NINA
Após a refeição feita com todos os ditos convidados dessa Casamento horrível, fui levada por minha tia de volta para o quarto em que eu estava antes de todo esse circo.
Entrei no quarto e tudo o que eu queria era tirar aquela roupa e poder pegar as minhas coisas e voltar para casa, mas não posso e ninguém aqui me ajudaria, todos tem medo desse homem horrível.
- Nina, minha querida! Você precisa fazer com que dê certo, não deve ser tão r**m assim. Os feios também amam e você é bonita o suficiente para que ele se apaixone por você. - Fala a minha tia e eu suspiro profundamente para não responder essa besteira que ela me diz.
- Tia, não faz isso comigo! Por favor, esse é o meu último grito de socorro. - Falo em mais uma tentativa de fugir de toda essa loucura que me foi imposta.
Sento-me na cama e choro, pois não há mais nada que eu possa fazer para mudar o meu destino, o que me resta é apenas aceitar esse casamento e ir para a casa do meu "querido esposo'' feio.
- Vamos Nina, troque de roupa! Os pais de Alex estão a esperar por você, para que possam ir. - Fala a minha tia e eu levanto-me mesmo sem nenhuma vontade e troco de roupa.
Visto um vestidinho mais leve e uma sapatilha de b***s finos branca, combinando com o vestido rodadinho que foi escolhido para esse momento.
Fui até a minha tia que me abraçou, mas que logo me solta e sorri alegremente, como se aquele fosse o dia mais feliz da sua vida, e era para ser o meu dia feliz, o meu momento e não esta sendo nada disso.
Logo sou recebida com abraços pela minha nova família, os pais de Alex são muito gentis comigo, ele mandam os seus homens pegar as minhas malas e me encaminham para o carro em que irão para casa.
Ainda não passa das seis da tarde e eu estou super cansada e com certeza de olhos inchados de chorar. O caminho todo minha sogra segura a minha mão e com ela eu sinto que posso contar.
- Chegamos querida! - Fala a mulher doce e meiga que ficou me acariciando as mãos até aqui.
Olho para ela ainda receosa mas logo seu sorriso me acalma e eu lhe estendo a mão e desço do carro a seguindo para do enorme prédio ao qual chegamos.
Alguns minutos após entrarmos, fomos de elevador e não demoramos a chegar, acredito que seja uma das coberturas do lugar já que só consegui visualizar duas portas no andar.
Ainda sorridente mostra-me algumas partes do apartamento e em seguida me leva até um quarto, assim que porta se abre visualizo um ambiente de paredes escuras, sóbrias muito bem mobiliado e com nada, mas nadinha mesmo fora do lugar.
- Este aqui, é o seu quarto, minha querida! Mandarei que lhe tragam as suas coisas para cá, ali ao canto é o banheiro caso queira tomar um banho e descansar! Qualquer coisa estarei no meu quarto logo ao final do corredor, fique a vontade. - Fala a senhora gentil que logo sai do quarto me deixando sozinha.
Eu ando de um lado para o outro naquele quarto ainda pensando num jeito de fugir daquilo, e desfazer-me daquele casamento que eu não escolhi e desse homem cuja beleza não me agrada em nenhum momento.
Rodo naquele quarto até cansar, sento-me na cama chorando mais uma vez e me deito e choro até não aguentar mais e acabar pegando no sono, talvez seja o melhor nesse momento.
Eu não esperava ser acordada do jeito que fui, acordei com a porta do quarto sendo batida com toda a força possível, o estrondo que o impacto causou, dei um pulo da cama ainda desnorteada pelo sono.
- Mas o que...
- Mas que merda digo eu! O que você está fazendo no meu quarto? Eu não quero você aqui, saia. SAIA AGORA. - Fala Alex gritando a última parte e eu que estava ainda paralisada pelo susto, volto a funcionar exatamente na hora último grito.
- Você pensa que é quem para gritar desse jeito comigo? Se eu estou aqui e por que você levou em diante essa história ridícula de casamento e eu não tive como fugir. - Fala dando um passo na sua direção.
Mas quem esse homem está a pensar que eu sou para achar que pode tratar-me dessa forma, como bem entender...
- Garota, apenas faça o que lhe mandei! Saia daqui, agora mesmo. - Fala Alex entre os dentes e eu tufo o peito o olho bem nos olhos demonstrando bem a minha indignação com aquilo tudo e ando até a porta e saio do quarto.
Será que vai ser assim agora? Vou ser maltrata por esse homem que eu não amo e que não faz o mínimo de esforço para que venhamos a nos dar bem em algum momento, será essa a minha sina?
Antes de dormir já estava com o meu telefone em mãos e adormeci com ele assim, ao sair do quarto segui para a sala e encontrei a porta de saída e fui para fora na tentativa de encontrar um ar que não me sufocasse.
Vi o elevador e entrei, fui até o térreo e ao chegar lá só conseguia pensar em Rubi, liguei-lhe e como a boa amiga que foi sempre, ela não me decepcionou e logo chegou até lá.
- Nina.. Você está bem? - Pergunta ela assim que eu entro em se carro.
Eu não respondo apenas balanço a cabeça em afirmativa, mas minhas lágrimas entregam tudo o que eu estou sentindo nesse momento e eu optei por não segura-las.
Com Rubi eu não preciso ficar de mistérios, ela sabe de tudo sobre o contrato de casamento e sobre eu ter sido obrigada a casar com aquele homem mesmo eu implorando inúmeras vezes para que aquilo não acontecesse.
Rubi liga o carro e segue até uma praça não muito longe do prédio e estaciona o carro ali, não demora para que eu sinta os seus braços envolvendo o meu corpo e ao sentir esse carinho e conforto que ela me passa consigo parar de chorar e acalmo-me.
Conto para Rubi o que aconteceu quando Alex chegou e ela fica indignada com tudo, mas pede-me para também ter calma.
- Tenha paciência amiga, você não sabe quais as condições desse casamento para o outro lado, não se lhe foi imposto essa união da mesma forma que foi feita com você- Fala rubi e eu observando-a percebo que eu não havia pensado sobre isso.
E se ele também foi obrigado?
Passamos um tempinho ali, ficamos em silêncio eu estava com a mente barulhenta demais para prestar atenção em algo além dos meus pensamentos, acabei nem mesmo percebendo que Rubi ligara o carro e que já estava de volta em frente ao prédio em que agora eu resido.
- Amiga, eu precisei trazer-te de volta, há muitos seguranças nos seguindo! - Fala Rubi e só aí eu percebo o número de homens que me aguarda do lado e fora do carro.
Me despeço de Rubi e desço do carro, entro no prédio e alguns seguranças me acompanham até a porta do apartamento, assim que aproximo a porta se abre.
É uma senhora, acredito ser a governanta, e eu assim que entro e deparo-me com todas as minhas coisas, malas e bolsas jogadas em meio ao corredor.
O i****a teve a coragem de jogar minhas coisas no corredor? E sério isso? QUE ODIOOOO.
Quando estou prestes a juntar as minhas coisas, mas a mãe de Alex aparece e coloca a sua mão fria no meu ombro.
- Venha querida, mandarei alguém arrumar essa bagunça! Já está tarde, você precisa descansar e amanhã é um novo dia. - Fala ela e eu mesmo enfurecida aceito segui-la e ela leva-me até um outro quarto no sentido contrário do quarto do qual Alex me expulsou, mas ainda assim ao lado do dele.
O quarto também é bonito e aconchegante, a diferença e que esse não tem aquele ar misterioso e sombrio que o quarto de Alex tem.
Fui deixada lá, andei até o banheiro e tomei banho, apresar da raiva e do estresse todo do dia, estou muito cansada para continuar a pensar em tudo e resolvo deitar-me e descansar quando acordar amanhã será um novo dia e terei uma nova batalha a travar.