar assim, uma tragédia vai acontecer e você será a culpada. Eu sinto muito, mas prefiro me afastar. — Diz desligando o telefone.
Sento-me no sofá e as lágrimas molham meu rosto. Não é possível que eu vou perder os meus amigos, as pessoas que convivem comigo! Ele não tem esse direito. Gabriel não pode fazer isso com a minha vida.
Enxugo as minhas lágrimas e sigo para o andar de cima. Respiro fundo e tomo um banho gelado. Vou para o meu quarto e me deito. Com o tempo pego no sono.
Desperto com a claridade e o meu telefone tocando. Pego-o e atendo.
— Alô!
— Geo, eu estou ligando para te pedi desculpa. Você não tem culpa daquele louco está doente por você. — Diz.
— Leandra, eu não sei o que fazer, mas não vou me entregar a ele. — Digo sem graça.
— Geo, o Marcelo está bem. Ele foi para casa e disse que não quer contato contigo, pois seu namorado é louco.
— Aquele ogro não é o meu namorado. Não sei o que ele ganha infernizando a minha vida. — Falo desanimada.
— Amiga, eu não sei, mas acho que vocês podem viver uma história de amor louca. Você grita com ele e nada te acontece. Eu já vir pessoa perderem a língua por muito menos. — Afirma.
— O Gabriel é louco, eu vou deixar claro hoje que não temos nada um com o outro. Vou dizer isso para ele. Quero que ele entenda de uma vez. Vou falar tudo o que tenho para dizer e mandar ele me deixar em paz. Vou fazer isso hoje. — Digo.
— Se cuida minha amiga. — Diz e eu desligo.
Vou ao banheiro tomo um banho gelado e em seguida visto um shortinho jeans e uma camiseta. Passo a escola no cabelo e deixo-o solo. Respiro fundo e saiu de casa indo para a boca. Assim que chego encontro o Fumaça e questiono.
— Fumaça, seu chefe está ai?
— Na sala dele. — Informa e eu sigo para lá. Abro a porta e o cheiro de maconha vem forte as minhas narinas. Começo a torci e ele se vira de vez.
— Pode apagar essa merda? Está me sufocando. — Digo e ele continua fumando.
— Solta a fita. — Diz friamente.
— Apaga essa merda! — Falo brava e ele me olha sério. Apaga a maconha e diz irônico.
—Satisfeita, princesa?
— Obrigada! Não sei para quer ficar usando essas merdas. — Digo e ele ignora.
— Veio para implicar ou tem algo importante para dizer? — Indaga.
— Tenho algo muito importante. Eu quero que pare de fazer isso! Gabriel, nos dois não estamos juntos e você não tem o direito de virar a minha vida de cabeça para baixo. — Falo e ele me olha.
— Colabore! Tudo está difícil, pois você não está colaborando. — Ele informa.
— Gabriel, não pode me obrigar a ficar com você. Entenda que eu não quero! Esqueça que eu existo, você pode ter a mulher que quiser, não precisa ficar prendendo uma a você. Me deixe em paz de uma vez, não se meta na minha, nem nos meus caminhos e espero que isso fique claro. Eu prefiro morrer ao ficar nas suas mãos. Pega essa droga de revolve e dar um tiro na minha cabeça. — Digo e ele fica calado. — Me deixe em paz, Gabriel! — Informo e viro-me para sair dali.
Eu não posso me envolver com um bandido. A minha vida seria uma loucura e esse homem não me ama. Tudo o que ele quer é brincar com meus sentimentos e eu não vou permitir isso acontecer.
Sigo caminhando quando sinto fortes mãos puxando meus cabelos, eu tento me soltar mais não consigo.
— Aí está você sua vagabunda. — A voz do meu pai me surpreende.
— Para com isso meu pai. — Digo nervosa.
— Você vai usar sua b****a novamente para me salvar. — Fala no meu ouvido.
— Eu nunca mais vou fazer isso. — Digo nervosa e ele me empurra no chão. Meu pai começa a me esmurrar e eu me protejo com as mãos.
— Você vai se entregar, você vagabunda! Eles querem me matar filha da p**a. Deixe de procurar histórias sua c****a. Mostre que você serve para alguma coisa. — Rosna me esmurrando.
— Me solta, você não tem esse direito. — Digo nervosa e ele continua me batendo. Todos assistiam o espetáculo, mas ninguém se movia para me ajudar.
O som do tiro, as pessoas correndo. Tudo foi tão rápido. Em questão de segundos o Gabriel estava ali e apontava a arma para a cabeça do meu pai.
— Odeio patifaria no meu morro! Que p***a está acontecendo aqui? — Pergunta me olhando.
— Chefe, me perdoe! Sou um pai exemplando a família. — Diz e ele me dar a mão.
— Você está bem? — Pergunta.
— Sim, eu estou bem! — Digo em um fio de voz.
— O que ela fez de errado? — Pergunta.
— O namorado dela me contou a coisa feia que ela fez e eu decidi reclamar, não aceito filha vagabunda e não quero ela na minha casa. — Diz e eu começo a chorar descontrolada.
— Namora? Eu... — Gabriel me corta.
— Você tem namorado, Geovana? — Pergunta bravo.
— Não, eu... — Sou cortada novamente.
Fala a verdade para o chefe! — Ele rosna.
— O senhor é um mentiroso. EU salvei a sua pele uma vez, não vou me deitar com mais ninguém para livrar sua barra. — Digo nervosa e as coisas começam a girar, meus olhos se fecham involuntariamente e sinto fortes mãos me segurando.