A sala estava silenciosa, mas a tensão pairava como um peso no ar. Playboy continuava largado no sofá, aquele sorriso provocador no rosto. Cruzei os braços, encarando ele.
— Cê acha graça, né? — perguntei, me aproximando.
Ele ergueu uma sobrancelha, sem tirar o sorriso da cara.
— Ah, amor… Tu não precisa ficar com ciúmes, vida.
Meu sangue subiu.
— Não é ciúme, Playboy! Aquela mulher tava se oferecendo na sua cara, e cê deixou!
Ele deu de ombros, aquele jeito despreocupado que me deixava mais irritada ainda.
— Eu tava só parado aqui, nem fiz nada.
— E é isso que me irrita! O jeito que cê fica parado, todo largado, deixando as coisas acontecerem, como se não fosse nada!
Ele finalmente se ajeitou no sofá, os olhos fixos nos meus, e estendeu a mão.
— Vem cá, amor. Não fica assim, não. Vem.
Fiquei parada por um momento, hesitando. Queria continuar brava, queria que ele entendesse o quanto aquilo me afetava. Mas, no fundo, eu sabia que, com aquele olhar e aquele jeito dele, era só questão de tempo até eu ceder. E foi o que aconteceu. Dei alguns passos, parando na frente dele.
Ele ergueu os olhos pra mim, o sorriso suavizando, e disse com a voz baixa:
— Eu te amo, sabia?
Antes que eu pudesse responder, senti seus lábios tocarem minha barriga, me pegando de surpresa. Ele começou a distribuir beijos suaves, subindo devagar pela minha cintura. Minha respiração ficou mais pesada, mas tentei manter a pose de brava, o que era impossível com a forma que ele me tocava. Quando chegou no meu pescoço, fechei os olhos, já rendida. Ele sabia exatamente como me desarmar.
Finalmente, ele alcançou meus lábios. O beijo foi intenso, carregado de tudo o que eu queria ouvir, mas que ele só sabia dizer com ações. Suas mãos seguraram meu rosto com firmeza, enquanto seus polegares acariciavam minhas bochechas, e eu senti todas as barreiras que eu tinha levantado se desmancharem.
Quando nos afastamos, ele continuou olhando nos meus olhos, como se quisesse gravar aquele momento.
— Nunca mais vou cometer a idiotice de te perder de novo. Nunca mais.
Minha garganta apertou, mas mantive o tom firme, mesmo que minha voz saísse baixa:
— Você nunca me perdeu, Playboy. Eu sempre fui sua, apesar de tudo.
Ele sorriu, aquele sorriso que sempre derretia meu coração.
— Sei que você é minha. E eu também sou seu. Quero ficar pra sempre ao seu lado, amor.
Um sorriso escapou de mim, e eu repeti baixinho:
— Para sempre.
E então, nos beijamos novamente. Dessa vez, o beijo carregava não só desejo, mas também uma promessa silenciosa de que, por mais turbulento que fosse, aquilo que tínhamos era real. E ninguém ia tirar isso de nós.
O beijo entre nós foi ficando cada vez mais intenso, cheio de sentimentos que não precisavam de palavras. Antes que eu pudesse dizer qualquer outra coisa, ele me pegou no colo com facilidade, me arrancando um protesto.
— Me coloca no chão, louco! Cê vai acabar abrindo o ferimento de novo!
Ele apenas riu, ignorando minhas palavras, enquanto caminhava firme em direção ao quarto.
— Relaxa, amor. Eu tô bem.
Antes que eu pudesse insistir, já estava sendo colocada na cama com toda a delicadeza, como se eu fosse feita de vidro. Ele deitou o corpo sobre o meu, e seus olhos encontraram os meus, brilhando de um jeito que me fez esquecer qualquer preocupação.
— Cê é maluco — murmurei, tentando manter a firmeza, mas era impossível diante daquele olhar.
Ele sorriu, aquele sorriso torto que sempre me derretia.
— Maluco por você, só por você.
Antes que eu respondesse, seus lábios tomaram os meus novamente. Dessa vez, o beijo era mais profundo, carregado de desejo. Suas mãos começaram a explorar cada centímetro do meu corpo, me arrepiando com cada toque. Eu sentia o calor aumentar entre nós, enquanto ele tirava minha roupa com uma mistura de paciência e urgência.
Quando finalmente se afastou para tirar a própria roupa, aproveitei o momento para respirar, meus olhos acompanhando cada movimentos dele. Era impossível não me perder na visão de seu corpo. A maneira como seus músculos se contraíam a cada gesto e a confiança em seu olhar me fizeram morder o lábio, completamente rendida.
Ele voltou para mim com um sorriso predador, se posicionando entre minhas pernas. Suas mãos firmes seguraram minha cintura, como se me ancorassem ali, como se quisesse garantir que eu fosse inteiramente sua. E eu era.
Seus lábios encontraram meu pescoço, a pele arrepiando instantaneamente ao contato. Ele lambeu, mordiscou e beijou com uma intensidade que me fez fechar os olhos, perdida na mistura de sensações. Seu ritmo era calculado, provocador, e cada movimento parecia planejado para me deixar no limite. Quando desceu até os meus s***s, o calor percorreu meu corpo, e um gemido baixo escapou sem que eu percebesse. Ele tomou seu tempo, adorando cada centímetro, sua língua e mãos trabalhando em sincronia, me arrancando reações que eu não podia controlar.
Quando finalmente nossos olhares se encontraram novamente, senti um arrepio que não tinha nada a ver com o toque dele, mas sim com a conexão que se intensificava entre nós. Ele se posicionou, e entrou devagar, cada movimento meticulosamente suave, me fazendo relaxar aos poucos enquanto os arrepios tomavam conta do meu corpo.
O silêncio foi preenchido por nossa respiração entrecortada, e os movimentos começaram lentos, mas carregados de intensidade. Aos poucos, o ritmo foi aumentando, cada estocada arrancando sons involuntários de mim, a sensação me consumindo por inteiro.
Mas, em meio à intensidade, meu lado cuidadoso falou mais alto. Coloquei a mão em seu peito, o fazendo parar.
— Amor, e o ferimento? Tá tudo bem mesmo? — perguntei, minha voz ofegante, mas genuinamente preocupada.
Ele riu, aquele som rouco e encantador que sempre fazia meu coração derreter. Aproximou-se para beijar o canto da minha boca, sua voz suave, mas firme.
— Tá tudo bem, amor. Só não me faz parar de novo, senão quem vai sair machucado sou eu.
Não consegui conter uma risada baixa, mesmo ainda um pouco apreensiva.
— Mas eu tô preocupada, amor... — insisti, mesmo com a respiração falha.
Ele segurou meu rosto com uma das mãos, seu polegar acariciando minha bochecha, enquanto seus olhos encontravam os meus.
— Então se preocupa só em gemer muito pra mim. Tá bom assim? — sua voz tinha aquele tom provocador que sempre me desarmava.
Ri novamente, rendida, e antes que pudesse dizer qualquer coisa, ele voltou a se mover, me arrancando de qualquer pensamento coerente. Seus movimentos agora eram mais intensos, mais precisos, cada um me levando para mais perto do limite. Os sussurros e gemidos preenchiam o quarto, um reflexo da conexão que compartilhávamos.
— Haah... Uugh.. Aaah...
— Isso, assim... Geme gostoso pra mim, geme só pra mim... — sua voz rouca me atingiu em cheio, cada palavra me deixando mais vulnerável.
— Ahh! O.. Oh!... Aghh! AAAH!
Seus movimentos ficaram mais rápidos, mais profundos, enquanto nossas respirações se misturavam. Seus lábios encontraram os meus, e naquele momento, tudo culminou em um clímax avassalador, um turbilhão de sensações que nos envolveu por completo. O quarto estava cheio de nossa energia, nossos corpos entrelaçados enquanto nossos gemidos ecoavam juntos, alcançando o ápice do prazer.