*** Pietra Giordano ***
.
Espero Alice na cafeteria que ela marcou, olho no relógio e já estou agoniada, faz cinco minutos que estou aqui e nada dela.
Com toda certeza o carro do Lorenzo tem algum tipo de rastreador, ele não seria tão incompetente de não ter.
Já estava pegando o celular quando eu vejo ela saindo do banheiro dos funcionários, abaixando o seu vestido preto colado no corpo, levo minha mão ao rosto vendo o provável gerente ou dono do café, saindo com ela.
As duas moças que servem as mesas, a olha de cara feia mais ela nem se importa e se aproxima de mim.
_ Faz tempo que está aí me esperando? — me pergunta com um sorriso no rosto arrumando o cabelo.
_ Não muito, mas vamos logo. Antes que o maledetto do meu marido me encontre... — olho para ela e para o homem de uns trinta anos, até bonito que sorri de volta. _ Alice, sorella tem de se controlar, para você tudo é sexo, isso pode ser uma doença. — digo me levantando.
_ Eu sei sorella, mas não consigo evitar. Vejo um homem bonito, e não resisto. Mesmo assim nunca estou satisfeita, nunca me sinto satisfeita por completo, até hoje não achei um homem capaz de me fazer sentir assim, e quando eu achar, provavelmente me casarei com ele só para não perder. — sorrio da sua cara e saímos daquele lugar, mas antes de sair Alice para na porta e mostra a língua para as duas garçonetes.
_ Duas mocreias horríveis, me olhando feio só porque sai com o chefe delas.
Assim que entramos no carro, Alice olha tudo com entusiasmo o carro es bello demais, chego até a pensar que será meu novo queridinho, assim como cassandra, meu bichinho, tenho de buscá-la na casa da minha madre, só um dia e já fiquei com saudades da minha pequena.
_ Como vamos entrar nesse lugar, Alice? Tem segurança e parece estar em reforma. — digo parada na esquina observando o prédio que ela quer que entremos.
_ Vamos deixar o carro na garagem sem problemas, e vamos subir pela escada de incêndio assim não corremos o risco de algum empregado nos ver.
_ E o segurança, como vamos entrar?
_ Deixa comigo, só preciso que entre quando ver a chance.
Ela sai e eu fico de olho, ela passa devagar na frente do segurança com algumas pastas na mão e quando chega bem perto, deixa cair e com aquele vestido curto e impossível não ver o que eu sei que ela mostrando.
O segurança abaixa para ajudá-la e vejo eles conversarem um pouco, logo ele abre um sorriso e passa a mão nas nádegas dela, e minha irmã fala algo em seu ouvido.
E lá vai minha sorella dar para o segurança também, por Dio, não aguento mais ficar virgem.
Ela sai então entro com o carro devagar, a porta de uma sala que acredito ser a segurança está fechada e consigo até escutar os gemidos da minha sorella, chega ser engraçado, pois ela finge bem por demais.
Abro a porta mala e pego a bolsa que colocamos lá, espero Alice na saída de incêndio e logo ela aparece com uma cara feia.
_ Que cara é essa, não foi bom? — pergunto já sabendo a resposta.
_ Uma sporcizia, além de ser pequeno não sabe nem usar, e pior gozou primeiro que eu, e nem me deixo chegar lá. Acredita estou frustrada. — ela pega a outra bolsa e subimos rápido.
No último andar entramos em um apartamento, ele fica dois andares acima da sala que tenho de acertar, as cortinas plásticas que indicam que o prédio está em reforma, balançam e assim ajudam a me esconder, eu vejo os últimos detalhes da mira do meu rifle 22 LR, a mil e duzentos metros do alvo.
_ Quantos são? — pergunto a Alice que olha a ficha antes de me mostrar
_ Dois! São dois fratellos tarados que abusam de menores, a madre de uma das vítimas descobriu e encomendou a morte dos dois desgraçados ontem.
_ Já checou tudo. Está correto as informações. — digo me posicionando a procura dos dois dentro do prédio a minha frente, onde estão em uma reunião com algumas pessoas. E Alice suspira irritada.
_ Sim, Pietra! Você sabe que sempre vejo as informações duas vezes. Nossa hoje você tá chata em.
_ Depois vamos para o clube preciso me desestressar.
_ Usa o dedo ajuda. — ela sorri levantando dois dedos pra mim.
_ Cala a boca Alice. Já tenho os dois na mira.
_ Rápido e prático não gasta muita bala.
_ Uma pra cada.
Digo sorrindo e atiro no primeiro, a bala voa em sua direção passando pela janela de vidro do prédio industrial e logo acertando bem no meio de sua testa.
_ Um maledetto a menos. — digo abrindo o sorriso.
As pessoas que estão em sua volta levantam assustadas, mas antes que o fratello daquele porco imundo consiga correr, atiro novamente, rápida e precisa, acertando sua testa passando pela mesma janela aonde acertei o primeiro tiro.
Seu corpo cai em cima do irmão e eu sorrio ao saber que mais dois pedófilos estão mortos, e meu trabalho foi feito com precisão.
_ Amo o meu trabalho! — digo me virando para Alice que faz uma bolha com o chiclete.
_ Também amo.
Desmonto todo o equipamento rápido, quanto mais rápido melhor, a cada segundo que passa o perigo de ser pega aumenta.
Descemos as escadas, em sincronia e silêncio, pois o barulho dos tiros alarmaram as pessoas com toda certeza, mas não tinha como eu silenciar dessa distância.
Assim que chego no estacionamento me surpreendo ao ver que a Ferrari do meu marido não está ali, ele já deve ter encontrado, até que demorou muito, Alice conseguiu t*****r duas vezes e só de pensar nisso, sinto mais raiva ainda, pois não morrerei virgem, posso odiar Lorenzo, mas pelo menos a minha virgindade ele tera de tirar, nem se eu o amarre na cama e abuse sexualmente dele, alguma coisa tenho de fazer pois, virgem não posso morrer.
_ Bastardo!!! Levaram Nostro carro.
_ O que faremos agora Pietra! Não dá para sair com essas duas maletas.
_ Io no sei, mas sei que foi o maledeto do... — ia dizer, mas aí o carro entrou correndo no estacionamento. _ Lorenzo Spozito!!!!
_ Entrem logo antes que me arrependa.
O fratello de Lorenzo, Nicolai sai do carro abrindo a porta mala nos ajudando a colocar a arma e a munição lá dentro.
Entro com Alice no banco de trás e vejo os olhos de Lorenzo me olhar pelo retrovisor.
Assim que Nicolai entra ele pisa no acelerador e saímos rápidos o segurança nem estava mais no local.
Será que Lorenzo o matou para pegar o carro?
_ Então Pietra errou o primeiro tiro ouvimos dois. — Nicolai diz se virando para mim.
_ Não! Eu não erro Nicolai. Foram dois tiros e dois alvos.
_ Bem no meio da testa. — Alice disse sorrindo e nesse momento percebi Lorenzo ficar tenso.
_ No estilo dos Giordano. Execução. — ele diz me olhando pelo retrovisor, seus olhos são de raiva, quase como se odiasse a ideia do meu trabalho.
_ Eles mereciam morrer, é meu trabalho tirar esse tipo de escória do mundo. — digo o fitando sem desviar, não tenho vergonha do meu trabalho, mato para salvar a vida de outras pessoas que não podem fazer isso. Se eu não fizesse isso mais sofreriam.
_ Só matam quem merece morrer né. — vejo um sorriso irônico em seus lábios, e isso me incomoda ainda mais. Qual o motivo dessa ironia?
_ Só quem mereça.
Dito isso o assunto morre e seguimos até minha casa.