O Natal é mais que uma comemoração, é uma nova chance que temos a cada ano de nos reiventarmos e sermos pessoas melhores.
E quando uma pessoa entra na sua vida sem ser convidada e ela está destinada a ficar e vem anexado a esta pessoa a paz, então pode ter certeza que isso é amor.
Como eu sei disso?
Bom, eu vivi isso. E contarei como tudo aconteceu.
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7 dias para o Natal.
...
Aquele barulho já estava dando nos nervos, estava ficando enjoada e quando isso acontece porque minha validade já havia terminado.
— Tchau, para mim já deu. – Falo com a voz arrastada.
— Lu espera! – Mia minha melhor amiga de infância fala segurando meu braço.
— Não, preciso ir.
— Você não tem condições de ir desse jeito.
— Miiiaa! Estou ótima kkkk, pedi um uber e já está chegando.
— Droga Lu, eu pedi que meu irmão viesse me buscar.
— O QUE?
Mia coloca a mão na boca como um, ops!
— Sei que não foi legal ele ir sem se despedir de você.
Como se fosse só isso, e toda aquela merda de amor de infância vem à tona.
Mia não sabe era apaixonada pelo seu irmão nerd, de óculos e cheio de espinhas.
Quem entenderia? Eu mesmo não entendia.
Mais foi o dia qual ele partiu meu coração após eu me declarar naquela casa da árvore hà vinte anos atrás, quando eu tinha apenas oito anos.
Francisco...
Nome mais e******o.
Foi a minha total desgraça, depois de ter dito meus sentimentos para ele, no mesmo instante ficou sério e pediu para esperar que ele voltava em seguida.
Cá estou eu, esperando?
Obvil que não, cresci e não acredito mais nessa merda.
Dias trancada no quarto, Mia contou que ele tinha ido embora do país com o pai após se divorciar e minha linda amiga ficou com a mãe.
Segui minha vida, fiz minha faculdade de jornalismo e depois fiz uma especialização em publicidade, transei e transo com muitos caras. E desconto toda minha frustração em bebidas e baladas e principalmente no trabalho.
— LUÍZAAA! – Volto para o mundo real com o chacoalhar de Mia.
— Oi, oi!
— Fumou algum baseado?
— Não sou dessas Melissa.
— Tem certeza que vai ficar tudo bem? Não quer esperar?
— Não.
— Precisa esquecer o passado.
— Já superei, amiga.
— Percebi, todos esses anos quando o nome de Frencisco é citado você foge como um vampiro do sol.
— Por favor, chega.
— Não quero insistir você ao menos nem vai na minha casa para não ter que ver como ele está. Se ver ele na rua nem vai reconhecer, está tão mudado.
— Não tenho interesse. Já vou!
Dou-lhe as costas passo no bar e pego uma garrafa de água.
Saio daquele lugar barulhento, olho pros lado e nada do uber.
Olho o celular.
Droga é muita falta de sorte acabou a bateria.
— Ótimo, era só o que me faltava.
Quando vou voltar para pedir o celular de Mia emprestado, um carro para na minha frente.
Abro a porta e entro.
Coloco o sinto.
— Sorte ter uma foto no meu perfil do aplicativo e você me reconheceu.
Quando ergo o olhar para o motorista, juro que quando chamei o uber não espera que fosse tão gostoso.
Paraliso quando vejo a luz do carro iluminar aquele anjo...
Estou fazendo uma memória fotográfica na minha cabeça agora:
Sua pele branca, aqueles olhos verdes ao mesmo tempo se parecia com um azul como águas cristalinas...
Só conheci uma pessoa qual tinha aquela mistura mística que me tirava o fôlego.
Não pira Luíza... Não permita que a lembrança de Francisco te assombre.
Minha consciência berrava.
Cabelos lisos, cheios na cor castanho, seus lábios torneados e rosados com um bigode...
Ridículo, confesso. Mais naquele rosto tudo parecia perfeito, sua estatura média, aquele homem não tinha exageros, feito na medida certa.
Sua pele junto com a minha formava um café com leite perfeito, a mistura deliciosa.
Não pira Luíza, você não vai t*****r com esse estranho.
Só por hoje. — Novamente minha mente berrava.
Sua bermuda preta, camisa polo branca definia seu corpo deliciosamente sexy, não deixo de notar suas mãos grandes.
Quando dizem que as mãos é grande, o p*u huu... Nem se fala.
— Moça tudo bem?
Me segura Jesus de Nazaré, ele sorriu!
Nossa Senhora dos sorrisos perfeitos, você estava inspirada nesse. Porque foi jogar essa no meu colo?
Aquele sorriso maroto...
Meu Deus, que uber!
Ops!
Quer dizer que homem.
~ ☆ ~