Isabela Rafael ficou imóvel, com o par de olhos negros reluzindo algo impossível de decifrar. — Não vai responder? — Tornei a perguntar. — Quer ir embora pra quê? Agora você tá aqui de boa. — De boa, eu? Ficou louco? O que não me falta são motivos! Pra mim já deu, não faço questão e nem quero continuar aqui – respirei fundo tomando coragem para fitá-lo novamente – quando eu chegar em Minas juro que deposito o dinheiro na sua conta. — Se o problema for aquele velho, tá resolvido, eu acabei com a vida daquele filho da p**a! – o tom saiu rouco, pesado, cheguei a temê-lo por um momento. — Você matou ele? — Uhum, por quê? Por acaso queria aquele m***a vivo? – Rafael passava a língua nos caninos enquanto coçava a barba. Ele ficava tão lindo naquele jeitão interrogativo. — Não