CAPÍTULO 02

1830 Words
CAPÍTULO 02 JÚLIA LAVISCK Leio atentamente a proposta de uma empresa farmacêutica para nos ter como acionista, mas á algumas coisas neste documento que não seria viável para nós, essa empresa está metida em alguns escândalos, não nos arruinaria, mas poderia ferir um pouco a imagem da nossa empresa. — Sr. Garcia, sabe que nesta proposta a coisas que não aceitaria de forma alguma.— ele abre um sorriso presunçoso e olha para seu advogado com um olhar cúmplice. Já vi que estão tentando me enganar. — Olha, Srta Lavisck, a proposta está em termos legais e pode ver que na maioria das cláusulas, beneficiam vocês. — Aqui diz que se caso acontecer algum problema legal, quem respondera será a minha empresa por ter a maioria das ações.— digo friamente. — Bom, esse é o certo não?— novamente ele olha para seu advogado. — Stra. Lavisck, é o ideal já que sua empresa vai ser sócia marjoritária, eu mesmo cuidei para que a proposta fosse boa para ambas as partes, mas vamos lembrar que meu cliente só está vendendo parte dessas ações, mas vai continuar como presidente, isso, já foi conversado com seu pai, é uma forma de dar uma, "alavancada na farmacêutica Garcia. — Quando abro a boca para falar, a porta do meu escritório é aberta e o gostosão do Dominic entra. Detesto admitir isso, mas mesmo parecendo incompetente, ele é um deus grego. Ele está maravilhoso de terno e gravata, mas mesmo assim, suas tatuagens são bem evidentes, o que aguça ainda mais a minha curiosidade em saber até onde elas vão. Faz dois dias que assumimos como presidente e vice na empresa do meu pai e essa é a primeira vez que converso com uma empresa que quer nos vender ações, acho que por isso, esses imbecis acham que não estou percebendo a merda que querem jogar para mim, Mas desde dos meus quinze anos venho me preparando para isso, não só estudando e me formando cedo, mas lendo sobre mercados de ações e investimentos, tudo para ser igual ou ainda melhor que meu pai. — Sr. Garcia, esse é Dominic Nolan King, vice-presidente da império Lavisck.— Dominic os cumprimenta e logo se aproxima ficando do meu lado. — Sr. King, é um prazer conhece-lo, já ouvi falar muito sobre seus investimentos na bolsa, é implacável.— murmura o advogado que nem me recordo o nome. — Obrigado, vejo que está prestes a fechar um negócio importante. — Bom, acho que sim, mas a presidente parece um pouco insegura.— não deixo de perceber o tom de provocação de Garcia. — Posso ver?— Dominic aponta para os papéis da proposta e eu entrego. — Sr. Garcia, não sou insegura, sou inteligente o suficiente para saber que essa proposta pode me prejudicar já que sua empresa esta metida em alguns escândalos.— murmuro. Ele ri. — Sabe, acho que seu pai cometeu um erro, colocar um mulher para assumir uma responsabilidade tão grande, pode ser r**m para os negócios.— respiro fundo para conter a minha fúria diante do seu comentário machista e i*****l. — Não vamos comprar nada de vocês, acham que sou i****a e não vi falhas nessa merda de proposta? Espero que afunde junto com essa empresa.— Garcia me lança um olhar odioso e se levanta. — Sr. King, o que acha? O senhor como parte dessa empresa tem o direito de opinar.— Não acredito nisso. — Ela está certa, essa proposta não é adequada para nós, e não, não vamos comprar mais suas ações.— Dominic os olha seriamente e eu abro um sorriso triunfal. — Tem dez segundos para sair da minha frente.— digo alto e friamente. — Ter um sobrenome poderoso não faz de você a melhor, Júlia.— dou um soco tão forte na mesa que Garcia e o advogado dele se assustam. — Se não sair daqui agora, eu mesma vou me encarregar de por vocês no olho da rua, e suas palavras não me abalam, pois não sou eu que estou precisando de ajuda por ser um mimado burro que não soube cuidar de uma empresa passada por gerações e sim você, seu babaca de merda. — Escuta aqui, sua...— ele tenta se aproximar, mas Dominic se coloca na frente. — Se tocar nela, vou te socar tanto, que vai ficar cego e sem os dentes.— Garcia recua junto com seu advogado, e imagino que ele pensou na merda que iria se meter, Dominic é bem alto e musculoso, cara fechada e tatuado, geralmente homens assim assustam, mas não eu. — Isso não vai ficar assim.— ele pega sua pasta e sai puto da vida seguido de seu advogado i****a que ainda não sei e não quero saber o nome. Me jogo na minha cadeira sentindo essa merda toda em cima de mim, essa é a primeira vez de muitas que isso vai acontecer. — Você está bem? — Pergunta ele, se abaixando perto de mim. — Sim, só as vezes tenho vontade de mandar esse tipo de pessoa se foder.— ele ri. Até a risada do maldito é bonita. — Vai ficar tudo bem, infelizmente essa não vai ser a primeira vez, mas saiba que sempre que precisar, vou está aqui.— Dominic coloca sua mão em cima da minha que repousava em cima da minha coxa. Por alguns segundos olho em seus olhos fixamente e quando ele sorri, sinto como se ele pudesse ver muito mais do que eu quero, tiro minhas mãos de seu toque. — Obrigada, agora pode sair.— endireito minha cadeira na minha mesa e tento não olhar para ele. — Eu na verdade tinha vindo aqui para te convidar para um evento muito importante de investidores na bolsa em um Navio atracado no porto de Seattle. Geralmente eu sempre vou sozinho em lugares assim, mas acho que seria uma boa oportunidade para conhecer novos sócios.— diz caminhando em direção a porta. — A gente m*l se conhece e você pode levar sua secretária.— murmuro olhando para a tela do computador. — Bom, como eu disse, é uma oportunidade para conhecer novos sócios para a empresa e também nos conhecermos, afinal, comandamos uma das maiores empresa do país e m*l nos conhecemos.— levanto meu rosto para poder olha-lo, ele me encara sério e proximo a porta. — Tenho que ver se não tenho nenhum compromisso, quando vai ser? — Vai ser no sábado a noite, as sete em ponto.— retiro os óculos do meu rosto e murmuro com desdém. — Vou ver, e te aviso, agora se me der licença.— aponto para a porta. Ele parece querer dizer mais alguma coisa, mas desiste e sai da minha sala. Solto uma respiração pesada e agora posso relaxar em minha cadeira. Dominic não me intimida apesar da postura séria que tem que deixam alguns dos funcionários com um certo receio. A única coisa que ele me causa é um pouco de desconcertamento já que ele me olha de um jeito bem diferente dos demais, o mais interessante nisso tudo é que ele não perguntou nada sobre a noite em que ele me viu perto do clube, mas mesmo se perguntasse, eu não ia dar nenhuma explicação, mas algo também nessa história me intriga, o que Dominic estava fazendo ali? Provavelmente deve ser um frequentador, algo estranho já que nunca o vi ali, talvez seja do casino, quase não fico lá com medo de ser reconhecida já que la, eu não poderia usar uma máscara. Ah, é melhor eu continuar meu trabalho, é o melhor que faço. **** Com o notebook em cima da mesa, continuo o trabalho para amanhã, quando Estela, entra na cozinha e bufa com a cena. — Sabe menina, sua mãe previu isso, por isso eu vou fazer isso, por ela.— ela se aproxima e puxa meu notebook, eu a olho furiosa. — Ei, eu preciso trabalhar! — Você já fez isso na empresa, não tem necessidade de trabalhar em casa também, Júlia.— ela caminha para o fogão e ve que não comi o que ela fez.— Sinceramente, não sei porque cozinho, eu fiz sua comida favorita e nem tocou em nada. Estela trabalhava na casa dos meus pais e decidiu vir comigo quando me mudei aos dezoito anos da casa dos meus pais. Ela, com a ajuda de Edna, organizão meu apartamento achei exagero ser tão grande, quatro suites, sala de jantar, um escritório, cozinha enorme, academia dois banheiros sala de estar com uma tv enorme que quase não uso. O ambiente é lindo, com cores que intercalam entre, preto, cinza e branco nos cómodos. Cozinha em estilo holandês, piso de madeira revit e teto de gesso, alguns lugares ele é rebaixado e portas de madeira maciça escura. — Estela, prometo que vou comer, mas preciso terminar isso para a reunião de amanhã.— faço uma carinha de coitada. Ela ri. — Sabia, sua irmã veio aqui te ver.— Reviro os olhos. — E dai? — Olha, quando vai para com essa raiva sem sentido da Sophia? Ela não tem culpa. — Não quero falar disso, ok?— Sophia e eu, somos um caso delicado, não a odeio ou sinto uma raiva grande como aparenta ser, só decepcionada e triste com ela. Faz um ano que não a vejo e não faço questão de vê-la, sempre fui a sombra da filha perfeita que ela era, e sempre era criticada por ser diferente dela, e o pior de tudo é que ela nunca me defendeu, se calava e deixava eu ser vista como a ovelha n***a da família, mas agora é diferente, vou provar para meus pais que sou melhor que ela e que eu fui a única que aceitou a responsabilidade de tomar conta da empresa da familia, me preparei a vida toda para isso. Pedro, marido da minha irmã é o único que sempre me entendeu, que sempre procurou ver meu lado, por isso o amo como um irmão. — Ok, não falo mais dela, mas saiba que ela te ama e esta cansada dessa sua infantilidade.— começo a ri. — Infantilidade?! Olha Estala, vou dormir, perdi completamente a fome. Ninguém nunca procurou saber o que aconteceu, ninguém nunca sentou comigo para pergunta se eu estava bem, somente fizeram isso para dizer que tinha que ser mais parecida com a Sophia ou Ryan. Lutar, trabalhar e t*****r, ocupam minha mente com coisas que me fazem esquecer aquela maldita noite em que, pela primeira vez, viajei para fora da cidade para passar uma semana incrível com amigos da escola, mas não foi bem isso que aconteceu. Ter o controle completo da minha vida, sem me apaixonar, sem amar, ou me importa com alguém, porque é assim que se faz uma verdadeira CEO, sendo fria e mascarando qualquer emoção que demonstre fraqueza de ante de gente i****a e sem importância.
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