CAPÍTULO 01
JÚLIA LAVISCK
Caminho entre as pessoas que conversam e bebem animadamente Swing Club, e no momento em que me sento no bar, as luzes ficam vermelhas e logo já sei que a coisa boa vai começar. Frequento aqui desde os meus dezoito anos, meus pais e nem mesmo a mídia podem imaginar que a filha do grande Lavisck frequenta um lugar assim, mas sinceramente não me importo com o que vão dizer se algum dia descobrirem, tenho vinte dois anos, adulta o suficiente para fazer o que quiser da minha vida. Se escondo essas coisas que faço é pela minha família, isso seria um escândalo, não só para meus pais, mas para meu irmão que comanda um país inteiro, não seria bom saberem que ele tem uma irmã sem pudor algum.
— Olá.— abro um sorriso já sabendo de quem se trata.
— Oi, Jonas.— ele abre um sorriso sedutor.
— Pronta para a diversão?— estende a mão para mim.
— Quem você trouxe?— Jonas é lindo, um n***o de olhos verdes, alto, forte e com belos lábio carnudos que fazem loucuras.
— Trouxe um amigo que veio do Brasil, ele está de passagem pela cidade e ficou louco para te conhecer.— Logo um homem moreno se aproxima, ele tem o cabelo longo e olhos negros, o sorriso que ele me lança é perfeito. Jonas estudou comigo na faculdade de Seattle e saímos algumas vezes, até que ele me apresentou o swing, foi a coisa mais gostosa que pude conhecer. Fazemos sexo com mais de uma pessoa, troca de casais e já cheguei a sair com uma mulher, não gostei muito, então vi que não era a minha praia, que gostava de p*u mesmo e quanto mais, melhor.
— Brasil? bem interessante, dizem que é um país de gente bonita.
— Devo dizer que aqui, também. Prazer, sou Pedro Carvalho.
Ambos se sentaram e começamos a bater um papo antes de qualquer coisa. Adoro uma s*******m, curtir o máximo que o prazer humano pode proporcionar, muita gente diria que isso é errado e que eu seria vista como p**a ou p*****a, mas sinceramente, eu sou solteira e faço o que quiser da minha vida, infelizmente vivemos em uma sociedade onde a mulher não tem a total liberdade de fazer o que deseja, somente o homem e isso sempre me irritou. Conheço algumas mulheres que nem se quer sabem o que é um orgasmo de verdade. Muitos homens acham que uma mulher só serve para lavar, cozinhar, passar, ter filhos e fazer o homem gozar, nos tratam como objetos. Já tive noites de sexo com mais de um e foi incrível, mas se o homem não agradar, passo longe, antes de tudo deve ter a química s****l e nesse momento não estou sentindo isso desse amigo do Jonas, ele é lindo e bem sexy, mas quando abre a boca para falar, diz cada coisa mais estranha que a outra.
Não é só um rostinho bonito que atrai não, acho que uma das coisas que são primordiais em uma pessoa, deve ser a inteligência, acho isso muito atraente e sensual, o homem que sabe cortejar, que sabe chegar em uma mulher sem ser um i****a completo, óbvio que a beleza atrai também, mas para mim, se o cara não tiver uma boa conversa, é tchau!
Chamo Jonas para um canto e digo que o amigo dele não me agradou, imediatamente ele fala com Pedro e o mesmo, se aproxima, pede desculpas se disse algo que não agradou e se despede.
— Deu um pouco de dó dele.— comenta, Jonas, o vejo olhar rapidamente para a b***a do cara e sorrio, um bissexual convicto.
— E eu quero que você coma a minha b****a, sem dó algum.— O sorriso que ele abre é enorme, sinto sua mão me erguer do chão e logo estava em seus ombros com ele, caminhando para um dos quartos.
— Eu vou te comer tanto, que quando se sentar, vai lembra de mim.— adoro isso, sexo selvagem, louco e alucinante.
— Gostou de algum casal?— pergunta beijando meu pescoço.
— Sim, mas primeiro, quero seu p*u, na minha b****a.
— Seu pedido, é uma ordem.
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— Então essa parceria vai ser importante, vamos conseguir juntar em uma empresa, diversos setores e um que comandara tudo.— murmura meu pai na mesa de reuniões. Estávamos na empresa Lavisck.
— Júlia, meu filho, Christian já está ciente de que as empresas vão se fundir e ainda vamos ter outro sócio da Rússia, o Pietro Petrov.— diz Alex Cooper, amigo do meu pai.
— Ele é dono um império de diamantes, ele é trilhonário.— comento. Nossa, essa empresa vai ter um investimento alto e eu e o filho do Alex, vamos comandar juntos.
— Vocês vão está com uma empresa milionária em suas mãos.— avisa Matteo Del Frari, outro sócio e amigo do meu pai.
— Porque o Christian não veio? — pergunto.
— Ele teve uma viagem para Espanha, ver um projeto novo lá para o primeiro ministro.— explica Alex.
— Pai, eu nem tenho amizade com ele, nos falamos poucas vezes, vamos ser os presidentes de tudo, pode haver contradições.
— Eu sei querida, mas é importante, vocês dois são competentes e enquanto a empresa está sendo projetada e não sai do papel, eu decidi te deixar a frente da LAVISCK MARKETING E INVESTIMENTOS.— arregalo meu olhos.
Hoje meu pai me ligou e pediu para vir a uma reunião da empresa, eu cheguei pela madrugada em meu apartamento, a noite de ontem foi bem gostosa e quase não dormi, mas já estou acostumada a isso, devem está se perguntando o porque não levei Jonas a meu apartamento, simples, nunca levo uma f**a para um ambiente tão pessoal meu, onde minha família frequenta, mesmo Jonas sendo meu " amigo com benefícios", ainda sim, não passa de uma f**a. Mas voltando a realidade, ele ao me ligar, não me falou nada que iria já me passar a presidência.
— Pai, mas você não me disse nada.
— Ju, você se preparou por muito tempo para esse momento.
— Sim, mas eu achava que saberia disso com antecedência, não em uma reunião de última hora.— ele solta uma respiração pesada.
— Desculpe querida, só queria te fazer uma surpresa, sei o quanto estava aguardando esse momento.— me levanto da minha cadeira e ao chegar perto do meu pai, eu o abraço, é difícil isso acontecer, não sou tão fã em demonstrar afeto ou algo assim, mas amo minha família demais.
— Obrigada pai, só realmente fui pega desprevenida. Prometo não te decepcionar.— Adam abre um sorriso enorme.
— Filha, também tenho outra coisa para te avisar, pode se sentar novamente.
— Claro.— caminho de volta para o meu lugar.
— Como sabe, seu tio Carlos é o vice-presidente e assim como eu, vai deixar o cargo.
— Vocês dois merecem, trabalharam muitos anos para deixar essa empresa em um patamar incrível.
— Sim, mas diferente de você, nenhuma de suas primas quis assumir o lugar dele, Brenda está feliz, casada e com a confeitaria, vai ter um filho em breve e Ana está viajando pelo mundo com o marido em outra lua de mel, ela trabalha com ele na agência de turismo deles, então realmente era de se esperar.
— Desculpe me meter, Adam, mas a empresa vai ficar sem um vice-presidente?— Alex tira as palavras da minha boca.
— Carlos disse que tinha uma solução para isso.
— Qual?
— Dominic Nolan King.— vejo Matteo arregala os olhos.
— O Dom, vocês vão colocar ele na vice-presidência?!— o espanto é nítido em seu rosto.
— Quem é esse cara? Da onde o tio Carlos conhece ele?
— Eu o indiquei, ele é um amigo na época em que me formei para ser chefe da máfia, ele é filho de uma das melhores famílias da máfia italiana, o pai dele morreu a alguns anos de câncer e ele assumiu como chefe da família King. O pai dele era de extrema confiança e ajudava Álvaro e Salvatore com algumas coisa da máfia, e o Dominic herdou o dom do pai de ser um excelente gênio em números, ele me ajudou quando assumi o posto de Capo di capo tutti da máfia italiana. Ele é um investidor da bolsa de valores e nunca errou em suas previsões, ele é magnifico e se dedica ao trabalho por inteiro, também, assim como o pai dele, Dom é de extrema confiança e leal a quem ele trabalha.— Matteo explica.
— Desculpe Matteo, mas para você pode ser um homem de confiança, mas e para meu pai? ou para mim que agora é a nova presidente?
— Júlia!— meu pai me repreende.
— Ela está certa em questionar, Adam.— Matteo se vira e me olha.— Eu só peço um voto de confiança, sei que ele pode te ajudar muito nesse período. — Me recosto em minha cadeira, solto minha respiração e pergunto.
— Porque perguntou com espanto quando meu falou dele?
— Dom é um homem inteligente e brilhante, mas tem um gênio forte e tende a ser um pouco insistente quando quer, as vezes inconveniente, muito brincalhão e pergunta demais. — reviro meus olhos.
— Acha que isso vai da certo?
— Não sei, por isso eu falei espantado quando seu pai falou que ele seria o vice-presidente, vocês são bem opostos e geralmente isso pode ser um problema.— Matteo me conhece a alguns anos e assim como Alex, sabe que me pareço muito com meu pai antes de conhecer minha mãe, sou bem séria, um pouco grossa as vezes e odeio contradições e pessoas que se metem demais na vida de outras pessoas.
— Eu tive a liberdade de convida-lo para a reunião. — confessa meu pai.
— Então cadê ele?— questiono.
— Pelo visto, ele se atrasou um pouco mas...— dou uma risada interrompendo meu pai.
— Que ótimo jeito de começar um novo emprego né, acho que ele não é tão bom assim.
— Júlia, da um desconto, por favor.— diz Alex.
— Ele já se mostra ser um...— Somos interrompidos quando a secretária entra na sala.
— Desculpe interromper, mas o Sr. Nolan King está aqui.
— Mande ele entra.— Solto um bufo de descontentamento.
— Desculpe pelo meu atraso, o transito está uma loucura.
Essa voz, eu já a ouvi. Olho bem para o rosto desse homem e arregalo os meus olhos.
Não, isso não pode ser possível.
Seus olhos me encaram descaradamente e pelo sorriso que abriu, ele me reconheceu. p**a merda, ele esta muito diferente, terno e gravata, cabelo preso e agora posso ver melhor ele, e sim, ele realmente tem tatuagens pelo corpo. De uma forma involuntária me pego imaginando como deve ser essa tatuagens, sacudo a cabeça para dissipar esses pensamentos. Dominic se aproxima de mim, me levanto para cumprimenta-lo.
— Você deve ser Júlia Lavisck, prazer em conhece-la, me chamo Dominic Nolan King, o novo Vice-presidente.— sua mão grande cobre a minha e uma quentura começa a subir pelo corpo, o olhar que ele me lança não é nada discreto e pela primeira vez na minha vida, eu ruborizo de ante do olha de uma pessoa.
Puta merda, isso vai ser do c*****o.