Cap 03 – A iniciação da princesa Parte 01

1058 Words
– Kyūbi, ela é da família principal. Ela precisa ser marcada para que todos no mundo inteiro possam protegê-la. – disse Daiki. – Eu posso protegê-la sem ela precisar passar por isso. – disse o loiro irritado. – Depois você fala que essa sua obsessão pela princesa é normal. – respondeu Daiki. – Não é obsessão, é cuidado. – Tudo bem, não vou mais dizer nada. Mas se por acaso Hinata for embora do Japão para outro continente. Como será protegida pela Yakuza se não for marcada? Kyūbi se calou. A porta foi aberta e por ela entrou Kazuya. O loiro olhou para seu Sensei e se curvou diante dele dizendo: – Sensei. – Kyūbi, Daiki e Satoshi, venham comigo. Os três acompanharam Kazuya sem contestar nada. Kyūbi sabia, pela fisionomia de seu sensei, que algo muito sério havia acontecido. ✲ ✲ ✲ Tokyo Omotesando, Japão Casa da Família Principal Sala de reuniões [ 17:00 p.m] Toshiro aguardava Kazuya e os vingadores da Yakuza. Assim foram intituladas pelo grupo. Ao seu lado, seu filho Yoshiro estava ainda relutante. Não gostava do loiro, não sabia porque não conseguia confiar no rapaz. Toshiro olhou para o filho, cruzou os braços e perguntou: – O que você tem contra esse garoto? – Ele é estrangeiro. — respondeu o mais novo encarando o pai. — O que leva o senhor a crer que ele não seja o traidor? – Se seu tio confiava nele, e Kazuya confia, eu também confio. – disse Toshiro sorrindo ladino. Sabia que no fundo, o filho tinha ciúmes do loiro. Kyūbi era respeitado e temido não só pela Yakuza, mas por todas as organizações criminosas do mundo. Inclusive, tinha o respeito e admiração da tríade chinesa, principal inimiga da Yakuza. Diziam as boas línguas, que os chineses não entravam em conflito com a Yakuza, porque temiam O Kyuubi. A porta foi aberta e por ela entram Kazuya, Kyūbi , Daiki e Satoshi . O loiro assim que fica diante do seu Oyabun, assim como os seus homens, se ajoelham diante do seu líder e aguardam o que será dito. Toshiro sorri. – Podem se levantar. – disse o líder. – Kyūbi , sei que meu irmão antes de morrer, pediu que você se tornasse protetor de minha sobrinha. O loiro apenas ouvia tudo atentamente. – Gostaria de saber, até onde é capaz de ir para proteger a sua princesa? – Até o inferno. – disse o loiro com convicção. Toshiro sorriu e respondeu: – Ótimo. Recebi uma carta ameaçando a Hinata. — Kyūbi fechou a cara e cerrou o punho. – Preciso retirar Hinata de Tokio. Vou mandá-la para a América. Lá, tenho membros de confiança que cuidarão dela. Pelo menos, até ter a certeza que exterminarei com todos os traidores que existem dentro da nossa organização. Não conseguirei fazer isso, sabendo que ela poderá estar em risco. Quero saber se está disposto a ir com sua equipe para a América para protegê-la. – Somos membros da Yakuza. E o que nos for delegado, cumpriremos com honra. – disse o loiro. Toshiro sorriu e disse: – Se preparem. Hoje será a iniciação dela na máfia. Vá na frente, organize tudo por lá. Garanta que a sua chegada e instalação na américa seja segura. Confio a vida da minha sobrinha nas mãos do meu melhor homem e da sua equipe. Kyūbi, Daiki e Satoshi se curvaram novamente e saíram da sala. Yoshiro olhou para o pai e suspirou fundo dizendo: – Espero que tenha razão. – Eu nunca me engano. Converse com ela, prepare-a para a noite. ✲ ✲ ✲ Hinata estava treinando com suas Katanas com sua Sensei Mikoto. Apesar de Toshiro deixar Hinata afastada das coisas que diziam respeito a Yakuza, a segurança e o treinamento da princesa, eram de fundamental importância e ele não abria mão disso. As espadas se chocavam. Mikoto estava cada vez mais surpresa com sua pupila, que escondia uma verdadeira guerreira por trás de um olhar angelical é um jeito doce. – Está cada vez melhor minha Hime. – Por favor, sensei, você não. – Mas… – Não… você é, e sempre será como uma mãe para mim. — Mikoto marejou os olhos. Hinata se aproximou de sua sensei e a abraçou com ternura. A porta do dojo foi aberta e por ela passou Yoshiro. Hinata ao ver o primo, saiu correndo ao seu encontro, se jogando em seus braços: – Yoshiro-nee san… – Hina… – falou corando. Hinata quebrava todas as regras. Não era permitido exprimir sentimentos, mas Hinata era espontânea e essa era a única regra que a morena quebrava. – Bobagem nee-san. Mas o que meu priminho veio fazer aqui? Por acaso veio me desafiar num duelo de katanas? – falou Hinata pegando sua Katana e apontando para o primo. Yoshiro sorriu e disse: – Precisamos conversar… Hinata por um momento ficou tensa. Pela fisionomia de Yoshiro, era algo sério. Se despediu de sua sensei e foi até o seu quarto com o primo. Entrando no seu quarto. Sentou na cama e fez sinal para que Yoshiro fizesse o mesmo e perguntou: – O que houve? – Hina… qual é o seu maior sonho atualmente? Hinata ficou confusa com a pergunta. – O que você tem pedido a muito tempo a mim e ao meu pai? – Estudar na América. – falou insegura. – Pois bem. Estamos dispostos a te dar essa liberdade provisória. Fazer com que você aprenda a viver pelas suas próprias pernas. Hinata sorriu largo. Os olhos brilharam com a possibilidade de morar com suas amigas na América. Viver longe de toda essa loucura de máfia, sem ter sempre sombras a cercando. Mas Hinata não era boba. Sabia que tinha algo acontecendo por trás dessa decisão. Olhou para o primo, cruzou os braços e perguntou: – Porque isso agora, tão de repente? Yoshiro suspirou fundo. Não poderia mentir para a prima. – A única coisa que você precisa saber, é que é para o seu próprio bem. – Hinata apenas concordou com a cabeça. — Mas… existe uma condição. – Qual? – Você precisa fazer a iniciação. — Hinata sentiu um frio percorrer pela espinha. Sabia o peso que era ser marcada como m****o da Yakuza, principalmente como herdeira. — Precisamos marcá-la como herdeira. Assim, nossos aliados na América poderão protegê-la.
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