Capítulo 6

1306 Words
*** Pietra Giordano *** . Espero Alice na cafeteria que ela marcou, olho no relógio e já estou agoniada, faz cinco minutos que estou aqui e nada dela. Com toda certeza o carro do Lorenzo tem algum tipo de rastreador, ele não seria tão incompetente de não ter. Já estava pegando o celular quando eu vejo ela saindo do banheiro dos funcionários, abaixando o seu vestido preto colado no corpo, levo minha mão ao rosto vendo o provável gerente ou dono do café, saindo com ela. As duas moças que servem as mesas, a olha de cara feia mais ela nem se importa e se aproxima de mim. _ Faz tempo que está aí me esperando? — me pergunta com um sorriso no rosto arrumando o cabelo. _ Não muito, mas vamos logo. Antes que o maledetto do meu marido me encontre... — olho para ela e para o homem de uns trinta anos, até bonito que sorri de volta. _ Alice, sorella tem de se controlar, para você tudo é sexo, isso pode ser uma doença. — digo me levantando. _ Eu sei sorella, mas não consigo evitar. Vejo um homem bonito, e não resisto. Mesmo assim nunca estou satisfeita, nunca me sinto satisfeita por completo, até hoje não achei um homem capaz de me fazer sentir assim, e quando eu achar, provavelmente me casarei com ele só para não perder. — sorrio da sua cara e saímos daquele lugar, mas antes de sair Alice para na porta e mostra a língua para as duas garçonetes. _ Duas mocreias horríveis, me olhando feio só porque sai com o chefe delas. Assim que entramos no carro, Alice olha tudo com entusiasmo o carro es bello demais, chego até a pensar que será meu novo queridinho, assim como cassandra, meu bichinho, tenho de buscá-la na casa da minha madre, só um dia e já fiquei com saudades da minha pequena. _ Como vamos entrar nesse lugar, Alice? Tem segurança e parece estar em reforma. — digo parada na esquina observando o prédio que ela quer que entremos. _ Vamos deixar o carro na garagem sem problemas, e vamos subir pela escada de incêndio assim não corremos o risco de algum empregado nos ver. _ E o segurança, como vamos entrar? _ Deixa comigo, só preciso que entre quando ver a chance. Ela sai e eu fico de olho, ela passa devagar na frente do segurança com algumas pastas na mão e quando chega bem perto, deixa cair e com aquele vestido curto e impossível não ver o que eu sei que ela mostrando. O segurança abaixa para ajudá-la e vejo eles conversarem um pouco, logo ele abre um sorriso e passa a mão nas nádegas dela, e minha irmã fala algo em seu ouvido. E lá vai minha sorella dar para o segurança também, por Dio, não aguento mais ficar virgem. Ela sai então entro com o carro devagar, a porta de uma sala que acredito ser a segurança está fechada e consigo até escutar os gemidos da minha sorella, chega ser engraçado, pois ela finge bem por demais. Abro a porta mala e pego a bolsa que colocamos lá, espero Alice na saída de incêndio e logo ela aparece com uma cara feia. _ Que cara é essa, não foi bom? — pergunto já sabendo a resposta. _ Uma sporcizia, além de ser pequeno não sabe nem usar, e pior gozou primeiro que eu, e nem me deixo chegar lá. Acredita estou frustrada. — ela pega a outra bolsa e subimos rápido. No último andar entramos em um apartamento, ele fica dois andares acima da sala que tenho de acertar, as cortinas plásticas que indicam que o prédio está em reforma, balançam e assim ajudam a me esconder, eu vejo os últimos detalhes da mira do meu rifle 22 LR, a mil e duzentos metros do alvo. _ Quantos são? — pergunto a Alice que olha a ficha antes de me mostrar _ Dois! São dois fratellos tarados que abusam de menores, a madre de uma das vítimas descobriu e encomendou a morte dos dois desgraçados ontem. _ Já checou tudo. Está correto as informações. — digo me posicionando a procura dos dois dentro do prédio a minha frente, onde estão em uma reunião com algumas pessoas. E Alice suspira irritada. _ Sim, Pietra! Você sabe que sempre vejo as informações duas vezes. Nossa hoje você tá chata em. _ Depois vamos para o clube preciso me desestressar. _ Usa o dedo ajuda. — ela sorri levantando dois dedos pra mim. _ Cala a boca Alice. Já tenho os dois na mira. _ Rápido e prático não gasta muita bala. _ Uma pra cada. Digo sorrindo e atiro no primeiro, a bala voa em sua direção passando pela janela de vidro do prédio industrial e logo acertando bem no meio de sua testa. _ Um maledetto a menos. — digo abrindo o sorriso. As pessoas que estão em sua volta levantam assustadas, mas antes que o fratello daquele porco imundo consiga correr, atiro novamente, rápida e precisa, acertando sua testa passando pela mesma janela aonde acertei o primeiro tiro. Seu corpo cai em cima do irmão e eu sorrio ao saber que mais dois pedófilos estão mortos, e meu trabalho foi feito com precisão. _ Amo o meu trabalho! — digo me virando para Alice que faz uma bolha com o chiclete. _ Também amo. Desmonto todo o equipamento rápido, quanto mais rápido melhor, a cada segundo que passa o perigo de ser pega aumenta. Descemos as escadas, em sincronia e silêncio, pois o barulho dos tiros alarmaram as pessoas com toda certeza, mas não tinha como eu silenciar dessa distância. Assim que chego no estacionamento me surpreendo ao ver que a Ferrari do meu marido não está ali, ele já deve ter encontrado, até que demorou muito, Alice conseguiu t*****r duas vezes e só de pensar nisso, sinto mais raiva ainda, pois não morrerei virgem, posso odiar Lorenzo, mas pelo menos a minha virgindade ele tera de tirar, nem se eu o amarre na cama e abuse sexualmente dele, alguma coisa tenho de fazer pois, virgem não posso morrer. _ Bastardo!!! Levaram Nostro carro. _ O que faremos agora Pietra! Não dá para sair com essas duas maletas. _ Io no sei, mas sei que foi o maledeto do... — ia dizer, mas aí o carro entrou correndo no estacionamento. _ Lorenzo Spozito!!!! _ Entrem logo antes que me arrependa. O fratello de Lorenzo, Nicolai sai do carro abrindo a porta mala nos ajudando a colocar a arma e a munição lá dentro. Entro com Alice no banco de trás e vejo os olhos de Lorenzo me olhar pelo retrovisor. Assim que Nicolai entra ele pisa no acelerador e saímos rápidos o segurança nem estava mais no local. Será que Lorenzo o matou para pegar o carro? _ Então Pietra errou o primeiro tiro ouvimos dois. — Nicolai diz se virando para mim. _ Não! Eu não erro Nicolai. Foram dois tiros e dois alvos. _ Bem no meio da testa. — Alice disse sorrindo e nesse momento percebi Lorenzo ficar tenso. _ No estilo dos Giordano. Execução. — ele diz me olhando pelo retrovisor, seus olhos são de raiva, quase como se odiasse a ideia do meu trabalho. _ Eles mereciam morrer, é meu trabalho tirar esse tipo de escória do mundo. — digo o fitando sem desviar, não tenho vergonha do meu trabalho, mato para salvar a vida de outras pessoas que não podem fazer isso. Se eu não fizesse isso mais sofreriam. _ Só matam quem merece morrer né. — vejo um sorriso irônico em seus lábios, e isso me incomoda ainda mais. Qual o motivo dessa ironia? _ Só quem mereça. Dito isso o assunto morre e seguimos até minha casa.
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