DEZ ANOS DEPOIS.
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Omotesando, Japão
Casa da Família Principal
Sala de Reuniões
[10:00 p.m]
Passaram-se dez anos. Parecia de fato que a Koba tinha sido exterminada com a morte de Koda Saito, o seu líder na época. Toshiro comandava a Yakuza e assim como o seu irmão, era respeitado por todo o japão e pelas principais organizações criminosas do mundo. O fato de Toshiro ter crescido no Ocidente, fez com que seus acordos internacionais com os Italianos, os colombianos e os russos, se mantivessem mútuos e benéfícos para ambos os lados. Os únicos que ainda não aceitavam as condições impostas pela Yakuza, era a tríade chinesa. Tudo isso, por que não aceitavam o fato da Yakuza não comercializar suas mulheres e não se envolverem com p*******a infantil. Uma das leis que Toshiro mantinha do irmão, era o fato de não compartilhar mulheres. Por mais que o novo Oyabun não fosse mais casado, ele abominava tal ato, assim como Hiroshi. As mulheres apesar de não ter voz e importância dentro da organização, eram respeitadas.
Toshiro estava na sua sala, revendo uns documentos que tinha recebido. Quando de repente, no meio destes uma carta. Quando aberta, ele se surpreendeu com o que estava escrito:
“Meu silêncio, não quer dizer que esqueci a minha promessa. Jurei dar fim a linhagem do Oyabun Hiroshi Muramaki, e assim farei. Se prepare Oyabun, para mais uma cerimónia fúnebre.”
Toshiro sente todo o seu corpo estremecer. Então a Koba por algum motivo ficou silenciosa, mas agora, estava de volta e ameaçava sua sobrinha. Toshiro se levantou irritado da cadeira e esbravejou:
– MALDIÇÃO!
Yoshiro, que acabava de chegar de um treinamento, entrou na sala de seu pai e o viu irritado. Se aproximou se curvando diante de seu líder e se pronunciou:
– O que houve ,meu pai? Toshiro olhou para o filho e nada falou. Apenas ordenou:
– Vá atrás de Kazuya. Diga que quero lhe falar com urgência.
Yoshiro saiu da sala correndo e foi até o encontro de seu sensei. Kazuya estava lutando no dojo, num treino com seu amigo e rival Ryo.
– Eu já disse, Kazuya, que sou melhor do que você. – dizia o moreno sorrindo largo. Kazuya gargalhou e se manteve em posição de luta, partindo para cima de seu adversário e o derrubando em fração de segundos. – Ei seu puto, você trapaceou. – disse Ryo se levantando do chão. Kazuya gargalha alto e olha para a porta vendo Yoshiro com um semblante preocupado.
– O que houve, Yoshiro-san?
– O Oyabun deseja vê-lo. Imediatamente.
Kazuya cumprimenta seu amigo e o dojo ,saindo junto com Yoshiro de encontro ao seu líder.
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Toshiro nesse exato momento, estava diante da fotografia do seu irmão. Numa promessa muda, ele disse a si mesmo: – Não se preocupe, meu irmão protegerei a princesa com a minha vida. – A porta foi aberta e por ela entram Kazuya e Yoshiro. Os olhares se cruzam e Kazuya, percebe que pelo o olhar de seu Oyabun, algo muito sério tinha acabado de acontecer. Yoshiro faz menção de sair da sala, mas é impedido por seu pai, que diz:
– Fique. O que eu falarei tem relação direta com você também. Yoshiro e Kazuya se ajoelharam diante do seu líder, que se aproximou deles e começou a falar: – Kazuya, recebi uma carta ameaçando a vida de Hinata. — Yoshiro arregalou os olhos e se exaltou falando:
– COMO?
– O que dizia a carta mestre?
– Que o legado do meu irmão, iria ser extinto. Acredito que a Koda está por trás de tudo.
– A Koda? Mas Hayato não matou o seu líder principal? – indagou Yoshiro.
– Acredito que temos um traidor dentro da Yakuza. – disse Kazuya sério. Tanto Yoshiro quanto Toshiro olharam para Kazuya, que continuou: – Hiroshi me procurou antes do atentado e me pediu para que se algo acontecesse com eles, eu colocasse Kyūbi como protetor da princesa.
– A Kyūbi ? – disse Yoshiro fazendo careta. – Não gosto daquele cara.
– Eu sou capaz de confiar a minha vida a ele e seus homens. Assim como Hiroshi confiaria. – disse Kazuya.
– Eu também confio nele. O que sugere Kazuya? — disse o Oyabun
– Hinata tem amigos na américa. Já levantei a vida das duas. São boas garotas, inofensivas. Hinata uma vez internalizou que tinha vontade de terminar os estudos na América. Então, poderíamos enviá-la para lá, junto com Kyūbi e sua equipe, na surdina. — disse Kazuya
– Pai, mandar a Hina para outro continente, não garantirá sua proteção. Temos inimigos no mundo inteiro. Não acho que…
– Deveremos fazer a iniciação de Hinata e garantir que ela seja protegida pelos nossos aliados. Na América, temos Akane, ela poderá ficar responsável por Hinata.
– Pai, você está querendo marcar a Hinata? Isso é um absurdo! – disse Yoshiro.
– Se contenha Yoshiro. Pare de agir pela emoção. Temos que pensar no que é melhor para a sua prima e a organização. Neste caso, Kyūbi, é o que temos de melhor. Quanto a iniciação, converse com ela e deixe ela ciente de toda a verdade. Mas… Toshiro olhou para Kazuya e continuou: – Ela não deverá saber sobre Kyūbi. — Nem ninguém. Para todos os efeitos, Kabukicho ficará sob seus cuidados e Kyūbi será enviado para uma missão, a meu pedido.
– Sim mestre. Considere-se feito! — respondeu Kazuya.
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Tokyo, Japão
Kabukicho,Shinjuku
Sede de Kabukicho
[ 14:40 p.m]
– Kyūbi , você protege a princesa e não percebeu a mulher maravilhosa que ela se tornou. Com todo respeito. – disse o Daiki sorrindo. Adorava irritar o amigo.
– Cala a boca seu puto, mais respeito com a nossa princesa. – disse Kyūbi irritado.
– Não quero defender o Daiki, Kyūbi , mas a princesa se tornou uma bela mulher. O homem que tiver a sorte de conhecer os seus lençóis será o homem mais feliz do mundo. – disse Satoshi fumando o seu cigarro.
– Vocês estão ouvindo o que estão falando? A Hinata é apenas uma garota, seus pervertidos. – retrucou o loiro revoltado.
– Kyūbi , a imagem que você tem da Hinata, é de uma garotinha de oito anos. Hinata não é mais garota, ela é uma linda mulher de dezoito anos. Inclusive, hoje será a sua iniciação. O loiro arregalou os olhos e perguntou:
– Vão fazer a sua iniciação? Mas.. realmente é preciso?