Dois Reis e Suas Distintas Jornadas

1440 Words
Enquanto Higor se deixava levar pelo brilho vermelho dos cabelos de Karen, permitindo-se ceder aos desejos que sentia pela jovem loba, Heron, o rei das trevas, era um homem que nunca havia conhecido o toque de uma mulher. Sua vida fora moldada com um único propósito: derrotar Higor e estabelecer as trevas como a força dominante no mundo sobrenatural. Para Heron, as mulheres eram meros objetos, ferramentas a serem usadas na conquista de seus objetivos, e ele nunca se permitira ser envolvido por sentimentos ou desejos carnais. “Senhor me deixe agradá-lo, servi-lo na cama como melhor lhe prover”, diz uma linda loba de olhos verdes e fartos s***s ao se aproximar de Heron, que lhe observa de cima a baixo e diz: “E como você poderia me servir mulher?”, pergunta Heron com sua voz fria e cortante, a mulher então se aproxima lentamente dele com uma mistura de desejo, medo e respeito Heron observa a escuridão dentro de si clamando por sangue. A mulher deixando cair seu robe se ajoelha completamente nua diante de Heron, que se curva para ela como se fosse beija-la, quando na verdade diz: “Então me sirva seu sangue”, e cravando as presas em seu pescoço ele a suga até que ela caia sem vida no chão. Diferente de Higor, cuja beleza era inegável, com seus cabelos pretos e olhos verdes como a floresta, Heron também possuía uma aparência extraordinária. Seus cabelos loiros e olhos pretos como a noite capturavam a atenção de quem quer que o visse, mas ele não se importava com o fascínio que poderia exercer sobre as mulheres ao seu redor. Seu foco estava em sua missão sombria. Higor se deixava levar pelas artimanhas de Karen, ignorando os alertas sutis de seus pais e de seu beta, Robert, sobre a obscuridade que percebiam na jovem loba. “Querido, há muito mais envolvido em uma relação de companheiros do somente a atração física, você precisa encontrar alguém que lhe complete que o que lhe falte, ja essa moça Karen parece ter muito em comum com você” diz Celeste mãe de Higor tentando trazer o filho a razão “Ele é um completo i*****l querida, não gaste suas energias, se ele não consegue ver sozinho que aquela mulher só está interessada no poder, deixe ele entregar tudo a ela, e vê-la esfaqueá-lo depois enquanto dorme” grita seu pai Higor apenas os ignorava enquanto cedia ao desejo por Karen e seus feitiços sombrios. Assim, o destino tecia suas teias, entrelaçando as histórias desses dois reis em um jogo perigoso e desconhecido. Higor se permitia ser seduzido pela frieza de Karen, Heron mantinha-se imune ao toque de uma mulher. Cada um carregava consigo suas próprias angústias e anseios, enfrentando dilemas e desafios que os levariam a um confronto épico, cujo resultado seria muito mais do que a mera conquista de um trono, mas sim uma luta entre a luz e a escuridão, entre o amor e a frieza, entre dois destinos entrelaçados em um mundo mágico repleto de mistérios. Enquanto isso, com dezessete anos, Selene era uma jovem que havia conhecido apenas as garras da crueldade em sua vida. Sob o domínio opressor de Bruce, ela nunca tivera a chance de trocar mais do que algumas palavras com outros homens além dele. O vil homem a mantinha sob vigilância constante, cercando-a com seu controle doentio. Bruce tornava-se cada vez mais obcecado por Selene. Horas a fio ele passava observando a jovem com olhos cobiçosos, desejando ardentemente o que ele nunca poderia ter. Seu desejo por Selene tomava proporções doentias, consumindo-o por dentro e obscurecendo qualquer resquício de sanidade que um dia pudesse ter existido. Os olhares perturbadores e apavorantes de Bruce assombravam Selene. Ela sentia o peso do olhar sombrio que a seguia em todos os lugares, como uma sombra ameaçadora. Era como se ele a devorasse com os olhos, controlando-a mesmo quando não estava por perto. O terror que aquelas íris escuras inspiravam era inescapável. Ainda assim, Selene mantinha a chama interior acesa. Sua conexão com a natureza e os seres da floresta era seu refúgio, um alívio temporário da opressão de Bruce. Ela buscava conforto nas árvores sussurrantes e nos animais que a protegiam. Eram esses seres que a lembravam de que ela não estava completamente sozinha, que havia uma força maior que a protegia. A competição se aproximava, e Selene se via diante de um futuro incerto. Enquanto Bruce alimentava seu desejo obscuro por ela, Higor se perdia nos jogos emocionais de Karen, e Heron seguia seu caminho solitário em busca da supremacia das trevas. Selene estava prestes a descobrir que não era uma simples peça no jogo entre os reis. Ela era muito mais do que uma jovem ferida pelo passado e oprimida pelo presente. Ela era o elo entre a luz e a escuridão, a chave para o equilíbrio em um mundo de magia e mistérios. “Selene, sua humana imprestável, onde você se meteu, se estiver jogando seus encantos em mais um macho i*****l, sua bruxa das trevas dessa vez juro que vou te matar!”, os gritos furiosos de Bruce tiram Selene de seus pensamentos e fazem com que ela se encolha mais dentro de um buraco em uma árvore oca, onde ela se esconde quando Bruce está assim. Bruce é sempre difícil de lidar porém quando ele está bêbado Selene sente mais medo pois ele parece mais tentado a ceder aos seus desejos obscuros, seus olhares se tornam mais lascivos, e ele a toca de uma forma que a deixa enojada, e nesse momento Bruce está novamente bebado, enquanto grita por ela pelo quintal. Enquanto os gritos furiosos de Bruce ecoavam pela floresta, Selene se encolhia ainda mais dentro do buraco da árvore oca, buscando desesperadamente se esconder do homem que a aterrorizava. Seus olhos se encheram de medo e desespero, sabendo que não poderia escapar de seu opressor, especialmente quando ele estava embriagado e mais perigoso do que nunca. Os sentidos aguçados de lobo de Bruce o ajudavam a procurar Selene. Ele farejava o ar com voracidade, seguindo o rastro do cheiro dela que impregnava o ambiente. Seus passos pesados e desajeitados o levavam mais e mais próximo da jovem, enquanto ela se agarrava ao último fio de esperança de que talvez pudesse escapar novamente. No entanto, o medo se aprofundou quando a voz de Bruce se tornou mais próxima, sua raiva beirando a loucura. Selene sabia que não podia escapar do destino que a aguardava nas mãos daquele homem violento e sádico. Ela fechou os olhos, tentando controlar o pânico que a dominava, mas suas mãos tremiam de forma incontrolável. De repente, Bruce encontrou a entrada do buraco da árvore e suas mãos gordas agarraram Selene com força, puxando-a para fora do esconderijo. O olhar vazio e impiedoso de Bruce a fez sentir como uma presa acuada e encurralada, incapaz de escapar das garras de seu agressor. Selene gritou por socorro em sua mente, mas suas palavras não alcançavam ninguém naquela floresta escura e amaldiçoada. A dor e a angústia eram insuportáveis, e ela se perguntava se algum dia encontraria uma luz no fim do túnel. No entanto, a resposta para sua prece silenciosa veio de uma fonte inesperada. Um urso imponente, que antes passava tranquilamente pela região, pareceu captar o chamado de Selene. Seus olhos, que antes transmitiam um ar selvagem, demonstravam agora uma surpreendente compreensão. O urso se aproximou silenciosamente de Bruce e Selene, emitindo um rugido que parecia dizer "pare". Sua presença intimidante fez com que Bruce recuasse por um momento, surpreendido com a intervenção do animal. Selene olhou para o urso com espanto, sem entender como aquela criatura poderia estar respondendo a seu apelo, pois embora sempre tivesse se comunicado com animais e seres da floresta, nunca antes eles atenderam um apelo ou ordem sua. O urso permaneceu ao lado de Selene, protegendo-a com sua imponência. Seu olhar parecia dizer que não permitiria que Bruce a machucasse novamente. Enquanto Bruce hesitava sob o olhar vigilante do urso, Selene aproveitou a oportunidade para se afastar, correndo o mais rápido que pôde na direção oposta. Ela sabia que a proteção do urso era temporária, mas, naquele momento, era a salvação que tanto precisava. Enquanto suas pernas a levavam por entre as árvores, Selene sentiu uma sensação estranha de gratidão ao urso. Talvez houvesse mais no mundo sobrenatural do que ela jamais imaginara, e talvez ela não estivesse tão sozinha quanto pensava. A conexão com a natureza e os seres que a habitavam poderia ser mais profunda do que qualquer um poderia supor.
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