Capítulo 3

1641 Words
ARTHUR Eu sou o Arthur, tenho 27 anos e trabalho no Hospital San Magno, sou médico e atualmente estou exercendo meu maior sonho, ser um médico reconhecido, sou um ótimo cirurgião. Moro em Seattle, ainda estou na casa dos meus pais, na verdade fiz da casa da piscina minha casa. Aqui também moram o José, que é nosso motorista há anos e a filha dele, a Vanda. Nós somos como uma grande família, meus pais sempre trataram nossos funcionários que trabalham aqui como família. Eu e a Vanda crescemos juntos, sempre a tratei como uma irmã, mas ela colocou na cabeça que me ama; ela até se declarou anos atrás, mas eu não correspondia do mesmo jeito. Hoje nós dividimos espaço no hospital, ela é médica lá no San Magno também, uma ótima médica por sinal. Depois que ela se declarou e eu rejeitei, ela não tocou mais no assunto, eu também decidi manter uma certa distância para não alimentar esperanças no absurdo que ela inventou, mas manter essa distância é praticamente impossível quando a Vanda vive criando confusão, ela é um perigo. A Vanda diz que eu estou pegando no pé dela sem necessidade, mas isso não é verdade, ela é quem procura. Eu até tento relevar algumas coisas, mas ela exagera demais, não tem nenhum juízo, até presa já foi e ainda acha que está certa. Eu confesso que no dia que busquei ela na delegacia eu fiquei muito irritado principalmente porque tive que usar todo meu autocontrole para não agarrar ela no banheiro, aquela baixinha encrenqueira é muito gostosa. Quando ela foi baleada por aquele maluco, eu fiquei com muito medo de perdê-la, ela realmente me assustou muito quando ficou sem batimentos cardíacos, eu nunca fiquei tão assustado como aquele dia. Eu sei que minha mãe gosta muito da Vanda e torce muito por esse relacionamento, mas não é o que quero; minha mãe comemorou muito quando eu e a Débora decidimos ser apenas bons amigos. Muitas coisas mudaram por aqui, a Alicia está fazendo muita falta na equipe, nós continuamos procurando por ela, a Vanda sente mais que todos, ela e a Alicia são muito unidas. Eu estou cada dia mais perto de conseguir o reconhecimento que tanto sonhei, agora sou o chefe da minha equipe, isso mesmo agora tenho minha equipe, a Vanda, o Brandon e a Débora fazem parte dela. O Doutor Jonas está super orgulhoso, segundo ele eu sou um um grande cirurgião; meu pai também está mais feliz que eu com o meu sucesso. Eu fico muito realizado quando vejo o orgulho estampado no rosto dos meus pais, isso é o melhor p*******o pelo meu esforço e dedicação. A Vanda parece que está querendo testar os meus limites ao máximo, agora ela diz está em uma amizade colorida com o Brandon, eu sei que o Brandon é um cara muito legal, mas isso não vai ser bom pra Vanda, principalmente porque ela não ama o Brandon e só está usando ele para me provocar. Essa história ainda vai render mais do que deveria e eu sei que vou passar muita raiva no processo. Uma outra novidade maravilhosa é que a Flávia, uma amiga de infância, está voltando para Seattle. A Flávia é médica também, ela é pediatra e irá trabalhar no San Magno em breve. A Flávia é filha de um grande amigo do meu pai, ela é também afilhada dos meus pais, minha mãe está muito feliz que ela está voltando, todos estamos. A Vanda está meio estranha ultimamente, muito irritada e com aquela cara fechada, com certeza não gostou que a Flávia está vindo pra cidade. Ela sempre teve muito ciúmes da Flávia. Falando em Flávia hoje ela veio passar o dia aqui em casa e adivinha, a Vanda quase derrubou ela da escada, quase não, ela derrubou a sorte é que eu estava perto e consegui impedir o pior. —Obrigada Arthur —a Flávia fala assim que a Vanda se afasta —eu me assustei mesmo, achei que fosse descer rolando escada abaixo. Ainda bem que tenho um herói. —sorri. —Que bom que está bem. —Foi por pouco, aquela mulher tem que tomar cuidado durante o trabalho. —Ela tem sim, mas ela não trabalha aqui. Aquela é a Vanda, a filha do José. Você não se lembra dela, mas você já conheceu ela quando era criança. — Ela franze a testa, parece está tentando lembrar, mas depois desiste. —Não adianta tentar, eu não consigo me lembrar mesmo. Eu explico sobre a Vanda e ela gostou de saber que ela também trabalha no Hospital San Magno. Falando em hospital, ontem eu tive que chamar a atenção da Vanda, ela está muito desatenta durante os atendimentos, ela não gostou nada. A Vanda tem 26 anos, mas age como uma adolescente, vive criando confusão, ontem foi só mais uma, isso me irrita. Eu fui com a Flávia até o quarto de hóspedes e se trocou colocando um biquíni vermelho. Hoje nós vamos passar o dia na piscina. A Vanda veio trazer o suco que a Maria fez, como sempre ela se distrai e quase cai com a bandeja. Ela não presta atenção no que está fazendo, qualquer coisa tira sua atenção e mesmo assim não aceita ser repreendida. —Cuidado, Vanda. Minha querida tome cuidado ou você pode se machucar —minha mãe fala como se estivesse lidando com uma criança. Se bem que se tratando da Vanda parece mesmo. —Desculpa. Eu sinto muito, senhora Eloise. —Tudo bem, minha querida. Deixa a bandeja aí e vai lá se trocar para passar o dia conosco. A Vanda rejeita, segundo ela irá se encontrar com um amigo, aposto que é com o Brandon. Esses dois agora não se desgrudam, pior é que eu acho que está acontecendo ou aconteceu alguma coisa entre o Brandon e a Débora. Eu namorei com a Débora há um tempo, mas depois decidimos nos separar, agora somos apenas bons amigos. A Vanda e o restante do pessoal não acreditam que há apenas amizade entre nós, mas realmente é só isso. —Pelo jeito a madrinha gosta muito daquela mulher —a Flávia comentou enquanto olhava minha mãe conversando com a Vanda. —Gosta sim. Minha mãe trata a Vanda como a filha que ela não teve. A Vanda também gosta muito da minha mãe. A Flávia sorri e voltamos a nadar. A Vanda tenta disfarçar mas eu vejo ela olhando pra nós pelo canto dos olhos. Sua cara demonstra total insatisfação, a Vanda n**a mas eu sei que ela ainda alimenta esperanças sobre nós. Ela não demorou muito, deixou a bandeja, trocou algumas palavras com minha mãe e depois saiu. Nosso dia foi muito divertido, nós conversamos bastante e a Flávia aproveitou para fazer perguntas sobre o hospital e a equipe médica que trabalha lá, ela está super empolgada, reclamou de ainda ter que esperar alguns meses para ocupar o cargo de chefe da pediatria. —A Flávia se tornou uma excelente médica. Eu fico muito orgulhoso quando vejo ela se destacando na profissão —meu pai comenta assim que ela sai —eu tenho muito orgulho de vocês. Seus olhos brilham quando ele fala. Meu pai é meu maior incentivador, não só porque ele é médico também, mas porque ele é um ótimo pai. Ele sempre tem uma palavra certa quando precisamos de conselhos, ele é um ser humano espetacular, é meu melhor amigo e eu posso sempre contar com ele. —Eu é que tenho muito orgulho de ser seu filho. —Você tem plantão hoje? —Sim, mais tarde. —E a Vanda como está indo? Aquela ali é outra que me enche de orgulho. Eu gosto muito de ver ela conquistando os sonhos, o José fica feliz e eu gosto de vê-lo bem, os dois. —Ela está indo bem sim. Ela é muito esforçada e está fazendo um bom trabalho —falo sinceramente. A Vanda cometeu um erro e eu chamei sua atenção, isso é verdade, mas isso não tira o mérito dela. Apesar de ser muito encrenqueira ela é muito inteligente e trabalha com muita dedicação e amor. O amor pela medicina é o que mais admiro nela, é o que me deixa preocupado também, porque aquela ali se arriscou mais de uma vez para salvar pacientes sem condições de ser salvo. Depois de dormir algumas horas eu tomo meu banho e me arrumo para ir para mais um dia de trabalho, antes de sair passo pela cozinha. —A Vanda já foi, Lisa? —Sim, o José acabou de sair para levá-la. —Tudo bem, obrigado. Depois de quarenta minutos eu chego ao estacionamento do hospital. Hoje aparentemente está calmo por aqui, a recepção está praticamente vazia em comparação com a maioria das vezes. Eu aceno para os pacientes que aguardam atendimento e entro no corredor. —Boa noite, Doutor Arthur —ouço os comprimentos dos enfermeiros pelo caminho. —Boa noite. Estamos tranquilos por aqui? —Sim, hoje o dia foi bem tranquilo em vista do restante da semana. —Que bom, então teremos uma noite tranquila por aqui. Eu espero que realmente seja uma noite tranquila, mas se tratando do San Magno podemos aguardar surpresas, o nosso primeiro dia de resistência é prova viva disso. Aparentemente hoje será mesmo um plantão tranquilo, já passa das duas da madrugada e permanece tudo calmo por aqui e isso é bom. Eu estou indo para a sala de descanso quando ouço a voz da Vanda ou melhor o grito dela, vindo do corredor. —Segura! —ela grita a plenos pulmões —cerca aí! —Mas que gritaria é essa?! —falei quando cheguei no corredor. Imagina minha surpresa e descrença quando vejo a Vanda correndo feito uma maluca pelo corredor atrás de… Coelhos ? Continua…
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