— Bom dia, moça — cantarolou Picasso, ao me ver chegando no quintal. Ele usava uma calça jeans, e uma camisa branca, que dava ainda mais destaque para suas tatuagens negras e agressivas. Os cabelos estavam levemente úmidos, e o perfume que já era tão familiar, me alcançou quando ele se aproximou o suficiente para pegar minha mão e cumprimentar de um jeito bem peculiar. — Dormiu bem? — Maravilhosamente bem — respondi com um sorriso largo e uma voz bem mansa. — E você? — Depois daquele rolê, nada tiraria a minha paz — ele disse, sutilmente passando a mão pelo nariz que eu deixei sangrando no fim de tudo. Eu dei uma risadinha, e não foi totalmente por fingimento. Ainda segurando minha mão, ele se virou para Mariana logo atrás de mim. — Nós vamos dar uma volta bem longa hoje, já que a minha