Capítulo 6

1035 Words
Joice Mesmo sabendo que o Salvador iria se casar com outra, me arrumei toda de matar um na rua com a minha beleza. Consegui levá-lo para os meus braços uma vez, pegando ele desprevenido e super carente. Facilmente caiu de amores por mim, e na maneira mais ardente rolamos naquela mesa do seu escritório. Todos os dias que se seguiram depois disso, bastava olhar para aquele local, que tudo vinha a tona; tenso, pungente. O medo de aparecer algum funcionário, o CEO é muito perfeccionista, dado a ordem e a decência. Por isso trazê-lo para o meu lado, combinava para os meus futuros planos. Todavia, quando já tinha acabado de redigir o documento, ligou para alterar, e essa mudança não foi uma exigência da futura noiva, claro. Dependendo da sarjeta que ele a achou, nem devia saber ler ou escrever, muito menos entender sobre documentação. Mas aquela capetinha... teve que se intrometer nos negócios do pai. Pois bem, irei levar a papelada, mas... haverá uma cláusula pequenina... AHAHAH! Salvador e a vagabunda nem vão notar. Agradeça a minha vingancinha por ter sido tão ridículo comigo, grande empresário. Chegando lá fui bem recebida por ele, mostrando sua educação de berço, puxou a cadeira. — Obrigada, Salvador. — Iremos jantar primeiro, depois vamos aos negócios. — Tudo bem. — Estiquei o pescoço. Procurando a tal desajeitada. — Celinha está ajudando a Adriana na escolha do vestido. Sorrindo de lado abriu o terno para se sentar no seu lugar de destaque na mesa. — Hum... se precisa da sua pirralha para vestimenta, deve ser uma verdadeira bobalhona. — Quem seria uma boba? A moça se apresentou sorrateiramente, feito uma cobrinha rastejante. — Adriana... Murmurou ele em puro deleite ao olha-la dos pés a cabeça. A garota parecia a própria Barbie Malibu. Toda de pink. — Salvador odeia cor rosa. — Puxei um sorriso cáustico na direção dela. Todavia, resolveu me ignorar e foi se sentar bem pertinho do meu homem. Até pegou na mão dele sobre a mesa. E me olhou vitoriosamente, como se tivesse fisgado o cara do ano. De fato, ele é. — Deve ser a tal advogada da qual esqueci o nome. — Ele não é tão simples quanto o seu, Adriana. Agora me diga. Arrumei o guardanapo, vendo que isso a atrapalhava. Então seguiu o seu futuro noivo, fazendo-o ter a sua atenção somente pra si. — Obrigado lindinho... — Alisou a face dele. Toda provocante, exibindo sorrisos. — Pode me dar outras aulinhas... — Salvador é um homem muito ocupado pra ficar ensinando boas maneiras a mulheres vulgares de beira de estrada. Ela me olhou de uma forma que podia me atravessar ao meio. — Acha que pode me atingir porque pensa que sabe da onde eu vim. Se apoio no ombro do Salvador, como se fosse um dos clientes dela. — Mas nada vindo da classe média pode me atingir. Dei risadinha, chamando-a de cretina em forma de sussurro. Jantamos em paz, pois a diabinha foi dormir cedo. Salvador — Obrigado por ter feito o que lhe pedi em tempo recorde. Vou passar a noite no escritório lendo. Desfolhei. — Tem todas as clausulas que lhe pedi? — Sim, e alguns acréscimos. Sorriu feito uma diaba. — Algo que te favoreça? Não consegue deixar de pensar em você mesma nem por um instante, Joice? Procurei olhar feito um louco, mas ela me pegou desprevenido e me puxou para a sua boca faminta. Não retribui o beijo, apenas fiquei parado, estático. Desistindo deu um lambida no final, ao se afastar limpei com as costas da mão. — Ahhh... Salvador. Pare com isso. Arrumou o cabelo curto na nuca. — Um beijinho entre amigos, normal isso ocorrer. — O quê você fez no documento? — Olha... eu podia ter ficado calada. — Pegou a bolsa carteira, exalando aquele ar de predadora. — Mas que graça tem deixá-lo sem saber que mesmo se casando com outra terá a mim por perto. — O casamento é infinito! Gritei levantando a pilha de papéis. — Até ela dizer chega! Que não aguenta mais! Esbravejou meio magoada. — Que merda... Então a Adriana pode ter o direito de se divorciar a qualquer custo? — Pare de ser abestalhado. Nenhuma assinatura é cem por cento vitalícia, sempre existe as beiradas, lacunas. A mulher e você, se quiser romper... — Eu nunca vou querer me separar! Pelo bem da minha filha. Fez muxoxo. — Tanto amor assim por essa garotinha vai te fazer ser um o****o pelo resto da vida. Salvador. Freia esse sentimento. — Muito fria para entender, talvez quando tiver seus próprios filhos... — Nunca! — Sua postura mudou drasticamente. — Não tenho esse desejo, por isso te digo para se policiar. Agora a respeito disso, vai ficar nas mãos daquela coisinha insignificante que você achou na rua. Que foi? Voltou a sorrir. — Não fica assim, talvez ela aguente você ter uma amante por perto. Saber dividir deve ser um dom de p**a. Piscou o olho antes de sair. Sentei, putasso, passando os olhos na papelada. Sedento por saber nas entrelinhas o que essa advogada folgada fez. Adriana Passei pela porta do escritório do dono da casa, a tempo de vê-la saindo com o batom borrado. Aquilo me embrulhou o estômago. — Sabe... até que você causa presença, menina. — Disse-me ao limpar o canto da boca. Limpando o fraga que ela não fazia questão de esconder, pelo ao contrário, exibia orgulhosamente. Como um troféu. — Sabe a diferença entre a minha pessoa e a sua? — Ah! — Colocou as mãos na cintura com ousadia. — Entre nos duas, existe uma drástica diferença. — Discordo madame. Imitei-a, aproximando-me daquela mulher vulgar. — Eu vendia o corpo por alguns trocados, mas os homens queriam estar na cama comigo. — Peitei ela. — Me desejavam. Agora, tá na lata que o empresário não quer você, mesmo que rasteje aos pés dele, ou se vista de p*****a na frente do Salvador. Tua parada invejosa não vai me segurar. Passei o dedinho no queixo dela ao passar por ela, deixando-a p**a. — Vamos ver quem vai arregar sua c****a de rua! Ignorei a classuda, para saber do meu futuro marido.
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