Capítulo 5 - Raisa

1106 Words
RAISA NARRANDO O Morte parece ser bastante decidido. Estávamos em um papo muito louco quando a mãe dele veio chamar; assim que ele saiu, D. Thainá entrou no quarto e pediu para falar comigo. Ela tem a voz calma e é muito educada. — Quero que você se sinta à vontade, faça desta casa a sua casa. Você é a primeira garota que o Cleber apresenta como fiel. — Ela falou sorrindo e eu retribui o Sorriso caloroso. Começamos a conversar. Dona Thainá me fez algumas perguntas, algumas eu omiti a verdadeira resposta. Não tinha como eu dizer para ela que o filho dela estava mentindo e que a gente mäl se conhece. Quando dona Thainá saiu do quarto, sentei na cama do Morte, olhei em volta. Como a vida pode mudar em um piscar de olhos. Me bateu uma tristeza, principalmente por ter deixado o meu salão para trás, minha vida ficou toda no Morro do Estado, mas não culpo o Digão ele tem os seus motivos e todos os direitos de me expulsar. Devo agradecer ao Morte, por ainda estar com vida. Tenho certeza Digão um só não me matou por causa dele. Morte Parece até um anjo que apareceu em minha vida, acabei sorrindo com os meus pensamentos, minha vida de cabeça para baixo e eu aqui romantizando. Dona Thainá voltou para me chamar para comer. O Morte também entrou no quarto e me deu um selinho. Achei muito fofo ele me dando satisfação de onde estava indo. Não sou acostumada com isso. Comi um pouco, lavei o prato que sujei e fui brincar com o sobrinho do Morte, que é um fofo. Enquanto conversava com a mãe dele, parece que a gente se conhece há anos. O assunto sempre fluía. Como eu queria que a minha mãe tivesse sido igual a ela. Fiquei brincando com o garoto, quando a morte chegou já me xavecando, me fazendo sorrir. Eu já estava sentada na mesa para jantar, morrendo de vergonha do pai dele que não parava de me encarar. Ele é igual ao Morte, parece que quer ler a nossa alma. Quando ele apareceu sem camisa, aquele abdômen sarado, barriga tanquinho püta que pariu, eu lavaria todos os meus fios dentais tranquila. O jantar foi tranquilo, eles falaram mais sobre coisas do morro, graças a Deus ninguém me fez uma pergunta, me deixaram super à vontade. Depois do jantar, Dona Thainá foi com o Coringa e o Tavinho para a casa da avó do Morte, e ele me chamou para conversar no quarto. Nunca pensei que me abriria dessa forma com alguém, mas ele me deixa tão relaxada e segura ao seu lado que eu não consigo esconder nada, o Morte me inspira confiança. Teve uma hora que eu fiquei com medo dele, ele se alterou legal. Gritou comigo, mas logo se redimiu. Senti os lábios do Morte nos meus fez o meu corpo inteiro esquentar e reagir ao seu toque, totalmente diferente da relação que eu tinha com o branquinho. Ele tinha que me estimular muito para conseguir alguma coisa, já o Morte só em tocar na minha pele fez o meu corpo se arrepiar. Paramos um beijo por falta de ar, confesso que estava morrendo de vergonha, do nada a gente se beijou. Mas quando ele me pediu para ser a sua fiel, quase tive um troço e pulei do colo dele. — Fica comigo loira, aceita ser minha fiel? — Fi, Fi... Fiel? Você quer namorar comigo? Cara, que loucura, a gente m*l se conhece, meu Deus, isso não é possível. — Falei desnorteada. Desatei a falar, quase não parava mais, até que ele me puxou novamente para os seus braços e me beijou. Só assim conseguiu me calar, os lábios do Morte é macio, e ele tem uma pegada maravilhosa. Dessa vez ele levantou a minha blusa, apertando o meu corpo. Até que as suas mãos tocaram meus seïos, parei o beijo. E perguntei o porquê desse pedido maluco. — Vai me dizer que tu nunca percebeu como eu te cobiçava, desde a vez que te vi lá no bar do birico. Encarei ele e falei que não, e para mim ele me olhava igual aos outros homens, quando veem uma mulher bonita. Mas acho que ele não gostou da minha resposta, Morte é muito sem paciência, e muito direto no assunto, ele não faz rodeios. — Então agora você sabe, eu não te olhava igual todo homem que só queria te pegar, eu sempre te olhei com desejo, mas um desejo de ter ao meu lado, saca? — Falou irritado. Mais uma vez ele ficou bravo comigo, virou as costas, e eu toquei no seu ombro. Quando ele virou pra mim, nossos olhares se encontraram, pulei nos braços dele, já procurando a sua boca. Eu estava com as pernas entrelaçadas em sua cintura, enquanto nos beijávamos o Morte apertava o meu bumbumm, me fazendo gemer contra sua boca maravilhosa. Dessa vez foi ele que parou o nosso beijo, ainda comigo em seu colo pediu a minha resposta, eu não queria me enfiar em outro relacionamento, mas o jeito que ele falou amoleceu o meu coração e vou pagar para ver no que vai dar. Dessa vez não vou ser boba se o Morte tentar fazer comigo que o branquinho fez eu meto o pé daqui para sempre. — Então, princesa, aceita ser minha fiel, minha mulher? Eu sonho contigo desde a primeira vez que te vi, Raisa, e agora que te tenho nos meus braços, não quero deixar você ir. — Aceito, mas vamos com calma, por favor. Acabei de ficar viúva. Falei esse final só para ver a reação dele, e foi aí que eu tive certeza: o Morte tem ciúmes de mim. Ele me colocou no chão e saiu do quarto. Fui atrás dele sorrindo. No meio do corredor, ele parou, virou bem rápido e pressionou meu corpo contra a parede, colando sua boca na minha orelha. — Se você repetir essa merd@ novamente, eu vou te fazer gritar tanto, Raisa, e olha que não vai ser só de prazer — ele passou a língua na minha orelha, minhas pernas enfraqueceram e minha Büceta latejou. Mas aí ouvimos a voz do pai dele. Quando virei, o Coringa estava olhando para nós dois sorrindo. Baixei a cabeça e voltei para o quarto. Morte demorou um pouco. Coloquei um pijama de calça e manga comprida. E fiquei sentada na poltrona. Será que vou resistir a dormir na mesma cama que ele? Eu não queria me entregar assim tão fácil. Não quero que ele pense que eu sou uma qualquer.
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