...
Realmente não sei o que tinha naquela bebida, aposto que foi aquela do líquido verde.
Estava deixando meu corpo quente, um calor queimando e chegando no meu ventre.
Merda.
Eu me senti irreconhecível.
— Está sim. – Respondi meio sem graça.
Estava fora de mim, no automático — para sair daquele desconforto — fui ligar o som.
Meu pulso apertado com firmeza e parando no meio do caminho.
— Apenas eu toco no som.
Senti junto com seu toque a eletricidade do meu corpo misturado com o frio na barriga. Afasto minha mão e voltando para minha pele desnuda.
— Ah sim, desculpa.
O motorista percebe meu rubor e olhar direcionado as suas coxas grossas.
Como todo macho-alfa, pegou umas das minhas mãos e colocou naquela região qual eu encarava.
— Pode tocar, sou inofensivo. Não mordo.
Morde o canto dos lábios e fita meus olhos.
— Nossa!
Fico dura como gelo e paralisada como uma estátua. Me senti frágil, aposto que se tivesse um buraco me jogava junto com minha vergonha.
Fechei os olhos quando o Uber movimentou minha mão subindo lentamente até seu volume. Mergulhou-me e fez com que eu sentisse o seu tamanho.
Isso não é normal... Isso parece loucura. Me faltava o ar.
— Uau! – Senti ele contrair quando ele mesmo se massageava com minha mão sobre sua bermuda.
— Muito grande para você?
Gargalhei de nervoso naquele momento e o motorista me olha estranho.
— Me desculpe a grosseria.
Dou meio sorriso e ele simplesmente preciona mais.
Eu não sei quem é mais cara de p*u: eu ou ele. Já deveria está na minha casa, deitada, capotada na minha cama. Ao invés disso estou aqui parada no mesmo lugar com o Uber!
Essa mistura do álcool, a falta de vergonha na cara, me faz perder o juízo que restou de mim. Mais esse homem aqui não está ajudando em nada.
— Não se desculpe, apenas relaxe.
Desce o seu olhar para minhas coxas finas e sorriu, solta da minha mão e leva a sua até a minha que está mais de fora do que deveria.
Após esse toque quente, dou um sobressalto voltando à minha realidade.
— Pode tirar sua mão daí, seu estranho.
— Talvez eu não seja tão estranho assim, afinal você também tocou em mim.
— Eu não, você se tocou com a minha mão.
— Tão teimosa, como sempre.
— O que?
— Eu quis dizer como todos às mulheres.
Ainda sem trava na língua Luíza?
Aff... Senhor só me faça chegar inteirinha em casa?
Finalmente o carro começa a movimentar, saímos do lugar de onde já deveria ter saído há muito tempo.
Seu telefone toca.
— Oie maninha.
...
— Não irei, tive um imprevisto.
...
— Não fique chateada, cadê seus amigos?
...
— Entendo. Pegue um uber.
...
— Tchau.
Desliga o celular e coloca no painel do carro. Continua sério intercalando seu olhar entre eu e a estrada.
O silêncio dentro do automóvel quase me deixa louca, olho e vejo o carro mudar o curso para outra direção.
— Moço minha casa é para o outro lado.
— Eu sei.
Foi por um caminho sinuoso e estreito.
Pronto, estou indo para a morte, burra! Luíza você é burra. Como irei chamar a polícia se a porcaria do meu celular desligou?
Conforme o carro foi andando fui reconhecendo o lugar, foi diminuindo a velocidade quando realmente vi aonde estávamos.
Griffith Park.
Foi nosso destino final.
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