Desde que a minha mãe morreu a minha vida não tem sido fácil. A dor da perda ainda está presente no meu coração e cada dia que se passa eu sofro ainda mais, pois o meu pai se afunda nas drogas de todas as formas e não melhora.
— Pai, o senhor precisa parar com isso. — Digo chorando.
— Me deixe em paz sua vagabunda. Eu faço o que eu quiser! — Rosna me empurrando.
— Pare de tentar se matar. Eu vou ficar sozinha? A minha mãezinha está morta e você está tentando se matar. — Afirmo.
— Me deixe sua cachorra, eu faço o que eu quiser! — Puxa meus cabelos e as lágrimas molham o meu rosto.
— Paizinho, o senhor precisa parar com essas coisas. — Digo e ele me olha.
— Garota, você deveria se vender, olha como você é loira e bonita! Os homens desse morro iriam fazer de tudo para ficar com você. — Diz sorrindo.
— Para com isso! — Digo e ele sorrir.
— Você é virgem que eu sei, nunca se entregou a homem nenhum e poderia se entregar a um deves vagabundos para aliviar as coisas para o lado do seu pai. — Afirma.
— Eu nunca faria isso, para de falar essas coisas, pois o senhor é o meu pai. — Digo chorando e nesse momento a casa é arrombada e o subdono entra com tudo e diz.
— A conta chegou! — Ele sorrir e o meu pai me solta.
— Fu-fu-fu-fumaça. — Meu pai gagueja.
— Eu mesmo, achou que eu iria perdoar a p***a da sua dívida? — Ele diz irônico. — Está me tirando de o****o, Gentil? — Pergunta.
— Qual foi, Fumaça? Eu vou pagar. — Meu pai diz e eu fico paralisada observando a confusão.
— Estou cansado das porras das suas mentiras. Você não vai pagar e eu estou cansado de esperar. — Rosna.
— O que você vai fazer? — Questiona.
— Vou meter uma bala na sua cabeça. — Destrava a arma e eu tomo a frente.
— Não, por favor! Não faça isso. — Digo chorando e ele me olha de cima a baixo.
— Quem é você? — Pergunta.
— Sou a filha dele. — Digo e ele me olha.
— Eu nunca te vir antes. — Informa.
— Eu sou discreta e vivo quieta dentro de casa. — Digo e ele morde os lábios.
— Gentil, você tem essa bebezinha na sua casa e nunca falou anda. — Questiona irônico.
— Ela não serve para nada. — Meu pai afirma e o homem lhe dar uma coronhada na cabeça.
— Por favor! Não machuque o meu pai. Eu só tenho ele. Se você matar, eu vou ficar sem ninguém nesse mundo. — Me ajoelho chorando.
— Sou bandido, não tenho piedade, mas, estou pensando em uma coisa que pode dar certo. — Diz sorrindo ao encarar meu corpo.
— No que você está pensando? — Questiono.
— Seu pai está devendo 12 mil reais e eu sei uma forma de você pagar essa dívida. — Afirma.
— Senhor, esse valor é muito alto, não tenho como pagar. — Digo frustrada e mordo os lábios para conter meu nervosismo.
— Você tem sim, posso fazer a proposta? — Questiona.
— Pode falar, senhor! — Afirmo.
— O meu chefe está preso a 2 meses, ele está furioso e precisa de uma visita intima. Você faz a visita e eu libero o seu pai da dívida. — Propõe e eu me afasto nervosa.
— Ficou louco? Como tem coragem de me propor isso? Nunca seria capaz de fazer algo desse tipo. — Falo chorando.
— Tudo bem, loirinha. Infelizmente o seu pai vai morrer. Essa escolha foi sua. — Ele destrava a arma.
— GEOVANA! Sua vagabunda, eles vão matar o seu pai por causa da sua incompetência. — Ele diz.
— Então, você vai ou não? — Pergunta e meu coração estremece.
— Filha, eu vou morrer e você vai ficar sozinha nesse lugar. — Diz e meu coração acelera.
— Tudo bem, não mata o meu pai. Eu faço o que você quiser. — Afirmo e ele me olha com um sorriso vitorioso.
— Boa garota. Será só uma vez e seu pai ficará livre da vida. — Ele diz e se aproxima de mim. — Saia daqui, Gentil. Meu acerto será com a sua filha de hoje em diante. — Pedi e o meu pai sai dali rapidamente.
— O que você quer falar? — Pergunto.
— Você vai essa semana, o chefe precisa o mais rápido de uma visita. — Diz.
— Será só uma vez! Eu quero deixar isso claro. — Informo.
— Tudo bem, loirinha. Só uma vez. — Sorrir.
— Por favor, eu posso ficar sozinha? — Pergunto.
— A casa é sua princesa. Boa sorte, o chefe está com um humor do cão. — Ironiza e sai me deixando sozinha.
Jogo-me no chão desesperada. Estava nervosa e com medo do que poderia vir a me acontecer. Como eu iria me entregar a um homem? Eu nunca transei na minha vida e não faço ideia do que fazer.
— Meu Deus, me ajude! Eu não sei o que vai acontecer comigo. Como eu vou entrar em um presidio e me envolver com um traficante? Eu nunca fiz sexo com ninguém e sempre sonhei com a minha primeira vez, eu queria que fosse com alguém especial, não dentro de uma cela. — Levanto-me com dificuldade e sigo para o andar de cima.
Passam alguns minutos e a Leandra manda uma mensagem para mim.
Leandra: Estou aqui embaixo, por favor, abra a porta.
Desço as escadas e encontro com a minha amiga que entra na minha casa questionando.
— Amiga, eu vir o Fumaça entrando na sua casa. O que ele queria?
— Amiga, eu estou perdida, pois meu pai está devendo 12 mil a eles. — Digo nervosa.
— Meu Deus, seu pai é um imprestável. Deixa morrer amiga. — Ela diz.
— Como? Só tenho ele. O pior de tudo é que eu aceitei fazer uma loucura para salvar o meu pai. — Abaixo a cabeça.
— Do que você está falando? — Ela indaga.
— Vou fazer uma visita intima ao Capitão. — Falo e abaixo a cabeça morrendo de vergonha.
— Você ficou louca? — Diz assustada. — Mulher, a Capitão está preso.
— Eu sei, mas eu não tenho uma alternativa. — Informo.
— Tudo para salvar o seu pai? Deixem matar ele. — Ela diz,
— Será só uma vez. Ele nem vai lembrar de mim depois. — Digo enxugando as lágrimas.
— Geovana, você é virgem e linda. O cara vai ficar obcecado por você, olha o que eu estou te dizendo hoje. — Informa.
— Não fala essas coisas que eu fico ainda mais nervosa. — Digo me tremendo e ela me abraça apertado.