Capítulo 11

1060 Words
Emilly Me sentia protegida nos braços ternos daquele homem, sentia-me querida, apoiada, poderia ficar horas assim nesse carinho. Mas me pareceu que o Sr. Whetson, precisava de mais... Sua boca ralou na junção do ombro e o pescoço, trazendo arrepios involuntários pela pele que se rendia. Houve um trovão, um relâmpago rasgando o céu, assustada ergui a cabeça batendo na lateral da sua face, pois havia também o erguido e lentamente nossos rostos ficaram a centímetros, nos medimos frente a frente. Á água fresca caía do céu, nos envolvendo feito uma cachoeira, deixando tudo mais bonito, intenso, prazeroso. Sua boca molhada despertou o meu interesse, lábios desenhados, o lábio superior fazia uma curva específica, era rosada, convidativa. Umideci os meus próprios lábios saboreando a água da chuva, embora não tenha sabor de verdade, mas pra mim tinha gosto de... desejo... Assustada, perturbada com tais pensamentos, meus olhos subiram e o encontrei fazendo o mesmo... admirando minha boca. Suas esferas esverdeadas ergueram-se, decidido, confiante e... foi se aproximando, mais e mais... — Dona Tonson!! Dona Tonson!! Os gritos da Cris foi como banho de água fria, mais fria do que a chuva. Nos afastamos de supetão, um pouco mais descontraídos. Moisés pegou a lamparina. Corremos em direção a mulher que me entoava no meio do gramado segurando um guarda chuva. No trajeto chamei o Totó para nos acompanhar. Ele veio velozmente, encontrando o caminho da casa sem precisar mostrar. Cris tentou nos cobrir, porém era impossível cobrir três adultos numa sombrinha pequena. Entramos todos juntos no casarão. Cris e Jorna estavam tão alegres, felizes pela generosa chuva que nem comentaram sobre o que eu e Moisés estávamos fazendo de noite, no escuro, na chuva, e para completar totalmente encharcados. Entrei avisando que tomaria um banho, trocar de roupa. — Estou sentindo aquele friozinho. — Relatei passando o olho nele, e ele correspondeu sorrindo meigamente. Sabíamos o que quase havia acontecido. Não adiantaria nada disfarçar. — Sr. Whetson. Pode fazer o mesmo, seu filho está dormindo lindamente em meus braços, e já jantou. Dei papinha de batata, cenoura, chuchu e frango a esse gorduchinho aqui. — Jorna, avisou sorridentemente Benjamim fez barulhinho de sucção. — Owww... Fizeram as três mulheres da casa, impossível não se derreter com esse anjinho. — Sou grato. senhora Jorna. — Senhorita, por favor. E a Cris também é, embora não goste de dizer, porque é uma solteirona. —Jornaaaa... — Resmungou, eu e a Cris num só tom. — Que é? Só falo a verdade. — Falou espichando os ombros estreitos para cima e para baixo, dando a mínima. — Vão logo se banharem. Nos fitou séria, embalando o pequeno de pé. — Colocamos e enchemos as banheiras nos quartos, invés de um esperar o outro usar o toalete. Piscou os olhos pra mim. Com aquele sorriso abusado na boca. — Com licença... e obrigada garotas. Andei indo ao corredor, Moisés conseguiu me alcançar. Achei que faria alguma coisa, tanto que meu coração na hora galopou, no entanto disse; — Te vejo na mesa, dona Tonson. — Sim. Claro. Falei de qualquer jeito. Virando e entrando às pressas no quarto, fechando a porta detrás de mim sem ao menos olha-lo. Sem perder tempo ou querer morrer de pneumonia abri os botões do meu vestido azul, ele caiu no chão, sai daquele círculo de roupa, e retirei às últimas peças íntimas. Entrei na banheira devagar, adorando a sensação da água morna, preparada com sais de... Cheirei o líquido branquiçado, seu perfume era de amêndoa doce. Nossa! Nem me lembrava que tinha isso. Peguei o pano, molhando no liquido. Passei no meu corpo nú, enquanto pensava que neste instante, Moisés fazia o mesmo... Se banhava. Será que pensa em mim? Moisés Durante o ato de banhar-me minhas lembranças dos últimos segundos com a Emilly vinham desesperados, afoitos e cheios de ilusões. Quase a beijei... Senti seu corpo moldado ao meu como se fossemos peças de um enorme quebra-cabeça e ao nos conectarmos parecíamos feitos uma para o outro, perfeitos. Meu corpo todo foi tomado em êxtase, engolfado nas profundezas do seu genuíno colo, sentir-me querido, amado... novamente. Quando simplesmente se achegou em mim, quebrando aquela muralha que desejava plantar entre nós, eu fui ao céu e voltei, fui arrebatado. Foi essas às emoções que a Dona Tonson despertaram no meu ser. Todo o meu corpo correspondeu ao dela, ligado, firme e potente, embora quisesse que não fosse desta forma, poderia tê-la assustado. Mas não foi assim que se procedeu. Ela podia me sentir e não fugiu, pelo ao contrário permaneceu intacta, colada a mim. Foi difícil respirar, as palavras tão bem elaboradas que vem com frequência em meus lábios me faltaram. Grandiosa era a mulher entre os meus calorosos braços. Esfreguei o pano úmido no corpo, e a minha mente vagueia somente naquele lábios pequenos, estreitos, do formato de um coração. Ho! Céus. Deus eu quase a beijei... Fechei os olhos orando ao Deus altíssimo sobre esse sentimento inesperado, procurando respostas e ao meio ao meu clamor, recebi um alento, tipo um conforto. Ainda não sabia o que realmente significaria, mas o que veio a minha cabeça era que eu estava irrevogavelmente redescobrindo o amor. Ao terminar o banho coloquei o meu melhor traje, de repente me deu uma enorme vontade de ficar mais apresentável. Passei na saleta, ouvindo as risadas femininas na grande cozinha. E foi que ao vê-la sentada a mesa, conversando amigavelmente com as suas empregadas e amigas, eu parei, impactado pela sua beleza misturada a alegria, vendo os seus movimentos, contando a elas duas sobre a chuva e o Totó. Emilly se assemelhava a uma criança que havia ganhado o seu presente de natal. Conceitrei-me em fazer minhas pernas andarem, porém elas não obedeciam. Às senhoritas Cris e Jorna fizeram questão de limpar as gargantas, apontando os dedos na minha direção. De tão absorta que ela estava não havia percebido a minha chegada. Emilly toda satisfeita permanecia na sua história. — Boa noite senhoritas. Disse olhando as duas, que sorriam, em seguida mirei profundamente a Emilly. — Boa noite dona Tonson. A mesma lançou-me um olhar extremamente doce, convidativo. Naquele exato momento, não tive dúvidas, compreendi que havia me apaixonado... perdidamente. "Beija-me com os beijos de tua boca; porque melhor é o teu amor do que o vinho. Cântico dos cânticos de Salomão; 1; 2"

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