*** Lorenzo Spozito ****
_ Maledetta, figlia della puttana. — Xingo enraivecido ao ver ela saindo com minha, Ferrari, me viro para Pablo, meu soldado da segurança que nem fez seu serviço direito, minhas ordens eram claras, ninguém toca em meu carro, ninguém. Ele se mantém em silêncio, mas claro, sabe que fez merda.
_ Por que a deixou sair seu filho de la puttana?
— Desculpa chefe, mas ela me ameaçou. — Sorrio irônico vendo a sua resposta.
_ E você deu ouvidos? — pergunto praticamente gritando.
_ Ela é sua moglie. Tenho de respeitar. — Levo minha mão ao rosto me lembrando disso, é minha moglie, a sporcizia da minha moglie e ele tem de respeitar o nome da famiglia.
_ Maledetta, mil vezes maledetta. Se eu ver um risco em minha, Ferrari Pablo, um risco... — me aproximo do seu rosto mostrando os dedos juntos. _ Eu vou cortar sua mão, vou cortar primeiro os dedos um por um, e depois sua mão. Reze, para não ter um risco em minha, Ferrari.
Eu vejo ele engolir seco, e sorriu ao ver o medo em seu rosto.
Entro dentro de casa tirando meu celular do bolso ligo para a equipe de segurança, todos os meus carros têm rastreadores, então aonde ela se enfiar nem que seja no inferno indo fazer uma visita para o diavolo eu a encontro.
Mulher maledetta, como o Dom Leonel pensou que seria uma boa escolha essa mulher para mim, ela não serve para ser a moglie de um capo, não serve para ser minha moglie e ele não vê isso.
Mas claro que não vê, ela tem aqueles olhos azuis como os da minha madre e foi isso que ganhou o coração do Dom Leonel, mas ganhou apenas o dele e não o meu, nunca ganhará o meu, pois de mim só terá o ódio e o desprezo.
Durante esses cinco anos, não fiz questão de conhecê-la de propósito, não queria nada com ela, mas ela precisava pagar pelo que fez a Rafaelle, e foi com esse pensamento que decidi que tinha de me casar, e que ela iria sofrer ao meu lado.
_ Quero que rastreiem minha, Ferrari. Não, não foi roubada. — Respiro fundo levando minha mão até a cabeça, massageando minha têmpora que pula de tanta raiva, minha vontade é matar aquela maledetta, mas não posso, só que também não vou aguentar seu desrespeito, ela será punida. _ Minha moglie saiu e quero saber aonde ela foi, mande para meu celular agora. — Desligo o celular me virando vendo Nicolai me olhando com as mãos nos bolsos e aquele sorriso irônico.
_ Problemas no paraíso logo cedo mio fratello?
_ Isto é um inferno Pietra Giordano é o diavolo in persona. — Suspiro tentando controlar a minha raiva, mesmo que apenas o pensamento Pietra, já tire toda a minha paz.
_ Não fale assim. Se casou nem tem vinte quatro horas o que ela fez para você em tão pouco tempo? — ele fala tirando um cigarro do bolso e acendendo.
_ Me desafiou, me ameaçou de morte e roubou minha, Ferrari. Minha Ferrari Nicolai! — Não gosto que mecham em meus carros, ainda mais na minha, Ferrari, sou louco pelos meus bambinos.
_ Já gosto de sua moglie. — Ele abre um sorriso e eu seguro em seu ombro, falando de forma autoritária, Nicolai não gosta que fale assim com ele, mas tem de se acostumar no futuro eu serei o capo.
_ Vamos logo me leve até onde aquela maledetta está com meu carro. — Vou até o carro do meu irmão e assim que entro vejo um segurança no volante me viro para o desgraçado que se senta no banco de trás. — É muito preguiçoso, nem dirigir, dirigi mais.
— Tenho homens pra isso Fratello. — Cruza os braços se jogando para trás.
Não demorou muito para eu receber a localização da onde estava a minha, Ferrari, seguimos até o endereço que o rastreador nos envia, essa puttana vai se ver comigo, quem ela pensa que é para me desafiar como ela fez.
Pensei que tinha sido treinada para me obedecer, ser minha cadelinha obediente, mas não, nem isso a maledetta é.
Eu sempre soube que ela nunca seria a mulher perfeita para mim, ela nunca vai chegar aos pés de Rafaelle, ela sim, seria a moglie perfeita. Linda, obediente e com um carisma que me encantava, tudo nela me encantava. Ela fazia tudo certo, até a nossa primeira vez, foi um erro ela devia ter se guardado, mas aconteceu e, na verdade o erro foi meu.
Eu bebi demais e acabei forçando-a a fazer o que não deveria, não me lembro direito como foi, só me lembro de acordar com a cabeça doendo e ela nua com a mancha de sangue, mostrando que tirei sua honra.
Me senti horrível e prometi que me casaria com ela, mas papa estava em viagem e eu não poderia falar com o Dom Leonel sozinho, mesmo ele sendo meu nono, protocolos como esses tem de ser passados primeiros para o capo e só depois para ele.
Como papa demorou para voltar, acabei caindo na tentação e ficando com Rafaelle mais vezes e quando ela me disse que teríamos um bambino eu fiquei tão feliz, eu tinha tudo ali, tudo e Pietra Giordano me tirou. Rafaelle era meu anjo, e agora tenho o diavolo como moglie, mas se Pietra é o diavolo, eu posso ser o INFERNO inteiro.
Observo atentamente que estamos em meio a prédios de luxo e empresariais, o GPS mostra que minha, Ferrari está em um prédio que está em reforma, o que aquela maledetta pensou, que iria esconder meu carro de mim. Ainda tem um segurançazinho de meia tigela que não quer me deixar passar, que o prédio está fechado, só o pessoal com autorização pode entrar.
Mas nada que um bom dinheiro e uma arma apontada para a sua cabeça em nome dos Spozito e ele não entenda quem eu sou.
_ Como tuo moglie passou por esse segurança ritardato mentale? — Nicolai pergunta confuso e eu finjo não ouvir, estou puto de raiva _ Ei fratello, calma, o que será que sua moglie faz aqui?
_E eu sei lá, quero que ela vá para o inferno, só vim buscar meu carro de volta.
Desço do carro do meu irmão que também desce, ele alinha o terno com perfeição, para mim ele é exagerado demais.
Pego minha arma me posiciono e entro devagar no estacionamento, já que o carro dele não podia passar, era melhor não chamar tanta atenção lá dentro e meu irmão tem uma Ferrari purosangue V12, preta modelo exclusivo nem foi lançado ainda, comprou primeiro que eu.
Não sei o que ela está aprontando, mas é bom se cuidar, foi sua primeira e última fuga, principalmente com um dos meus carros.
Vejo meu carro estacionado em uma vaga, me aproximo devagar com receio de algo tem acontecido com meu bambino. Dou uma olhada em volta da minha Ferrari, e vejo que ele está intacto, suspiro aliviado levando a mão ao peito, então pelo menos dirigir essa mulher faz direito. Meu carro é uma máquina, não é todo mundo que consegue segurar sua potência e deixá-lo inteiro. Com a chave reserva abro e ligo sem problemas, meu fratello se senta do meu lado com um sorriso de deboche.
_ O que vamos fazer agora?
_ Vou para casa e que aquela maledetta vá a pé. — Sorrio imaginando a cara dela quando ver que o carro não está lá.
Assim que saio e dobro a esquina escuto um barulho e reconheço ser um tiro, por reflexo pego minha arma e meu irmão também, paro o carro no acostamento olho em volta e não vejo nada, logo escuto outro tiro e dessa vez vejo pessoas saírem correndo de um prédio a nossa frente.
_ Che cazzo. La tua moglie tá trabalhando. — Meu fratello diz e eu ligo o carro voltando rápido para aquele prédio em reforma. _ O que está fazendo?
_ A maledetta deve estar cheia de armas. Não posso deixá-la ser pega, senão papa me mata.
_ Se papa te mata eu serei o novo capo. — Ele sorri brincando e bato em sua cabeça, nem se eu morresse ele seria o novo capo. Minha sorella tem mais direito que ele se isso viesse a acontecer, assim como minha madre que se casou e meu papa virou o capo pelo casamento. Ele é meu fratello, mas fora do casamento da máfia, me dói saber que Nicolai nunca terá um cargo alto na máfia por ser um figlio bastardo.