Cap 3

567 Words
Perdi até a força do corpo olhando praquele gigante, em cima da cama, ela tinha ficado até pequena para acomodar o homem com cara de morte, minha alma foi pro além e só voltou na hora que senti a mão do tal sub segurar os meus braços moles para impedir que eu me estatalasse no chão - Firme guria - Meu Deus do céu, o que está acontecendo? Por que esse cara não está em um hospital? Vocês não estão vendo que ele precisa de ajuda não? - Tamo, tamo sim e foi por isso que a gente ti trouxe, tu vai dá um jeito de traze ele volta pra vida Dessa vez não teve tempo, minha alma não conseguiu voltar a tempo e eu me esborrachei no chão de tanto desespero, só abri de novo os olhos quando senti a água gelada sendo jogada na minha cara - Pelo amor hein, vocês não tem noção não, era só dar uma chacoalhada que eu acordava cacete - Pelo visto acordou super bem né, agora agiliza - Agiliza o quê moço, eu não sei como ajudar não, sou estudante entendeu, ESTUDANTE - Primeiro, abaixa a p***a do tom, segundo, ti vira, se num der jeito, vô ter que cava duas vala Não tinha nem mais saliva para eu passar pela garganta e naquele momento a única coisa que eu conseguia pensar é que minha mãe ia ter que se preocupar em fazer um velório para a minha pessoa ser lembrada - Simbóra, se adianta - Mas eu nem sei por onde começar - Que tal chegar perto dele e da uma analisada hã Forcei meus pés se colocarem um na frente do outro e cheguei perto do homem. Ele tinha várias cicatrizes que identifiquei como tiros e muitas tatuagens tentando esconder os buracos. Ele estava respirando com dificuldade e suando muito, os curativos estavam com encharcados de sangue, o que me mostrava que precisavam ser trocados Me atrevi a encostar minha mão trêmula na borda de um curativo que estava bem a vista no seu ombro e tirei a gaze com rapidez, ele se remexeu na cama na mesma hora que meus olhos se esbugalharam só de imaginar aquele monstro levantando Na hora que bati o olho no ferimento, me desesperei, tinha até carne morta ali, dava para ver o porquê ele estava no delírio, tudo tinha que ser refeito. Pra minha sorte era só uma coisa superficial, mas mesmo assim eu não tinha experiência com aquilo, eu só era uma estudante e odiava quando tinha que participar de instrumentação e de cirurgia junto com o médico - Isso aqui tem que ser limpo, vocês não podem fazer curativos e deixar aí sem previsão de tirada - Fica a vontade ae - Eu? - Tá vendo mais alguém aqui com cara de enfermeiro, vai ti fude carai, passa a fita logo - Grosso - Grosso é meu p*u, se adiante - É que eu preciso de algumas coisas para fazer os curativos, você pode ir buscar? - Eu naum que num tô a fim de faze serviço de delivery, mas o menor vai, passa as coisa pra ele Depois de ter passado uma lista do tamanho do mundo, fiquei esperando sentada na madeira do sofá e pensando o que eu tinha feito pra Deus pra ter que passar por essa situação “Tem como estar menos ferrada?”
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