Eu não pensei em nada, não havia o que pensar, só havíamos nós dois. Uma noite quente, um rio e nossos corpos se tocando.
Quando senti o primeiro gemido alto escapando da minha boca eu sorri sem perceber, a tempo de sentir os dedos de Ethan dentro de mim me instigando, me perseguindo, me tirava do eixo me levava ao inferno de tanto calor.
Olhei dentro dos olhos dele e ele mordeu os meus lábios me olhando como o próprio d***o, tirou a mãos de dentro da minha b****a para segurar forte o meu cabelo ainda olhando para mim.
Eu conseguia sentir a ereção dele roçando enquanto ele me beijava chupando os meus lábios e me invadindo com sua língua deliciosa.
- Você quer que eu pare? – falou mais ofegante ainda
- NÃO! – acredito que foi o não mais sonoro que eu já falei em toda a minha vida. Era um não desesperado um não cheio de desejo e t***o, um não que saiu do fundo da minha alma para a minha garganta.
Aquele não foi o que abriu as minhas narinas para eu respirar.
Ethan me soltou apenas para tirar a cueca.
Voltou a me pegar forte pelos cabelos e me puxar para perto e sem muita enrolação se colocou com força dentro de mim. Eu estava em um estado mental e espiritual tão diferente que eu conseguia sentir pulsar dentro de mim a sua ereção, tão deliciosa que eu sentia a minha cabeça girar e o meu corpo vibrar a cada estocada mais forte que ele dava olhando em meus olhos.
Eu tentei fechar os meus olhos duas vezes para apenas sentir aquilo tudo dentro de mim, mas Ethan não deixou – Olha para mim enquanto eu te fodo! – disse ele autoritário olhando dentro dos meus olhos.
Eu obedeci, com a sensação de desespero dentro de mim querendo sair, eu não queria que aquele momento acabasse nunca.
Enquanto ele me fodia com força eu sentia as minhas pernas bambearem, eu senti os meus sentidos sendo perdidos um arrepio subindo pela minha espinha.
- Você vai gozar não vai? – disse ele sorrindo.
Um puxão de cabelo me colocou nos eixos de novo, o beijo dele me engolindo como se eu fosse a coisa mais gostosa do universo fazia o meu corpo todo queimar. Em sua ereção grande e grossa dentro de mim e nos seus dedos me estimulando agora com mais velocidade.
Eu nunca havia experimentado algo tão intenso, aquela quantidade de sensações me deixava maluca.
- EU...eu...estou...qua...se...- eu admiti com os lábios semicerrados, baixinho, como se estivesse ditando um segredo.
Quando senti que não tinha mais controle sobre os meus sentidos, que não tinha mais forças nas pernas eu me deixei levar para o orgasmo mais intenso e mais delicioso de toda a minha vida.
Ethan não parou continuou me fodendo com força segurando o meu cabelo, parecia querer me devorar a cada bombada mais forte.
Quando gozei outra vez eu senti o jato quente dentro de mim, assim como a estocada mais forte e contínua. Nos meus ouvidos eu consegui ouvir a alívio de prazer que ele deu quando finalmente gozou.
- Isso foi... – ele disse sorrindo agora um pouco mais descontraído
- ERRADO! – eu gritei assim que recobrei a minha consciência.
- Não sei por que seria errado! – ele disse aproximando o rosto do meu – você está se sentindo m*l?
- Você é irmão do Tommy! E eu sou... sou a esposa!
- MEGAN... ELE MORREU! – ele disse me apertando forte contra ele – Eu não estou dizendo que somos os exemplos de moral da humanidade, mas ele se foi, tudo o que você fizer agora só tem a ver com você!
- Me leva para casa... Por favor! – eu disse deitando a cabeça no peito dele.
- Sim, claro que eu levo! Vamos colocar as roupas!
Eu saí do riacho com o pensamento mais anuviado, eu não sabia mensurar direito o que eu realmente estava sentindo.
Tudo não passava de um borrão! Uma imagem que eu não conseguia captar certo na minha mente.
Fizemos o trajeto normal até em casa e eu entrei em silêncio, não falei uma palavra que fosse com Ethan e fui direto ao banheiro.
Eu tranquei a porta e me coloquei debaixo da água gelada e enquanto as lembranças de tudo iam voltando á minha mente eu sentia uma mistura de culpa e gratidão por ter vivido aquilo.
A culpa estava me consumindo de um jeito tão próprio que minha cabeça estava doendo, ela foi mais forte.
- MEGAN! – disse Ethan batendo na porta
Ele bateu pelo menos umas dez vezes antes de desistir.
Eu só queria chorar, não precisa de um companheiro para me acalentar sobre as minhas próprias burradas as minhas ofensas a Deus e a meu marido morto eu conhecia muito bem!
Quando cansei finalmente de chorar tanto eu saí do banheiro enrolada em uma toalha e me deparei com Ethan sentado em minha cama, as mãos dele estavam nos olhos e ele parecia abalado.
- O que houve Meg? – disse ele prontamente com os olhos cheios de lágrimas
- Culpa! Eu sei que você me considera uma i*****l, mas eu não consigo evitar... O seu irmão morreu e ele... ele... sempre vai ser...
Ele se levantou e me abraçou com força, então eu pude finalmente fazer o que eu estava planejando em meio aquela loucura desde cedo.
SIMPLESMENTE CHORAR E SENTIR TODA A DOR QUE EU PUDESSE SENTIR.
- Me desculpa! Eu forcei você a trair princípios...
- Não, você não me forçou a nada, transei com você consciente dos meus atos! – eu afirme com veemência – você vai poder voltar para a cidade com a consciência tranquila, conseguiu mais um troféu para a sua coleção! Pode voltar a viver a sua vida e esquecer que esse fim de mundo existe.
- Não, olha para mim Meg – ele puxou o meu rosto – você... eu normalmente não estou nem aí, te contei mil histórias sobre como eu me envolvo com mulheres, só que você... eu...
- Ah eu sou especial? Deixa-me adivinhar... – eu disse sarcasticamente
- Você não é como nenhuma outra! – ele disse olhando em meus olhos mais uma vez, antes de segurar o meu rosto com as mãos e a minha alma com a sua própria respiração nervosa.
- Eu sou sua cunhada!
- Eu sei que é errado, sei que você pensa que o que fizemos foi algo totalmente horrível, mas eu não consigo enxergar assim!
- Logo isso passa, você vai voltar a sua vida normal e logo esquece!
- Eu espero com todas as minhas forças que quando eu voltar para a cidade eu não lembre nem do seu rosto! Mas agora... Parece algo tão impossível.
- Eu sou só uma caipira que fez o seu irmão brilhante largar mão da carreira financeira! Eu... não tenho nada além disso para oferecer. Transamos, mas não significou nada, nem para mim e muito menos para você.
Me afastei dele – Espero que ninguém nunca saiba disso e que... droga...não precisamos mais nos ver, o seu irmão morreu e era o único vínculo com sua família, você pode ir passar bem Ethan!
Eu disse abrindo a porta do meu quarto, fiz sinal com a cabeça para ele ir embora, e mesmo sendo eu a expulsá-lo, quando ele passou pela porta eu senti que a ausência dele era como a morte de Tommy de algum modo.
Quando ouvi a porta da parte debaixo se fechar eu fechei os olhos e senti uma lágrima quente escorrer.
O ciclo se fechou, do jeito errado ou do jeito certo, eu jamais voltaria a ter contato com a família Flitch.
Eu me deitei na cama e fiquei olhando para o teto e as imagens de Tommy e Ethan se misturaram na minha memória.