Capítulo 3
LORENA NARRANDO
Eu fico olhando para ele que me olha de cima a baixo, ele deve ter no máximo uns 20 anos, é bonito, porém ele exala maldade.
XXX – Qual seu nome?
Lorena – Lorena . - Falo com receio.
XXX – Você está com medo de mim Lorena? Vamos começar de novo tá bom.
XXX - Oi
Lorena - Oi
XXX - Como você é bonita.
Lorena - Moço eu estou aqui para trabalhar, por favor me deixe em paz.
XXX - Quer beber algo comigo?
Lorena - Não.
XXX - Só um pouquinho?
Lorena – Eu não bebo, agora com licença, eu estou trabalhando.
XXX – Eu não lembro de ter falado que você poderia sair.
Lorena – Por favor me deixa apenas fazer o meu trabalho.
XXX – Vamos nos conhecer melhor primeiro.
Lorena – Não me leve a mäl, mas eu não quero te conhecer melhor, eu só quero terminar o meu trabalho e ir embora.
Ele aperta o meu braço com mais força e quando eu vou gritar eu escuto uma voz.
Margarete – O que está acontecendo aqui?
Nessa hora ele solta o meu braço rapidamente.
Margarete – Responde Tomas, o que está acontecendo aqui?
Tomas – Nada mãe, para de ser chata! Hoje é festa.
Margarete – E você garota o que está fazendo perto do meu filho!
Tomas – Se oferecendo pra mim né mãe, como todos fazem!
Margarete – Nem se atreva garota! Sai daqui agora mesmo!
Eu até pensei em falar que ele estava mentindo, mas até parece que ela ia deixar de acreditar nele para acreditar em mim né. Então eu me retiro da cozinha sem falar nada.
XXX – Ele fez algo com você?
Uma das empregadas me pergunta.
Lorena – Não , mas acho que ia.
Ela me olha com dó, e fala baixinho.
XXX – Fique longe dele, aquele garoto é o diabö em pessoa! E a mãe dele acoberta todos os erros dele.
Lorena – Ele faz mäl as pessoas?
Quando ela vai me falar a governanta chega e fala.
XXX – Acho bom vocês pararem de conversar e irem servir os convidados que já estão reclamando e a dona Margarete não vai gostar nem um pouco de ouvi reclamações da festa dela.
Lorena – Perdão senhora.
Eu falo já saindo, e quando vou chegando no salão, eu percebo que estou sem a minha bandeja, mas que cabeça a minha. Eu volto para pegar mas eu escuto a governanta conversando com a empregada que estava falando comigo e algo que ela fala me chama atenção.
XXX – Não se intrometa no que não é da sua conta!
XXX – Mas ela é apenas uma menina.
XXX – Ele já escolheu ela, não adianta se intrometer, você vai acabar perdendo o seu emprego e você sabe que precisa dele, então boca calada!
A empregada abaixa a cabeça e sai, mas do que será que elas estavam falando, quem escolheu quem? Eu fico tentando entender o que elas estavam falando e eu não sei porque essa conversa me chamou tanta atenção assim, eu me aproximo da governanta e falo.
Lorena – Com licença, eu esqueci minha bandeja aqui, perdão.
XXX – Ok.
Ela fala e sai de perto de mim, eu volto a servir os convidados e percebo os olhares do tal Tomas em mim, mas como eu preciso do dinheiro ignoro ele e continuo trabalhando servindo as bebidas. E depois de servir muitos convidados, finalmente deu o horário de receber e ir embora. Todos que trabalharam vão para a cozinha e fazemos uma fila e a governanta vai pagando um por um, quando chega a minha vez ela me paga e eu vou até o banheiro tirar o uniforme, eu faço tudo rapidamente, e vou embora saindo da mansão, eu vou para o ponto de ônibus e fico esperando o ônibus passar, quando depois de uns 20 minutos, um carro para no ponto e abaixa o vidro. E quando eu vejo quem é eu sinto vontade de sair correndo.
Tomas – Entra no carro.
Lorena – Senhor eu tenho hora para chegar no orfanato, me deixe em paz por favor.
Tomas – A diretora já está avisada que está tarde e você não volta hoje, agora entra na porrä do carro agora mesmo!
Lorena – Eu não irei entrar!
Ele levanta o vidro e eu respiro aliviada provavelmente ele entendeu que não vou a lugar nenhum com ele e vai embora.
Eu até pensei isso mas eu estava profundamente enganada, porque ele abre a porta do motorista e vem até aonde eu estou e me joga dentro do carro com força.
Lorena – Porque você está fazendo isso comigo? Eu nunca te fiz nada!
Tomas – Cala a boca! Se você abrir a boca novamente sem eu mandar eu te mato e pode ter certeza que ninguém vai sentir falta de uma órfã!
Eu começo a chorar baixinho e com muito medo, eu nunca fiz mäl para ninguém porque ele está fazendo isso comigo. Ele começa a acelerar o carro e para na frente de algum lugar que eu não conheço muito bem, mas acredito que seja algum morro. Ele abaixa o vidro e eu vejo um homem armado com um fuzil.
Vapor – O que manda .
Tomas – Duas branquinha .
Vapor – O Morte não quer tu por aqui . Falou que só trás problemas, melhor eu obedecer . E acho bom tu não testar o patrão porque depois da perca que ele teve, ele não tem mais nem um pingo de paciência .
Tomas – Só me dá a porrä que eu pedir e já era !
Ele assenti com a cabeça entrega alguma coisa para o Tomas que logo fecha o vidro e sai de lá , ele começa a correr e eu não falo nada até que chegamos em uma garagem de apartamento e ele sai me arrastando de dentro do carro e me leva até um elevador , ele coloca 10° andar e quando a porta se abre , ele sai me puxando até uma porta de madeira e abre ela me empurrando para entrar e me jogando no chão . Ele fecha a porta e passa por mim sem nem se quer me ajudar a levantar , eu fico olhando pra ele que senta no sofá e despeja um póo branco na mesinha de centro e cheira ele , eu fico horrorizada e quando ele termina , ele olha pra mim com um olhar sombrio e fala .
Tomas – Agora você vai ser minha !