Capítulo 7

2129 Words
NATÁLIA: Acordei com a minha cabeça explodindo, e o meio das minhas pernas latejando. Me sentei na cama apertando os olhos por conta da claridade que invadia aquele quarto. Olhei ao redor percebendo que não estava em meu quarto, e muito menos no quarto que transei com o Grego ontem. Ai meu Deus, que p***a eu fiz? Eu só estava com roupas íntimas, e meus p****s ainda saiam pra fora do sutiã. Arrumei eles, e vesti uma camiseta que tinha ali jogada no chão daquele quarto. Me levantei, e quando dei meu primeiro passo gemi de dor. Minha i********e doía, latejava. Fui andando que nem uma pata até a porta. Abri a mesma e já senti o cheirinho gostoso do café. Andei por aquele corredor e cheguei acho que era na sala. Olhei em volta e era bem grande até. Continuei seguindo o cheiro do café, até chegar na cozinha. Grego estava tomando café sentado em uma cadeira da mesa redonda que tinha no meio da cozinha. Ele estava apenas com uma bermuda, mostrando toda a sua barriga gostosa, com suas tatuagens que deixavam ele ainda mais gostoso. Ele me olhou, e eu sorri de lado totalmente sem graça.      Natália: Hm, que horas são?     Grego: Cinco e pouco da tarde ... - deu de ombros. Arregalei os olhos pasma. Eu dormi demais, p***a! Eu preciso ir embora logo! Jorge deve estar louco atrás de mim.      Grego: Senta ai e come antes de ir. - falou como se conseguido ler meus pensamentos. - Já mandei o papo pra aquele teu amigo que tu tá bem. Eu só confirmei sentando em uma cadeira. Eu babei só de olhar nas coisas que tinha ali naquela mesa. Comi dois pedaços de bolo de chocolate, uns sete pães de queijo, tomei uns três copos de vitamina de abacate, e ainda comi dois mistos. Grego só me olhava comer em silêncio, e por incrível que pareça que eu não estava com vergonha de estar comendo daquele jeito na frente dele.      Grego: Tu lembra de ontem? - pergunte não fazer nada. Olhei pra ele ainda mastigando um pão de queijo.      Natália: Só até a parte do quartinho lá do baile. - dei de ombros. - Depois disso minha mente da um branco.      Grego: Tu capotou assim que gozou pela terceira vez. Te trouxe pra cá pois não achei aquele teu amigo lá pra cuidar de tu.      Natália: Minha cabeça já tá começando a fazer, tem remédio ai? - resmunguei. Ele se pegou e pegou algo na pia. Me entregou um remédio e eu tomei com a vitamina mesmo.      Natália: Vai me levar pra casa? - encarei ele, que mexia em seu celular, todo largado no sofá. Ele confirmou, e foi se levantando. Eu já tinha me trocado, e catado tudo as minhas coisas. A gente saiu acho que da casa dele, a moto estava na frente da casa. Ele subiu, e eu montei na garupa. Arrumei meus cabelos dentro do capacete, e ele deu partida. Fui o caminho inteiro segurando na cintura dele pra não cair. Os meninos nem embaçaram com ele na entrada do Jacarézinho, altere passar normal. Acho que já sabiam que era ele. Ele me deixou em casa, e saiu sem dizer nada. Dei de ombros e fui entrando na minha casa. Tomei um susto do c*****o quando vi o VN sentado em meu sofá. Ele me olhou com um olhar de puro ódio, e eu me tremi todo sentindo meu corpo ser tomado pelo medo.      Natália: Sai daqui!      VN: Cala a boca, Natália. - se formou e veio se aproximando. Me virei pra sair de casa, mas ele puxou meus cabelos me jogando no chão, e trancou a porta. Tentei me levantar, mas ele me empurrou no chão de novo. Subiu em cima de mim, sentando em minha barriga. Ele apertou meu pescoço, me deixando um pouco sem ar.      VN: Sua vagabunda, tu m*l saiu do meu porte e já foi sentar pra outro, c****a. - deu um tapa forte em meu rosto. - Eu vou acabar com você, e agora ninguém vai me impedir. Ele apertou mais meu pescoço, e eu já comei a chorar pedir pra Deus me ajudar.      J2: Natália, tu ta ai? VN me olhou e suavizou sua mão em meu pescoço, fazendo sinal de silêncio pra mim.      J2: Abre ai, Nat. - bateu na porta. - Preciso falar com tu, abre aqui, Natália. - tocou uma campainhia. - Qual foi? Preciso trocar um papo contigo mano, é sério, abre aqui. Fechei meus olhos sentindo as lágrimas caindo por meu rosto. VN ainda apertava meu pescoço, mas nem tanto quanto antes.      J2: Qual foi, Nat? Tu tá brava? Eu fiz algo com tu que tu não gostou? Se eu fiz me desculpa mano, só abre aqui, na moral, quero falar contigo. Eu sei que tu tá ai dentro, acabei de ver o Grego na praça e ele disse que tinha acabado de deixar tu aqui, abre ae parça. - esmurrou a porta. - VAI NATÁLIA, c*****o. - gritou batendo na porta com força.      VN: Dá um jeito de mandar ele embora, mas nem tenta fazer algo, se não é só bala em tu, e nele. - falou baixo saindo de cima de mim. Me sentei no chão, passando a mão em meu pescoço que doía um pouco.      Natália: Qual foi Jorge? Tava tomando banho, c*****o. - falei ainda sentada no chão.      J2: Tá suave, foi m*l, mas abre aqui, preciso trocar um papo contigo.      Natália: Vou abrir não, tô de toalha, sem nada por baixo.      J2: Como se eu nunca tinha visto tu pelada, né ?! - deu risada. Engoli em seco, e olhei para o VN, que me olhava com mais ódio ainda no olhar.     Natália: Vou abrir um porta não, Jorge. Vai embora, vai. Mais tarde a gente de fala ...     J2: Qual foi, Natália? Logo Abre essa p***a aqui, c*****o. - esmurrou mais ainda a porta.     Natália: EU NÃO VOU ABRIR NADA, JORGE, ME DEIXA EM PAZ, VAI EMBORA p***a. - gritei querendo chorar já. Ele parou de esmurrar a porta e ouvi ele bufar.     Jorge: Vem querer vir atrás de mim depois, vou mandar tu se f***r. - chutou a porta. Olhei para o VN, e num movimento rápido, eu me levantei e fui correndo para o meu quarto. Tranquei a porta e fui até a janela, abrindo a mesma.      Natália: Jorge. - gritei e ele me mandou o dedo, sem me olhar. - Me ajuda amigo, por favor, o VN tá aqui querendo me matar. Ele olhou na mesma hora e correu entrando em um beco. Fiquei sem sentido nada e quis chorar.      VN: Abre essa p***a aqui, Natália. - esmurrou minha porta.      Natália: Sai daqui, Vinícius. - gritei. Olhei pra baixo e vi o Jorge, ele fez sinal pra eu pular, e eu neguei. Olhei pra porta que estava sendo esmurrada pelo Vinícius, e vi que ela não duraria muito tempo.      J2: logotipo Pula, eu te pego. Sentei na janela, com as pernas pra fora. Fechei os olhos e pulei. Só senti o impacto do meu corpo em cima do corpo do Jorge, e um barulho de algo se quebrando.     J2: c*****o. - murmurou. Me levantei de cima dele, e vi que seu braço direito acabou quebrando. Arregalei os olhos e quis gritar, mas fiquei quieta. Ele se apresentou e me puxou com o braço que estava bom. Entramos no beco e fomos correndo.     J2: Eu fui atrás do Grego, mas ele já partiu. Ele era o único que podia impedir o VN. - me olhei. Sorri de lado e continua a correr. Entramos em uma casa abandonada, e subimos pra laje.     Natália: Aonde a gente tá indo?     J2: Se você quiser sair desse morro, só tem como sair pelas lajes sem os cara ver. Já estava escuro, a gente poderia pisar em falso e cair das lajes. Neguei e pulei pra laje do lado, ele pulou também. Parecia que ele nem sentia a dor de ter um braço quebrado, acho que a adrenalina tava cobrindo um pouco a dor, ou ele estava fazendo o forte, fingindo que não estava sentindo a p***a da dor. Fomos pulando de laje em laje até sair do morro. Quando descendente da laje de outra casa abandonada senti ardência em minha coxa esquerda. Cai no chão com tudo, e o Jorge arregalou os olhos. Olhei pra minha coxa e vi o sangue escorrendo. Eu tinha levado dois tiros na minha coxa. Jorge me oferece e foi me segurando com o braço bom.      J2: Pega meu celular aqui no meu bolso, e pede um uber. Peguei o celular dele e pedi um Uber que estaria aqui daqui uns cinco minutos .. Descemos laje laje, e eu com o ** na mão ainda. O logotipo do Uber chegou e entramos. O motorista nos olhou assustados mas não disse nada. Jorge mandou ele ir pro hospital mais próximo do complexo da Penha.       J2: Vai ficar tudo bem, mano, a gente vai dar um jeito de acabar com o VN. - beijou minha cabeça.                                                                                            ••• Eu olhava para o Jorge, que estava sentado na poltrona ao lado da maca aonde eu estava. Ele olhava pro chão, enquanto eu olhava pra ele e agradece demais a Deus por ter colocado ele em minha vida. p***a, Jorge é a melhor pessoa do mundo. Ele me leva ao mesmo tempo machucado, p**a que pariu, eu tenho o melhor amigo de todos! Ele já tinha sido atendido, e eu também. Ele estava com gesso no braço que quebrou. Eu já tinha sido operada, retirou-se como balas e fez o resto dos procedimentos. Assim que Jorge foi liberado, ele veio até mim como eu estava.      Natália: Você vai caminhar por um mundo horrível onde a maioria vai fingir te amar, só que vai passar imperceptível, quem não tem amor não pode te tocar ...- cantei baixinho, e ele sorriu de lado, ainda olhando para o chão.      J2: Nós vivemos coisas inacreditáveis, mas que coisas bobas nos lembra, brigas nunca vão nos fazer esquecer o que nosso amor nos fez eternizar ...- cantou no mesmo tom que eu, e eu sorri. A gente falava que essa era a nossa música, pois a gente se identificava com ela, não por sermos um casal, e sim por nossa amizade.      - Vamos caminhar por um mundo horrível onde a todo momento vão nos julgar, mas não estamos nem perto do nosso nível, nós devemos simplesmente ignorar. - cantamos juntos e aquela vontade de chorar bateu em mim.      J2: Ai c*****o, eu te amo, Natália. - me olhei.      Natália: Eu também te amo, Jorge. - sorri de lado. - Promete nunca me abandonar? Nunca, nunca mesmo?     J2: Prometo, minha gordinha. - me chamou pelo nosso apelido de criança, e beijou minha mão. Passei a outra mão no rosto secando como lágrimas que já caiam. Ele deu risada beijando minha mão de novo.     Natália: A gente vai pra onde? Tem nem como a gente voltar para o Jacarézinho por que se não o VN mata nós.      J2: Eu vou dar um jeito, relaxa. É só confiar no pai aqui. - sorriu.      Natália: Minha perna tá doendo pá p***a, irmão. - resmunguei olhando para a minha coxa que estava enfaixada.      J2: Meu braço também. - fez careta. - Só vou poder tirar uma p***a desse gesso daqui um mês. Tu vai ter que cuidar de mim.     Natália: Vou cuidar sim do meu bebêzinho lindo. - apertei a bochecha dele.      J2: Tu vai ter que segurar o Jorjão pra ir mijar, não consigo segurar com a outra mão não.      Natália: Vai se fuder, Jorge. - revirei os olhos ouvindo ele dar risada.      J2: Tu deveria, se sentir especial, é bilionário que tocam no Jorjão, só as privilegiadas. Neguei querendo dar um tapa na cara dele, mas achei melhor não, por minha culpa ele já tinha quebrado um braço. Fica f**a se eu bater nele.
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