Capítulo 12

2235 Words
Emile corria entre as pessoas para tentar entrar no trem. Sua filha de quinze anos sempre dava trabalho para acordar cedo. A mulher só saia de casa depois de deixar a garota pronta para escola. Enquanto ela se arrumava a menina ainda dormia. Era um pouco frustrante, embora isso acontecesse todo dia, então já estava acostumada. Mas hoje ela realmente tinha demorado, ao ponto de ter se atrasado para o trabalho, estava pegando o ultimo trem daquele horário, caso não conseguisse entrar nesse teria sido pior. Seu atraso de minutos, podia virar horas, então tinha que agradecer por essa sorte. Embora ainda queria ter pego o trem anterior. Andou um pouco, tentando encontrar um lugar para sentar, o que não demorou muito. O vagão não estava lotado. Já sentada respirou fundo. Todo dia era assim, essa correria sem fim. Abriu os olhos, na sua frente em pé estava um sujeito olhando para a porta do outro vagão, o homem estava de preto, ele segurava uma mochila pelas alças. Seus olhos estavam vazios. Sem emoção, um arrepio percorreu pela espinha de Emile, o frio aviso de que algo estava errado. O homem se virou para ela. E sorriu. Um sorriso com o brilho sanguinário e louco da carnificina. - Espera!!! - só deu tempo dela gritar isso. Institivamente sabia que algo de r**m estava para ocorrer. Foi como se pressentisse o caos que estava prestes a se formar. Mas sem saber exatamente o que ia acontecer. O homem soltou a mochila no chão. Tudo se iluminou. O barulho quase ensurdecedor preencheu seus ouvidos, a dor a atingiu como brasas de fora para dentro, era como um frio de queimar a alma. Depois ficou apenas a dormência, era como esta anestesiada. Foi tudo em questão de segundos. A explosão engoliu os vagões quase em uma reação em cadeia. O fogo devorando o trem, em uma fome desenfreada. >>>>>>><<< Lena não lembrava como chegou, mas quando despertou já estava em uma jaula transparente, seu irmão começou um monologo explicando seu plano em detalhes quase mórbidos, e quando ele terminou, seu interior tremia de medo, não por si, mas por Kara. Conhecendo a loira sabia que ela não hesitaria em aparecer, mesmo sabendo do perigo mortal que a aguardava. E quando ela surgiu uma parte de si estava feliz, por que a super havia indo ao seu resgate, mas logo a temor a invadiu pois sabia o que estava prestes a acontecer, e mesmo tentando avisar não parecia que a outra pudesse escuta-la. Então respirar começou a ser doloroso, era como se o ar que puxava para seus pulmões viesse acompanhado de pequenos pedaços de vidros, agulhas que rasgavam o seu interior. Pontos negros surgiram em sua visão, mergulhando na inconsciência. Sentiu um aperto a segurando, um calor a envolvendo. Respirar não era mais um sofrimento. Lex. O nome veio à mente e logo em seguida se lembrou de Kara. Despertou em sobressalto. Quando focou sua visão tentou se mexer, na mesma hora sentiu braços lhe apertarem, um rosto apareceu em sua frente. - Kara! – A morena gritou em euforia. Mas antes que pudesse se deixar levar pela felicidade sentiu algo a molhando. Quando olhou para baixo, arregalou os olhos em choque. Uma lança estava atravessada a loira no tórax, e tinha vários arranhões pelo corpo, inclusive um no rosto, e na sua fonte acima da sobrancelha. - Você - Lena colocou a mão na boca tentando conter seu choramingo de escapar. Seus olhos já ardiam, lágrimas que queriam escapar. No entanto não conseguiu falar ou fazer nada. A loira desabou no chão derrubando Lena. Havia vidro espalhado pelo chão, embora onde eles estivessem não houvesse nem um pó, um círculo perfeitamente limpo. A morena olhou para a Super, sabia que tinha sido ela. Sempre tão cuidava, garantido que nada acontecesse a Lena, enquanto aguentava o resto sozinha. - Acho que terei que terminar o serviço - quando levantou o olhar, viu Lex caminhando devagar rumo a elas, como um predador em direção a sua presa, ele tinha uma das lanças com kryptonita na ponta. Lena pulou na frente, pronta para proteger sua amada. Então um tiro foi disparado. Lex Luthor caiu no chão, um sonífero o havia atingido no pescoço. Olhou em direção ao disparo, vários agentes incluindo Alex. Que prontamente caminhou em direção a sua irmã mais nova. Sua expressão era séria. - Ajudem aqui! Rápido! - gritou para seus homens que vieram rapidamente, a levantando do chão e a colocando em uma maca improvisada. - Deixe-me ir junto?! - Lena falou de um fôlego só, uma suplica feita em tom de desespero. Estava firme em suas palavras, determinada. Queria está com a loira, e imploraria se isso fosse necessário. A ruiva a encarou por um tempo e então lhe deu as costas. - Tudo bem – suspirou auditivamente mostrando seu cansaço enquanto dava as costas - Ela vai gostar de acordar e ter você ao lado – olhou por cima do ombro dando um sorriso a Lena, essa que sorriu aliviada seguindo os agentes.
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