O toque daquele objeto fez com que meu cérebro despeja se um grande teor de adrenalina que corriam por todo meu corpo, fechei meus olhos com força e aos abri-los novamente, estava de frente para Zhìzhě um pouco mais novo sem barba e muito menos verrugoso.
—Esse é um perigoso plano de ação! —Ele fala sentado a uma mesa redonda, ao olhar para o lado podia ver Utham e outras 3 pessoas.
—Seu Boga! Está com medo que fiquemos mais poderosos que seus queridos heróis? Não esquece que eles te abandonaram nesse planeta cheio de radiação, Lóng yīng sem falar naquele povo selvagem! —Fala Utham.
—Não seja ríspido, meu velho amigo! Zhìzhě tem razão, precisamos garantir que dê certo, que não haja falha alguma, mas felizmente eu posso garantir isso a vocês! —A voz parecia sair da minha boca, foi quando entendi que se tratava de minha avó,que eu estava em suas lembranças. — Não foi fácil, mas valeu a pena ser misericordiosa!
—Do que está falando minha rainha? —Fala uma mulher com o olhar de cachorrinho abandonado como o de Tabata.
—Durante a batalha eu salvei a vida de um jovem Ausat e descobri que sua linhagem não é de guerreiros e sim de cientista, para nossa sorte o jovem Sir, não gosta de ciências, mas mesmo assim sua família está disposta a trair seu povo para o ter novamente.
A mulher de olhos tristes segura a mão de Utham e o olha com temor. As portas da nave em que eles estavam se abrem dois Ausat com duas pequenas entram na sala eles eram maiores que quase todos sentados à mesa, a rainha se levanta e vai em direção a família.
—Eles são o início para a vida que desejamos, para que possamos iniciar nossas famílias Tabata,não podemos iniciar nada sem uma vantagem, algo que eles não possam ter, precisamos de mais tempo. esse não é o seu desejo? —Naquele momento juro que meu cérebro estava prestes a explodir, poderia ser uma coincidência, a esposa de Utham também se chamar Tabata e ter o mesmo olhar que ela, eu só poderia desejar que fosse.
—Margo! A limites que não estou disposta a ultrapassar! — Disse aquela mulher se levantando ela estava com uma barriga de grávida, ao olhar em seus olhos vi o reflexo da rainha, seus olhos verdes e sardas cabelos castanhos, era ela… como poderia ser ela? Isso era impossível! Mas… eu…
Meus pés e mãos começaram a formigar e, as perguntas se ramificaram fazendo meu coração apertar e o ar se tornando pesado, tornando o ato automático de respirar impossível.
—Yuna, me tira daqui! —Imploro, em lágrimas, enquanto a cena continua, Tabata e Margo brigam, sobre o que quer que aquilo seja. —Por favor! Socorro!
Ela puxa a pedra com força e eu acabo por me bater na parede da caverna com as costas. Yuna me segura em seus braços e olha em meus olhos.
—Eu sinto muito, não havia outra forma de te explicar, querida! —Ela fala prestes a chorar.
—Eu não entendo! Como?
Yuna abre a boca para me responder então escuto uma batida de coração, era o meu… tento me segurar a Yuna, mas seja lá o que tivesse naquele chá estava passando e eu estava voltando a Surgit, com mais perguntas do que quando cheguei aqui.
Quando meus sentidos voltaram eu estava no carro de Anánke no banco de trás estávamos sobrevoando a cidade neutra, coloco a mão na cabeça por estar com uma dor imensa, quando escuto uma voz familiar.
—Finalmente você acordou! Achei que você iria me salvar e não o contrário! —Falou o loiro de sorriso fácil.
—Ravi! Como? Como vim parar aqui? —Perguntei ainda atordoada.
—É uma longa história, majestade! —Fala Maha se virando para mim, ela estava sentada no banco da frente, o banco obviamente bem mais para trás para que suas enormes pernas coubessem.
—Maha! Que bom ver você, acho que já falamos sobre isso de majestade.
Ravi faz uma manobra com o carro que me bato na porta.
—O que foi isso?Você comprou a carteira? —Perguntei apavorada.
—Olhe para trás antes de me julgar aspirante a rainha. —Ao me virar vejo duas naves, nos perseguindo eles tinham os triângulos vermelhos de Õpla.
—Porque eles estão nos seguindo? —Perguntei me abaixando quando uma das naves disparou contra nós.
—Querida prometo te explicar tudo, quando estivermos a salvo, mas agora precisamos abrir a cúpula para escaparnos! —Fala Ravi tentando desviar dos tiros —Ane nem para ter algum tipo de arma nesse carro.
—Eu já sei como! —Grita Maha. —Meraki posso conectar os sensores da cidade neutra ao meu Tablet você só precisa mandar ele abrir antes que sejamos esmagados!
—Rápido com isso então querida! —Grita Ravi.
—Ok, essa é nossa única chance de não sermos pegos? —Perguntei a Maha.
—Sim, Ma… Meraki, a muitos anos você ativou os sensores para que pudesse andar de Lóng yīng, sem precisar de muita burocracia para sair da cúpula. — Responde Maha.
—Mas e se o poderoso velhote desligou o sensor? —Pergunta Ravi, na adrenalina de desviar dos disparos.
—Só tem um jeito de saber, vamos lá! —Respondo.
Todos nos olhamos e concordamos de forma silenciosa.
—Eu vou tentar desviar o máximo que posso, logo logo eles vão começar a atirar, Maha vai estar ocupada com a tecnologia então é com você. —Fala Ravi arrumando a postura.
—E o que eu faço?
—Não sei, use seus poderes!—Ravi fala em tom histérico.
—Ela não sabe como. — Responde Maha quase sem abrir a boca concentrada em suas tarefas.
—Ok, sem problemas, é só usar… isso tá dentro de você como de mim! Vamos conseguir… só fecha os olhos e pensa em Lóng yīng.
—Certo temos que tentar, prontos ou não, aí vou eu! —Respondo abrindo o vidro de uma das janelas coloco minha cabeça para fora o que faz dela um alvo imediato me fazendo recuar.
—Tente invocá-los aqui dentro quando se sentir carregada manda brasa.
—Tá… —Fecho os olhos, era difícil me concentrar com todo aquele remelexo.
Pad eu preciso de você… por favor me ajuda!
Sinto meu corpo se esquentar e as tatuagens em forma de Lóng yīng se encandesem.
—Isso! —Grita Ravi de felicidade.
—Não acredito que deu certo! –Fala Maha, fazendo com ambos a olhassem e em seguida rissem.
Vou novamente para a janela me sentindo a menina super poderosa.
—Hora de mostrar o que você faz Meraki!
Eu consegui sentir meu sangue ferver, estiquei a mão e juro que fiz o Narutinho chorar com o que saiu dela, disparei contra as armas das naves aquelas bolinhas azuis que era como fogo azul.
—Consegui! —Gritou Maha. —As palavras mágicas majestade.
—Abrir…
—Fácil, fácil.
—Como tirar doce de criança! —Falei entrando novamente.
—Porque tiraria doce de criança? —Pergunta Maha um pouco assustada.
—É só um jeito de dizer que foi fácil, eu nunca tirei doce crianças.
—Garotas acabou o lero-lero. — Responde Ravi com seu linguajar humano saído da década de 90.
— Rápido fecha a cúpula Meraki— Fala Maha, assim que passamos pela borda da cúpula.
—Fechar. —Ao olhar para trás percebo que uma das naves é cortada ao meio e que os pilotos estavam prestes a cair, eles morreriam por minha causa, foi instintivo e inexplicável o que sei é que de alguma maneira eu estava puxando os dois pilotos para nossa nave.
— Não! f**o humana má! — O loiro piloto estava com um dos olhos piscando ao perceber o que eu estava fazendo.
—Como? Majestade está ajudando o inimigo?
—Não vou deixar que alguém morra por minha causa— Os coloquei no telhado de uma residência.
—Tudo bem, um pouco de compaixão só matou muitas pessoas.—Responde ironicamente Ravi.
—E agora para onde vamos? —Perguntei ignorando seu comentário.
—Não podemos voltar ao castelo, ou seja, Surgit não é uma opção. — respondeu Maha.
—Eu sei um lugar que podemos ir que os õpleanos não fazem ideia de como chegar! — respondeu o Noth. —Mas temos que ir a pé.
Ao sairmos da cúpula após a pequena vila demos de cara com o deserto de areias vermelhas,sendo assim havia radiação para todos os lados.
—Eu e Meraki suportamos a radiação, mas você olhinhos bonitos, não suporta nem meia hora fora dessa nave. —Fala Ravi pousando no deserto.
—Não podemos deixar Maha para trás, deve haver algum jeito dela aguentar Ravi?
—A inteligente é ela, não eu! —Ele responde levantando as mãos, até que ele começa a rir e Maha a balançar a cabeça em negativa.
—Não! Não, não, não! —Ela fala furiosa.
—O que foi? Vocês sabem de alguma coisa? —Perguntei querendo entender o motivo dos risos.
—Existem roupas especiais que impedem a radiação, mas como estamos em falta delas no momento… —Maha fecha os olhos relutando para falar.
—Tem outra maneira, coco de blé! —Fala Ravi caindo na gargalhada e me fazendo rir também.
—Então vamos pegar esse coco! —Falei em meio ao riso.
—É único jeito… —Fala Maha revirando os olhos.
—Ravi, sabe onde podemos encontrar um blé?