Natal – 02

582 Words
... Realmente não sei o que tinha naquela bebida, aposto que foi aquela do líquido verde. Estava deixando meu corpo quente, um calor queimando e chegando no meu ventre. Merda. Eu me senti irreconhecível. — Está sim. – Respondi meio sem graça. Estava fora de mim, no automático — para sair daquele desconforto — fui ligar o som. Meu pulso apertado com firmeza e parando no meio do caminho. — Apenas eu toco no som. Senti junto com seu toque a eletricidade do meu corpo misturado com o frio na barriga. Afasto minha mão e voltando para minha pele desnuda. — Ah sim, desculpa. O motorista percebe meu rubor e olhar direcionado as suas coxas grossas. Como todo macho-alfa, pegou umas das minhas mãos e colocou naquela região qual eu encarava. — Pode tocar, sou inofensivo. Não mordo. Morde o canto dos lábios e fita meus olhos. — Nossa! Fico dura como gelo e paralisada como uma estátua. Me senti frágil, aposto que se tivesse um buraco me jogava junto com minha vergonha. Fechei os olhos quando o Uber movimentou minha mão subindo lentamente até seu volume. Mergulhou-me e fez com que eu sentisse o seu tamanho. Isso não é normal... Isso parece loucura. Me faltava o ar. — Uau! – Senti ele contrair quando ele mesmo se massageava com minha mão sobre sua bermuda. — Muito grande para você? Gargalhei de nervoso naquele momento e o motorista me olha estranho. — Me desculpe a grosseria. Dou meio sorriso e ele simplesmente preciona mais. Eu não sei quem é mais cara de p*u: eu ou ele. Já deveria está na minha casa, deitada, capotada na minha cama. Ao invés disso estou aqui parada no mesmo lugar com o Uber! Essa mistura do álcool, a falta de vergonha na cara, me faz perder o juízo que restou de mim. Mais esse homem aqui não está ajudando em nada. — Não se desculpe, apenas relaxe. Desce o seu olhar para minhas coxas finas e sorriu, solta da minha mão e leva a sua até a minha que está mais de fora do que deveria. Após esse toque quente, dou um sobressalto voltando à minha realidade. — Pode tirar sua mão daí, seu estranho. — Talvez eu não seja tão estranho assim, afinal você também tocou em mim. — Eu não, você se tocou com a minha mão. — Tão teimosa, como sempre. — O que? — Eu quis dizer como todos às mulheres. Ainda sem trava na língua Luíza? Aff... Senhor só me faça chegar inteirinha em casa? Finalmente o carro começa a movimentar, saímos do lugar de onde já deveria ter saído há muito tempo. Seu telefone toca. — Oie maninha. ... — Não irei, tive um imprevisto. ... — Não fique chateada, cadê seus amigos? ... — Entendo. Pegue um uber. ... — Tchau. Desliga o celular e coloca no painel do carro. Continua sério intercalando seu olhar entre eu e a estrada. O silêncio dentro do automóvel quase me deixa louca, olho e vejo o carro mudar o curso para outra direção. — Moço minha casa é para o outro lado. — Eu sei. Foi por um caminho sinuoso e estreito. Pronto, estou indo para a morte, burra! Luíza você é burra. Como irei chamar a polícia se a porcaria do meu celular desligou? Conforme o carro foi andando fui reconhecendo o lugar, foi diminuindo a velocidade quando realmente vi aonde estávamos. Griffith Park. Foi nosso destino final. ~ ☆ ~
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD